
A apneia do sono é um distúrbio que causa a parada momentânea da respiração ou uma respiração muito superficial durante o sono, resultando em roncos e num descanso pouco relaxante que não permite recuperar as energias. Assim, além de sonolência durante o dia, esta doença provoca sintomas como dificuldade de concentração, dor de cabeça, irritabilidade e até impotência.
A apneia do sono acontece devido à obstrução das vias respiratórias em função da desregulação dos músculos da faringe. Além disto, existem hábitos de vida que aumentam o risco de desenvolver uma apneia obstrutiva do sono, como o excesso de peso, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e uso de remédios para dormir.
Esse distúrbio do sono deve ser tratado por meio da melhora dos hábitos de vida e do uso de uma máscara de oxigênio que empurra o ar para as vias aéreas e facilita a respiração.
Como identificar
Para identificar a apneia obstrutiva do sono, deve-se notar a presença dos seguintes sintomas:
- Roncar durante o sono;
- Acordar várias vezes à noite, mesmo que por poucos segundos e de forma imperceptível;
- Apresentar paradas da respiração ou sufocamento durante o sono;
- Ter excesso de sono e cansaço durante o dia;
- Acordar para urinar ou perder urina durante o sono;
- Ter dor de cabeça pela manhã;
- Diminuir o rendimento nos estudos ou trabalho;
- Ter alterações da concentração e da memória;
- Desenvolver irritabilidade e depressão;
- Ter impotência sexual.
Esta doença acontece devido a um estreitamento nas vias respiratórias, na região do nariz e garganta, que acontece, principalmente, por uma desregulação na atividade dos músculos da região da garganta chamada faringe, que pode estar excessivamente relaxada ou estreitada durante a respiração. O tratamento é feito pelo médico pneumologista, que poderá indicar um aparelho chamado CPAP ou, em alguns casos, cirurgia.
Ela é mais comum em pessoas acima dos 50 anos de idade, e a quantidade e intensidade dos sintomas varia de acordo com a gravidade da apneia, que é influenciada por fatores como excesso de peso e anatomia das vias respiratórias da pessoa, por exemplo.
Veja também outras doenças que causam sono excessivo e cansaço.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico definitivo da síndrome da apneia do sono é feito com a polissonografia, que é um exame que analisa a qualidade do sono, medindo as ondas cerebrais, os movimentos dos músculos da respiração, a quantidade de ar que entra e sai durante a respiração, além da quantidade de oxigênio no sangue. Este exame serve para identificar tanto a apneia como outras doenças que interferem no sono. Saiba mais sobre como é feita a polissonografia.
Além disto, o médico irá fazer uma avaliação da história clínica e exame físico dos pulmões, face, garganta e pescoço da pessoa, o que também poderá ajudar a diferenciar entre os tipos de apneia.
Tipos de apneia do sono
Existem 3 tipos principais de apneia do sono, que podem ser:
- Apneia obstrutiva do sono: acontece na maioria dos casos, devido à obstrução das vias aéreas, causadas pelo relaxamento dos músculos da respiração, estreitamento e alterações da anatomia do pescoço, nariz ou mandíbula.
- Apneia central do sono: acontece, geralmente, após alguma doença que causa lesão cerebral e altera a sua capacidade de regular o esforço respiratório durante o sono, como em casos de tumor cerebral, pós-AVC ou doenças degenerativas do cérebro, por exemplo;
- Apneia mista: é provocada pela presença tanto de apneia obstrutiva como de apneia central, sendo o tipo mais raro.
Também existem casos de apneia temporária, que pode acontecer em pessoas com inflamação das amígdalas, tumor ou pólipos na região, por exemplo, que podem dificultar a passagem do ar durante a respiração.
Como tratar
Para tratar a apneia do sono, existem algumas alternativas:
- CPAP: é um aparelho, semelhante a uma máscara de oxigênio, que empurra o ar para as vias aéreas e facilita a respiração e melhora a qualidade do sono. É o principal tratamento para a apneia do sono.
- Cirurgia: é feita nos pacientes que não melhoram com uso de CPAP, que pode ser uma forma de cura da apneia, com a correção do estreitamento ou obstrução do ar nas vias respiratórias, correção de deformidades na mandíbula ou a colocação de implantes.
- Correção de hábitos de vida: é importante deixar hábitos que podem estar piorando ou desencadeando uma apneia do sono, como fumar ou ingerir substâncias que causam sedação, além de ser muito importante perder peso.
Os sinais de melhora podem demorar algumas semanas para serem notados, mas já se pode perceber a diminuição do cansaço ao longo do dia devido ao sono mais restaurador. Saiba mais detalhes sobre o tratamento para a apnéia do sono.
Apneia do sono: o que é, como tratar e como prevenir
Clique e Assine a partir de R$ 8,90/mês A obesidade é um dos principais fatores para a apneia do sono GI/Getty Images
A apneia do sono é caracterizada por ruídos e interrupções na respiração que se repetem, no mínimo, cinco vezes num período de 60 minutos. Não se trata de um simples ronco. Na apneia, a barulheira noturna é entrecortada por engasgos — e o duro é que muitas vezes o indivíduo nem os percebe enquanto dorme. Essas pequenas pausas na entrada de ar chegam a diminuir a concentração de oxigênio no sangue.
