
por Maria Confort
Errar é humano. Todo mundo errou – pouco ou muito – ao longo da vida, e provavelmente todo mundo ainda errará muitas vezes antes de morrer. Porem, como aprender com os seus próprios erros?
E, além disso, será que você não anda se fazendo de vítima e não enxergando suas próprias pisadas na bola?
Como aprender com os próprios erros e parar de se fazer de vítima
Reconhecer os erros e aprender com eles é a melhor forma de se tornar alguém melhor – tanto para si mesmo quanto para as outras pessoas ao seu redor. Por isso, hoje vamos te dar algumas dicas fundamentais de como aprender com os seus próprios erros e parar de se fazer de vítima.
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- Uma boa maneira de adquirir inteligência emocional e aprender com os seus próprios erros é ler sobre o assunto e se conhecer através das palavras de terceiros.
- Ao ler e expandir a sua mente, você consegue elaborar auto-crítica e até analisar os próprios comportamentos.
O Edson Castro e o Leonardo Filomeno, criadores do Manual do Homem Moderno, acabaram de publicar um livro para te ajudar neste processo. O Guia Definitivo Para Não Quebrar a Cara: (ou Pelo Menos Tentar) reúne os melhores conselhos, toques verdadeiros que dispensam palavras gentis e tapinhas de boa sorte nas costas.
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Reconheça seus erros de cabeça erguida
Você só pode aprender com um erro depois de admitir que o fez. Assim que você começa a culpar outras pessoas (ou o próprio universo), você se distancia de qualquer lição possível.
Não dá para aprender com os próprios erros se você não os reconhece.
Mas se você corajosamente se levantar e dizer honestamente: “Este é meu erro e eu sou responsável”, as possibilidades de aprendizado se aproximarão de você.
A admissão de um erro, mesmo que apenas em particular para si mesmo, torna o aprendizado afastando o foco da atribuição da culpa e da compreensão. Pessoas sábias admitem seus erros facilmente. Eles sabem que o progresso acelera quando isso acontece.
Tire da cabeça os conceitos pré estabelecidos sobre perdão e falha
- Esse conselho vai contra as suposições culturais que temos sobre erros e falhas, a saber, que são coisas vergonhosas.
- Somos ensinados na escola, em nossas famílias ou no trabalho a nos sentirmos culpados pelo fracasso e a fazer o que for possível para evitar erros.
- Essa sensação de vergonha combinada com a inevitabilidade de contratempos ao tentar coisas difíceis explica por que muitas pessoas desistem de seus objetivos: nós não estamos preparadas para os erros e fracassos que enfrentaremos no caminho para o que queremos.
O que está faltando nas crenças de muitas pessoas sobre o sucesso é o fato de que quanto mais desafiador o objetivo, mais difíceis e frequentes serão os contratempos. Quanto maiores forem suas ambições, mais dependente você ficará de sua capacidade de superar e aprender com seus erros.
O processo de admitir os erros já te faz aprender com eles
Mas, por muitas razões, admitir erros é difícil. Um valor implícito em muitas culturas é que nosso trabalho representa quem somos: se você falhar em algo, então você é um fracasso.
Se você cometer um erro, então você é um erro (você pode nunca ter se sentido assim, mas muitas pessoas sentem. Isso explica o comportamento de alguns de seus amigos do ensino médio ou da faculdade).
Como um lanche gorduroso, um pote de sorvete e outras coisas saborosas, recebemos notas em números (10, 9, 8, 7…0) nos organizando para o consumo de outra pessoa: universidades e empregadores avaliam candidatos jovens em suas notas, números baseados em notas de testes implacáveis a erros.
Para quem nunca descobre uma identidade mais profunda, baseada não na falta de erros, mas na coragem, inteligência compassiva, compromisso e criatividade, a vida é um lugar assustador, protegido apenas pela obrigação de nunca se meter em encrenca, nunca quebrar regras e nunca correr riscos.
Analise os seus erros
Em seguida, você precisa analisar seu erro de forma honesta e objetiva. Pergunte a você mesmo as seguintes questões:
- O que eu estava tentando fazer?
- O que deu errado?
- Quando deu errado?