É daí que derivam as consequências mais sérias do distúrbio. A redução de oxigênio superativa o sistema nervoso, que eleva o ritmo dos batimentos cardíacos e estimula a contração dos vasos sanguíneos. E, com o tempo, isso se perpetua ao longo do dia. Daí o fato de a apneia do sono ser considerado um fator de risco para pressão alta e arritmia cardíaca.
Além disso, o quadro favorece o acúmulo de gordura abdominal e a resistência à insulina (hormônio que permite à glicose entrar nas células e gerar energia), condições que contribuem para o surgimento do diabete tipo 2.
A apneia obstrutiva do sono é a versão mais comum da doença. Nesses casos, o ar para de fluir para as vias aéreas em função de um bloqueio temporário causado pelo relaxamento dos músculos da garganta — questões anatômicas interferem aqui.
Em crianças, o problema pode estar relacionado ao aumento das adenoides, glândulas localizadas no nariz, ou das amígdalas, estruturas que ficam na entrada da faringe.
A apneia central do sono, por sua vez, é um tipo mais raro, ocasionado por uma alteração na região do cérebro que controla a respiração.
Sinais e sintomas
– Ronco
– Respiração ofegante
– Sensação de sufocamento ao dormir
– Sono agitado
– Sonolência ao longo do dia
– Dificuldade de concentração
– Dor de cabeça matinal
Fatores de risco
– Excesso de peso
– Maxilar inferior encurtado, o que empurra a língua muito para trás, tapando a garganta
– Tabagismo
– Álcool em excesso
– Uso exagerado ou equivocado de sedativos
– Aumento das amígdalas e adenoides
– Dormir de barriga para cima
– Tumores
A prevenção
Como o excesso de peso é um dos principais desencadeadores da apneia, um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e exercício físico, é essencial para se ver livre do problema.
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Os fumantes devem fazer um esforço extra e deixar o cigarro de lado, uma vez que o hábito costuma agravar bastante a condição. Recomenda-se também maneirar nas doses de bebida alcóolica, que em excesso interfere no ciclo do sono e no relaxamento da musculature da garganta e se transforma em gatilho para o distúrbio.
O diagnóstico
O relato de sono agitado e ruidoso é o ponto de partida para a detecção da apneia — e, nesse sentido, a avaliação do parceiro (ou parceira) é muito bem-vinda. A confirmação e a análise da gravidade do distúrbio são feitas por meio de um exame chamado polissonografia.
Ele é realizado em um laboratório do sono de um hospital ou clínica especializada. O paciente passa a noite ligado a um aparelho que registra parâmetros como os batimentos cardíacos, a atividade cerebral, o movimento dos olhos, a respiração e o nível de oxigênio no sangue.
Também é possível fazer esse monitoramento com um dispositivo portátil, do tamanho de um relógio, que fica preso ao pulso e em dois dedos da mão. Colocado na hora de dormir, ele assinala as condições de sono. Depois, o aparelho é levado para o médico, que analisa os resultados na tela do computador.
O tratamento
Conhecer a origem do distúrbio é fundamental para o especialista determinar as medidas de controle. Se a pessoa for obesa, a recomendação inicial é a perda de peso, associada a exercícios fonoaudiológicos para tonificar os músculos da garganta.
Apneias mais leves, em geral provocadas pelo hábito de respirar pela boca, costumam ser tratadas com dilatadores de narinas.
Para quem tem mandíbula curta, aparelhos ortodônticos feitos sob medida projetam a ossatura ou abaixam a língua, facilitando a passagem de ar.
Uma das formas mais eficazes para resolver as pausas na respiração durante o sono é o uso de um mecanismo chamado CPAP — sigla para pressão positiva contínua nas vias aéreas, em inglês.
Como o nome sugere, trata-se de uma máscara que cobre o nariz e a boca e joga o ar para as vias respiratórias. O CPAP é considerado o padrão-ouro no tratamento da apneia do sono.
Quando a razão do problema é uma incorreção anatômica — na arquitetura da face ou nas amígdalas, por exemplo — indicam-se cirurgias.
Ficou com algúma dúvida? Então confira o SAÚDE em 90 Segundos que fizemos sobre a apneia do sono:
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Apneia do sono provoca ronco e cansaço durante o dia; veja como tratar
Quase todo mundo deixa de respirar por alguns segundos durante o sono, sem sofrer qualquer dano. Na maior parte das vezes, isso ocorre porque as vias aéreas ficam obstruídas e a passagem de ar é dificultada.
Já se essas paradas respiratórias ocorrerem várias vezes enquanto a pessoa dorme, é possível que ela sofra da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), um problema que pode ter consequências negativas não só para o bem-estar ao longo do dia como também à saúde no geral.
Prevalência
O problema é bem mais frequente do que se imagina: estudos indicam que a condição afeta de 33 a 35% da população brasileira, sendo que muita gente nem desconfia que tem.
Segundo especialistas, isso acontece porque a anatomia do ser humano facilita o problema —temos uma garganta estreita e um queixo mais projetado para trás em relação a outros animais.
A obesidade e o envelhecimento são fatores que aumentam o risco.
A prevalência é maior em adultos, especialmente após os 65 anos de idade. É mais comum entre os homens, mas após a menopausa as mulheres passam a ter o mesmo risco. Entre as crianças, acomete de 3 a 15% da população, independente do sexo. Entre indivíduos obesos, 60% têm a síndrome.
Complicações
Além de prejudicar a oxigenação, as interrupções respiratórias levam a pessoa a despertar sem perceber diversas vezes durante a noite. Resultado? Cansaço e sonolência durante o dia, falta de produtividade e até de libido.
Mas as consequências a longo prazo são a maior preocupação dos especialistas em sono: a apneia obstrutiva do sono aumenta muito o risco de hipertensão, diabetes, depressão, doença arterial coronariana e de morte por infarto ou derrame. Ainda existem estudos que associam a falta de sono reparador à dificuldade para perder peso e até maior risco de demências.
Relação entre ronco e apneia
O ronco é a vibração dos tecidos das vias aéreas (ou mais especificamente do palato mole) diante da passagem do ar. Quanto maior o esforço para respirar e a flacidez desses tecidos, mais barulhento será o ronco.
A obstrução pode causar uma apneia completa ou apenas parcial (hipopneia). Por isso, o ronco pode ser um sinal da síndrome da apneia obstrutiva do sono, mas nem sempre está relacionado a ela.
Ou seja: nem todo mundo que ronca tem apneia, mas muita gente com apneia ronca.
Aqui vale um alerta: quem ronca alto ou sofre de cansaço e sonolência diurnos sem razão aparente deve consultar um profissional de saúde. A medicina do sono é uma área de atuação que envolve diferentes especialistas, como neurologistas, otorrinolaringologistas e pneumologistas, entre outros.
Sinais e sintomas
Os mais comuns são:
- Ronco alto e frequente;
- Ronco irregular (porque há paradas respiratórias);
- Engasgos durante o sono (que fazem a pessoa acordar ou não);
- Sonolência e cansaço durante o dia.
Também pode haver:
- Dor de cabeça ao acordar;
- Sono agitado;
- Aumento da vontade de urinar durante a noite;
- Boca seca ou sede ao acordar;
- Perda de produtividade.
Condições que podem ser causadas ou agravadas pela apneia do sono:
- Irritabilidade;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Problemas de libido;
- Dificuldade de aprendizado;
- Problemas de memória ou concentração;
- Agravamento da asma;
- Síndrome metabólica;
- Diabetes;
- Hipertensão;
- Problemas no coração (como arritmias);
- Doença cardiovascular, como infarto ou derrame.
Causas e fatores de risco
A apneia do sono pode ser causada pela estrutura física ou por condições que afetam a saúde da pessoa. Com frequência, há mais de um fator de risco em jogo, como os seguintes:
- Obesidade: quando a pessoa engorda, também há depósitos de gordura nas estruturas que envolvem a faringe e a língua, reduzindo o espaço para a passagem de ar. O ganho de peso é considerado um dos principais fatores de risco para a síndrome;
- Alterações anatômicas: o aumento da amídala e das adenoides é a causa mais comum de apneia entre as crianças. Retrognatismo (mandíbula inferior diminuída, ou queixo para trás), aumento da circunferência do pescoço, desvio do septo nasal, pólipos nasais ou hipertrofia dos cornetos (estruturas do nariz) também podem provocar obstruções;
- Congestão nasal: quadros infecciosos ou crônicos, como a rinite alérgica, podem facilitar a apneia;
- Idade: com o envelhecimento, os tecidos da orofaringe tendem a ficar mais flácidos, facilitando as obstruções, por isso o risco aumenta entre indivíduos com mais de 65 anos;
- Uso de álcool: a bebida alcoólica aumenta o relaxamento dos músculos da boca e da garganta e também pode interferir no controle do cérebro sobre os músculos envolvidos na respiração;
- Fumo: o hábito causa a inflamação das vias aéreas superiores e também pode interferir nos mecanismos cerebrais envolvidos na respiração;
- Uso de calmantes, relaxantes musculares ou opioides: esses remédios relaxam os músculos da boca e da garganta, bem como o controle do cérebro sobre os músculos da respiração;
- Genética: algumas pessoas podem ter uma predisposição familiar à apneia. Também há certos genes envolvidos no risco mais alto de obesidade e inflamação.
Diagnóstico
Para avaliar uma suspeita de apneia do sono, é comum o médico questionar sobre a qualidade do sono, queixas sobre ronco e cansaço diurno, além de examinar a circunferência do pescoço, o interior do nariz e as mandíbulas.
A condição só pode ser confirmada com a realização da polissonografia, um exame em que a pessoa dorme com vários sensores ligados ao corpo para registro do fluxo respiratório, da atividade elétrica cerebral, da frequência cardíaca, da oxigenação do sangue e dos movimentos do corpo.
- Em geral, é necessário que o paciente durma no laboratório, embora hoje existam versões simplificadas que permitem uma triagem inicial em casa.
- Dependendo do resultado do exame, a síndrome pode ser classificada como:
- Leve: de cinco a 14 apneias por hora;
- Moderada: de 15 a 29 apneias por hora;
- Grave: 30 ou mais apneias por hora.
Outros exames podem ser solicitados para investigar as causas ou complicações do problema, como radiografias, avaliação com dentista ou exames de sangue.
Tratamento da apneia do sono
O tratamento deste distúrbio do sono depende da causa e da gravidade do quadro, e costuma ser multidisciplinar. Muitas vezes, medidas como perda de peso, orientações para dormir de lado ou exercícios fonoaudiológicos são suficientes para evitar a apneia nos casos mais leves.
Em outros, são necessárias medidas como o uso de aparelhos na boca ou de máscaras que facilitam a respiração durante o sono. Alguns pacientes ainda podem precisar de cirurgia, o que é mais comum entre as crianças com problemas nas amídalas ou adenoides.
Principais abordagens utilizadas para controlar a síndrome
- Mudanças no estilo de vida: exercícios físicos e dietas são medidas essenciais para quem está acima do peso e sofre de apneia. Parar de fumar, evitar o uso de álcool à noite e de certos medicamentos para dormir, além de se policiar para dormir sempre de lado (e não de barriga para cima) também são orientações importantes;
- Terapia com fonoaudiólogo: exercícios específicos para fortalecer os músculos que envolvem a língua, a faringe e a face pode trazer bons resultados para alguns casos de ronco e apneia;
- Controle de certas doenças: o tratamento de problemas hormonais ou crônicos, como a rinite alérgica, bem como a substituição de medicamentos, como aqueles utilizados contra insônia, podem ser necessários para evitar a apneia;
- Aparelhos intraorais: eles ajudam a reposicionar a mandíbula inferior, a fim de manter as vias aéreas desobstruídas durante a noite. Existem várias modalidades no mercado, mas os mais eficazes são aqueles moldados para cada paciente e tituláveis. Ou seja, por meio de uma engrenagem posicionada no aparelho, o posicionamento é ajustado aos poucos até que não haja mais ronco e apneias. O tratamento ainda não é coberto por planos de saúde ou SUS (Sistema Único de Saúde);
- Aparelhos de pressão positiva: o CPAP (Aparelho de Pressão Positiva Contínua) é considerado o tratamento padrão para a síndrome de apneia obstrutiva do sono moderada a grave. O equipamento mantém a via aérea desobstruída por meio da passagem constante de ar a uma certa pressão, com uma máscara (geralmente nasal) que deve ser adaptada ao formato do rosto do paciente. É importante que o paciente realize testes para determinar a pressão e a máscara mais indicadas para o seu caso. Existem diferentes opções de aparelhos no mercado, com diversos tamanhos e materiais, e nem todas são cobertas pelo SUS ou pelos planos de saúde. Embora pareça desagradável dormir toda noite com uma máscara, em geral os pacientes sentem uma melhora tão grande na qualidade de vida que aderem bem ao tratamento.
- Cirurgia: a retirada da amídala e/ou adenoides pode solucionar boa parte dos casos de apneia do sono em crianças. Já em adultos as cirurgias são indicadas em casos mais específicos, como desvios de septo nasal ou presença de pólipos. Para pacientes com determinadas doenças graves, o último recurso é a traqueostomia (procedimento cirúrgico que abre um orifício e leva o ar diretamente à traqueia por meio de uma cânula).
Como ajudar quem sofre de apneia
Familiares têm um papel importante para o diagnóstico e tratamento da apneia, já que muitas vezes a própria pessoa não percebe que ronca ou que tem paradas respiratórias. Muitas vezes, o tratamento requer mudanças de hábitos, o que não é fácil.
Fazer dieta e exercícios é sempre mais fácil quando a família toda participa. O tratamento também pode envolver rotinas que exigem adaptação, principalmente no início, como dormir no laboratório algumas vezes, usar os aparelhos toda noite e cuidar da manutenção deles é mais fácil quando há o apoio de alguém.
Dicas de prevenção da apneia do sono
- Mantenha o peso sob controle;
- Pratique exercícios físicos com regularidade;
- Evite o consumo de álcool à noite;
- Pare de fumar;
- Evite dormir de barriga para cima;
- Se estiver roncando muito, procure um especialista.
Fontes: Geraldo Lorenzi Filho, pneumologista especialista em medicina do sono e ex-presidente da Associação Brasileira do Sono; Lucila Bizari Fernandes do Prado, pediatra e especialista em medicina do sono e de tráfego do Setor Neuro-Sono da Disciplina de Neurologia da EPM/Unifesp (Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo); Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH); Ministério da Saúde.
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Apneia do sono
A apneia do sono é uma doença caracterizada por interrupções da respiração (“apneia respiratória”) que podem levar o doente a despertar com uma sensação de asfixia (“falta de ar”).
A síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS) ou simplesmente apneia do sono é dos distúrbios respiratórios do sono mais frequentes em todo o mundo, afetando pelo menos 14% dos homens e 7% das mulheres em Espanha. Não dispomos, até ao momento, de dados fidedignos acerca da prevalência da doença em Portugal, mas pressupomos que seja semelhante. Ou seja, deve existir cerca de um milhão de pessoas em Portugal que padecem da SAOS.
Sintomas na apneia do sono
- Na apneia do sono, os sinais e sintomas mais frequentes são a hipersónia (sonolência excessiva durante o dia), a roncopatia (ressonar), despertares com sensação de asfixia, sudorese noturna (transpiração durante o sono), boca seca, sensação de sono não reparador, cefaleias matinais (dores de cabeça), dificuldade em concentrar-se, alterações cognitivas (memória, capacidade de cálculo ou raciocínio) irritabilidade e ansiedade.
- Estes sinais e sintomas surgem na sequência do colapso repetitivo das vias aéreas superiores durante o sono, provocando despertares frequentes e consequente fragmentação do sono, levando a que o doente possua uma deficiente ou má qualidade do sono.
- Também ocorre hipoxemia (baixa de oxigénio no sangue), aumento do dióxido de carbono (hipercapnia) e intensas oscilações da pressão intratorácica com uma acrescida atividade simpática que estão na origem dos sintomas descritos e das consequências da SAOS.
Causas da apneia do sono
As principais causas de apneia obstrutiva do sono são a obesidade, hipertrofia das amígdalas, alterações crânio-faciais e aumento da circunferência do pescoço. No caso da apneia do sono central, a causa mais comum é a insuficiência cardíaca e mais raramente o acidente vascular cerebral (AVC).
Existem factores que contribuem para um aumento do risco de contrair esta doença, a saber: idade avançada, ser do sexo masculino, obesidade, circunferência do pescoço aumentada, alterações craniofaciais, predisposição familiar (fatores genéticos), obstrução nasal, tabagismo (fumadores) e o consumo de álcool.
No caso da apneia do sono em crianças (apneia infantil) ela é maioritariamente provocada por hipertrofia das amígdalas e dos adenóides.
Diagnóstico da apneia do sono
A polissonografia é o exame indicado para diagnosticar a apneia do sono. Este exame para além de permitir o diagnóstico da apneia do sono, permite também conhecer a gravidade da doença.
Para estabelecermos o diagnóstico de apneia de sono, durante o estudo do sono teremos que observar no mínimo cinco eventos respiratórios obstrutivos (apneias, hipopneias, esforço respiratório que provoque o despertar) por hora de sono associados a clínica compatível.
Também é suficiente para o diagnóstico da doença, quando ocorrerem quinze ou mais eventos obstrutivos respiratórios por hora de sono, mesmo sem sintomas. Assim, o doente pode nem saber que padece de apneia do sono e padecer da doença classificada como grave (severa).
- A polissonografia utiliza os seguintes termos, cujos significados passamos a descrever:
- Apneia: Estamos perante uma apneia quando ocorre um decréscimo superior a 90% da amplitude do fluxo aéreo de duração igual ou superior a 10s.
- Hipopneia: Estamos perante uma hipopneia quando ocorre uma redução superior a 30% da amplitude do fluxo aéreo acompanhada de diminuição da saturação de oxigénio igual ou superior a 3% e/ou microdespertar, durante pelo menos 10s.
- RERA (RESPIRATORY EFFORT-RELATED AROUSAL) presença de achatamento da curva de fluxo nasal ou aumento do esforço respiratório que precede um despertar (sem preencher critérios de apneia ou hipopneia).
- Índice de Apneia / Hipopneia (IAH): número de apneias e hipopneias por hora de registo.
- RDI (Respiratory Disturbance index) é o número de apneias, hipopneias e RERAs por hora de sono.
- A classificação da gravidade da SAOS é feita com base no RDI obtido através de polissonografia. Assim, classifica-se como:
- Ligeira (ou leve)se RDI=5 e 30/h.
Saiba, aqui, tudo sobre polissonografia.
Esta avaliação serve de guia para tratar a doença. É possível, ainda, identificar os doentes que possuem um risco acrescido de sofrer complicações de modo a poder agir o mais precocemente possível. Este exame permitirá também avaliar no futuro a eficácia do tratamento subsequente.
A doença deve ser diagnosticada por um médico Pneumologista, especialista em apneia do sono, que deve procurar aos primeiros sinais ou sintomas ou nos casos de possuir alguns fatores de risco atrás mencionados.
Após o diagnóstico, o doente deve ser informado sobre as complicações clínicas da doença, ser alertado para os factores de risco, história natural e sobre os perigos de conduzir ou manobrar equipamentos perigosos com sonolência.
Complicações da apneia do sono
A apneia do sono pode ser um grave problema de saúde cuja gravidade é independente da sintomatologia. A apneia do sono não tratada é um factor de risco acrescido para doenças graves: diabetes, hipertensão arterial, arritmias cardíacas, AVC, insuficiência cardíaca, entre outros. Além disso, a apneia do sono, pode causar disfunção sexual nos homens.
Em alguns doentes, a apneia do sono desencadeia consequências bem mais drásticas, pois pode matar, quer pelo elevado risco de poder levar o doente à morte súbita quer pelo risco acrescido de acidentes de viação e acidentes de trabalho provocados pela sonolência excessiva.
Apneia do sono tem cura?
A apneia do sono é uma doença multifatorial. Dependendo da causa assim vai ser o tratamento e eventualmente a cura.
A cirurgia ao nariz, a remoção de amígdalas e adenóides poderá ser um tratamento curativo em crianças e nalguns adultos muito seleccionados.
Saiba, de seguida, como tratar a apneia do sono.
Tratamento da apneia do sono
O tratamento deve ser efetuado de acordo com as causas subjacentes, ou seja, após diagnóstico e conhecida a causa para a alteração do sono, devemos agir de modo a eliminar essa mesma causa. Compete sempre ao médico, especialista em doenças do sono, orientar o tratamento da doença. Até ao momento não existe nenhum medicamento ou remédio eficaz para o tratamento da apneia do sono.
No caso de existir obstrução anatómica que impeça a normal passagem do ar, deve ser considerada a correção cirúrgica. Quando tal não existe, a terapêutica específica depende da gravidade da apneia e das preferências do paciente.
O ventilador com pressão positiva contínua da via aérea (CPAP), abreviatura da tradução do inglês (Continuous Positive Airway Pressure) é uma máquina usada no tratamento da apneia do sono e pode ser utilizada em qualquer grau de gravidade da doença.
Este aparelho é eficaz no tratamento da apneia do sono ao gerar uma pressão positiva, transmitida à via aérea do doente através de uma mascara nasal, permitindo desta forma a correcção dos eventos respiratórios relacionados com o sono, melhorando em simultâneo algumas características clínicas.
Em Portugal o Sistema Nacional de Saúde (SNS) comparticipa na totalidade o aluguer do CPAP, tornando o preço do CPAP num factor que não dificulta a adesão ao tratamento.
Outra possibilidade de tratamento são as próteses bucais ou aparelhos intra-orais. São aparelhos ortodôntico ou dentários, uma espécie de “placa”, efetuada pelos dentistas para usar apenas durante o sono.
Podem ser recomendadas como terapêutica alternativa a doentes que recusem o uso de CPAP e que possuem uma apneia de leve a moderada, uma anatomia das vias aéreas superiores sem alterações significativas e que apresentem predilecção por este tratamento.
Os doentes obesos (excesso de peso) devem tomar medidas para reduzir o seu peso e em caso de necessidade devem procurar ajuda médica ou de um nutricionista.
Deve ser evitado o consumo excessivo de álcool e a utilização de medicamentos sedativos de modo a não agravar a doença.
O médico deve aconselhar os pacientes a adotarem medidas higienodietéticas individualizadas de acordo com as suas características. Estas medidas devem permitir fazer uma melhor higiene do sono, de modo a reduzir os factores que agravam a doença. Veja mais informação em medidas higienodietéticas.
A qualidade do sono noturno é de extrema importância não só em doentes que padecem da SAOS como em qualquer pessoa. Essa qualidade depende de muitas atitudes e deste modo preservar a saúde. Veja quais são as principais recomendações em medidas higienodietéticas do sono, de modo a melhorar a sua qualidade do sono.
Cirurgia na apneia do sono
A cirurgia deve ser considerada nos casos em que a apneia do sono é causada por obstrução anatómica que pode ocorrer nos seguintes casos:
- Hipertrofia das amígdalas (amígdalas aumentadas);
- Hipertrofia dos adenóides (adenóides aumentados);
- Anomalias craniofaciais;
- Retrognatia ou micrognatia.
A operação necessária de modo a corrigir a anomalia depende da variação anatómica de cada indivíduo. Infelizmente o tratamento cirúrgico não é eficaz para a maioria dos doentes graves.
Medidas higienodietéticas do Sono
Todos os doentes que padecem de apneia do sono devem seguir um conjunto de recomendações, uma espécie de tratamento caseiro ou natural denominado por higiene do sono. Trata-se de um conjunto de medidas, maioritariamente efetuadas em casa, que podem permitir atenuar de um modo significativo a gravidade da doença, que passamos a descrever:
- Dormir horas suficientes. Dormir pouco tempo piora as apneias e o ressonar. A maioria das pessoas, inclusive os adultos, necessitam de dormir entre 7 a 9h por dia;
- Evitar a obesidade (não engordar). Ressonar e a apneia do sono são mais frequentes em indivíduos obesos ou com excesso de peso. Se existir um controlo de peso, poderá sentir melhorarias significativas. Faça uma alimentação rica e equilibrada e controle o seu peso.
- Não fumar. O tabaco provoca a irritação dos tecidos das vias respiratórias superiores. Deste modo, pode influenciar a respiração e desenvolver a intensidade do ressonar. Por outro lado, a nicotina também diminui a qualidade do sono dos fumadores. Acresce, que o tabagismo também pode desencadear inúmeras outras doenças;
- Não beber ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas. As bebidas alcoólicas deterioram a qualidade do sono, especialmente quando são ingeridas pouco tempo antes de ir dormir;
- Evitar a ingestão de bebidas estimulantes, como por exemplo café, coca-cola, chá e chocolate. Estas bebidas, possuem um efeito estimulante e se particularmente consumidas nas horas próximas de ir dormir, alteram a qualidade do sono;
- Deve associar a cama a dormir. Se por algum motivo não consegue dormir, deve levantar-se e realizar atividades até ter sono. Ou seja, não deve manter-se na cama se não estiver a dormir;
- Deve dormir na posição lateral. A posição de “barriga para cima” ao dormir, piora as apneias e o ressonar. Existem almofadas (ou travesseiro) desenhadas para este fim, embora sem benefício comprovado;
- Não usar medicamentos para dormir nem calmantes. Este tipo de medicação possui um efeito relaxante nos tecidos das vias respiratórias superiores, piorando deste modo as apneias do sono e o ressonar;
- Possuir um horário regular para dormir. Não deve deitar-se ou levantar-se, nem demasiado cedo, nem demasiado tarde. Deve conservar um horário regular de sono, tanto quanto possível.
O doente nunca deve em caso algum tomar medicação sem prescrição médica e deve procurar ajuda o mais rapidamente possível.
Tratamento Apneia do Sono
A Síndrome de Apneia do Sono é caracterizada por interrupções breves e repetidas na respiração, que provocam um sono fracionado e não reparador
A Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono – SAOS – é um distúrbio respiratório que se caracteriza por paragens respiratórias durante o sono. Estas paragens designam-se por apneias e podem ter uma duração e frequência variáveis.
Durante estes episódios existe um colapso e obstrução das vias aéreas superiores, o que impossibilita a passagem do ar. É definida pela cessação temporária da respiração, por mais de dez segundos, causando um colapso, seja por redução (hipopnéia) ou por paragem (apneia) do fluxo de ar para os pulmões.
- Esta patologia pode produzir, entre outros efeitos, uma diminuição dos níveis de oxigénio e aumento dos níveis de dióxido de carbono (CO2) no sangue e, consequentemente, um ligeiro despertar do subconsciente, que permite restabelecer a respiração até ao próximo episódio.
- A duração dos intervalos pode variar entre alguns segundos a vários minutos.
- Dependendo da frequência das pausas respiratórias, a SAOS é classificada em função do número de eventos contabilizados por hora – IAH que representa o índice de apneias (paragens respiratórias) e hipoapneias (diminuição da amplitude da respiração).
- Assim, nos adultos teremos a seguinte classificação:
- Ligeira: entre 5 e 15 eventos por hora
- Moderada: se ocorre entre 15 e 30 eventos por hora
- Grave: superior a 30 eventos por hora
Este distúrbio afeta mais homens do que mulheres devido ao fator de proteção hormonal do sexo feminino. Contudo, após a menopausa a incidência aumenta.
Pessoas com excesso de peso e obesas estão mais propensas a desenvolver esta patologia respiratória.
- Em muitos casos, o paciente não tem conhecimento dos episódios de apneia e são os familiares que se apercebem dos sintomas, especialmente durante a noite.
- Por esta razão, o casal ou a família do doente têm um papel fundamental na deteção de eventuais sintomas desta patologia, pois são quem deteta a existência de um ronco alto, movimentos corporais frequentes e paragens respiratórias.
- Note-se que nem todas as pessoas que ressonam ou têm sintomas semelhantes aos descritos sofrem de Apneia Obstrutiva do Sono, existem outros distúrbios e doenças que podem causar sonolência diurna e sono de má qualidade.
- Deverá ser o médico especialista a diagnosticar esta patologia.
Entre as técnicas e instrumentos que estão disponíveis para o tratamento de Apneia Obstrutiva do Sono, destacamos os seguintes:
- CPAP – equipamento médico de pressão positiva contínua nas vias aéreas
- AutoCPAP – equipamento médico para o tratamento com CPAP por pressão de ar automática
- BiPAP – sistemas que definem dois níveis de pressão na respiração, permitindo que alguns pacientes tenham uma melhor adaptação
O CPAP / AutoCPAP é um equipamento médico que funciona através do envio de uma pressão positiva contínua para as vias aéreas por forma a mantê-las abertas e evitar o seu colapso e, por consequência, episódios de apneia. Dessa forma, impede o encerramento das vias aéreas durante o sono, aumentando a pressão de ar na garganta.
Pode também ser prescrito um equipamento bi-nível em situações específicas (funciona com dois níveis de pressão, um na fase inspiratória e outro na fase expiratória).
O tratamento com CPAP é o mais comum para pacientes com diagnóstico de Apneia Obstrutiva do Sono moderada ou grave e, deve ser utilizado conforme indicação médica, todas as noites sem interrupções.
- Realizamos a instalação dos equipamentos e acessórios em casa do paciente, ajustando o seu tratamento de acordo com a prescrição médica
- Informamos o paciente e cuidadores acerca dos conselhos de utilização e manutenção do material: higiene e segurança dos equipamentos
- Asseguramos o seguimento do tratamento mediante visitas regulares no domicílio do paciente
- Coordenamos a informação do tratamento com o médico prescritor
- Estamos disponíveis 24 horas por dia, 365 dias por ano através da nossa linha gratuita de atendimento ao paciente VitalAire
- Sonolência diurna excessiva devido à má qualidade do sono, comprometendo a capacidade intelectual e desempenho das atividades diárias. Eleva o risco de acidentes de viação e de trabalho
- Distúrbios respiratórios
- Doenças cardiovasculares: hipertensão e arritmias
- Distúrbios psicológicos e intelectuais: dificuldades de atenção e concentração, colapso nervoso etc. Possíveis mudanças frequentes de humor, estado de ansiedade, dor de cabeça (especialmente na parte da manhã) e irritabilidade
Quais os tratamentos médicos para apneia do sono?
A Apneia do Sono Obstrutiva (SAOS) é um distúrbio que tem tratamento e que se for bem sucedido consegue melhorar todos os aspectos de sua vida. A terapia ajuda a controlar os sintomas, apesar de ser necessária ao longo de toda a vida na maioria dos casos.
Há uma variedade de tratamentos que diminuem os sintomas. O seu médico recomendará a melhor opção para o seu caso:
Pressão Positiva Contínua nas Vías Aéreas (CPAP)
A Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) é um tratamento padrão(1) para a apneia do sono.
O paciente dorme com uma máscara conectada a um aparelho semelhante a um compressor que fornece continuamente um fluxo de ar que manterá sua vias aéreas abertas durante o sono.
Alguns modelos de equipamento de CPAP vêm com umidificadores que neutralizam eventuais efeitos adversos (ressecamento nasal e dor de garganta).(2)
No início, a máscara do CPAP poderá causar um certo desconforto e você pode sentir-se tentado a parar de utilizá-la.
Entretanto, os pacientes que persistem no seu uso, geralmente adaptam-se rapidamente, melhorando significativamente os seus sintomas e a sua qualidade de vida.
(2) O CPAP não apenas diminui o ronco e o cansaço, mas também o risco de outras complicações como as doenças cardiovasculares.(3)
Dispositivo de avanço mandibular (DAM)
O DAM é um dispositivo que se assemelha a um protetor dental. Geralmente, recomenda-se o uso do DAM para apneia do sono de grau leve, ou como opção quando há intolerância ao tratamento de CPAP.
O DAM foi desenvolvido para manter a sua mandíbula e língua para a frente, o que aumenta o espaço na parte posterior de sua garganta, compensando o estreitamento das vias aéreas que provocam ronco.
(2)
É possível que o DAM não seja adequado caso você não apresente uma boa saúde bucal.(2) Consulte o seu dentista para saber se os seus dentes suportariam este tipo de tratamento e se é recomendável para você.
Cirurgia
A cirurgia é realizada somente como última alternativa e demanda orientação especializada. A cirurgia não é recomendada rotineiramente porque acarreta o risco de complicações mais graves e por isso deve ser considerada apenas como último recurso, quando outros tratamentos não apresentaram resultados satisfatórios.(2)
Diferentes tipos de cirurgias podem ser realizadas para tratamento da apneia do sono.(2)
- Amigdalectomia: remoção das amígdalas
- Adenoidectomia: remoção das glândulas adenoides
- Traqueostomia: inserção de uma cânula na parte frontal do pescoço diretamente na traqueia para que você consiga respirar livremente.
- Cirurgia bariátrica: reduz o tamanho do estômago para perder peso e respirar mais facilmente.
- Uvulopalatofaringoplastia: remoção do excesso de tecido da garganta (úvula) para alargar as vias aéreas (procedimento cada vez menos utilizado atualmente).
Antes de iniciar o tratamento, o seu médico alertará sobre alguns fatores de risco relacionados ao seu estilo de vida. Na maioria dos casos de ASO, será necessário: (2)
- Perder peso
- Parar de fumar
- Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente antes de deitar-se
- Evitar as medicações sedativas e pílulas para dormir
- Dormir de lado e não 'de barriga para cima’
Fontes:
(1) Clinical Guidelines for the Manual Titration of Positive Airway Pressure in Patients with Obstructive Sleep Apnea, Positive Airway Pressure Titration Task Force of the American Academy of Sleep Medicine, Journal of Clinical Sleep Medicine, Vol. 4, No. 2, 2008
(2) Obstructive Sleep Apnoea – information prescription, www.nhs.uk
(3) Sleep Apnea and Cardiovascular Disease – AHA/ACCF Scientific Statement. Sommers et al. Circulação 2008; 118:1080-1011
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