- Por que isso deu errado?
Há uma ferramenta simples, mas poderosa, para identificar as causas de problemas simples ou moderadamente difíceis. Para usá-la, comece enxergando o erro e continue perguntando “Por quê?” até chegar à causa principal.
A condução dessa lista deve revelar o que levou ao erro e destacar o que precisa mudar para evitar uma repetição.
Quando você conseguir identificar o motivo que o levou a errar, você vai conseguir enxergar dentro de si mesmo a causa do problema e aprender com ele.
Por exemplo, você brigou com o seu filho e acabou levantando a voz para ele, o fazendo chorar. Isto é um erro, certo? Bom, então tente identificar a razão pela qual você gritou: será que você viu seu pai agindo da mesma forma com você? Será que no seu inconsciente, você não acha que levantar a voz é a única maneira de ser ouvido?
Depois de identificar a raiz do problema, comece a tratá-la: medite e pense sobre o assunto, sobre seus traumas e medos de infância e, então, se esforce para mudar de hábito.
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Coloque as lições aprendidas em prática
O perigo neste estágio é que as pressões externas o obriguem a voltar para suas tarefas rotineiras e comportamentos habituais.
As lições que você identificou no passo anterior poderiam definhar. Em outras palavras, aprender lições é uma coisa, mas colocá-las em prática é outra!
Agir de acordo com o que você aprendeu exigirá disciplina e motivação para mudar seus hábitos. Isso ajudará você a evitar a auto-sabotagem no futuro e permitirá que você colha as recompensas e os benefícios da implementação de melhores práticas na sua vida.
Aqui, você precisa identificar as habilidades, conhecimentos, recursos ou ferramentas que impedirão que você repita o erro.
Faça isso com cuidado, porque “correções rápidas” provavelmente levarão a erros adicionais. Qualquer ação que você tome para implementar sua aprendizagem precisa ser duradoura e algo com o qual você pode se comprometer.
Se o seu erro foi menor ou pessoal, as metas pessoais e os planos de ação estabelecerão as bases para a implementação das lições aprendidas. Eles podem fornecer uma escala de tempo para trabalhar e uma lista das tarefas que você precisará concluir.
As ferramentas específicas que você usa a partir daí dependerão das lições específicas que você precisa colocar em prática.
Colocando em prática
Por exemplo, se você aprendeu que um erro ocorreu por causa do seu esquecimento, aplicar uma maior atenção aos detalhes poderia ajudar. Se você descobrir que se esquece das coisas porque simplesmente não cria uma rotina de anotações, se apegar em planilhas e diários pode ser algo realmente útil.
Ou, por exemplo, se você descobriu que ocorreu um erro no trabalho por causa de um mal entendido entre maneiras de enxergar o mundo, por exemplo, talvez você precise melhorar a sua estratégia de comunicação.
Se o erro foi mais organizacional do que pessoal, talvez seja necessário implementar seu aprendizado de maneira mais abrangente. Escrever procedimentos mais claros, por exemplo, poderia ajudar a garantir que mais seja feito sem erros.
Em resumo: crie mecanismos para criar um novo hábito e não cometer mais os mesmos erros.
Os erros nos ensinam sobre nós mesmos e como dizer nossa verdade
- Uma das principais maneiras de aprender com os próprios erros é mudar a sua perspectiva.
- É natural querer encobrir nossos erros ou nos envergonhar deles, como se desejássemos ter uma borracha ou um branquinho para passar por cima do problema.
- Mas ser honesto sobre nossos fracassos e limitações nos oferece oportunidades de praticar a verdade.
Admitir a verdade nos permite expandir nosso conhecimento pessoal, e assim aumenta nossa capacidade de mudar. É como segurar um espelho na nossa frente e realmente ver o reflexo.
Quando falamos aos outros sobre nossos erros, para que eles realmente nos vejam, isso nos permite deixar de lado o constrangimento, a vergonha e a culpa que sentimos para que possamos nos concentrar em aprender e crescer.
Erros nos ensinam sobre integridade
Com frequência, os erros acontecem quando quebramos promessas, nos comprometemos demais, concordamos em evitar conflitos ou deixamos de ouvir com atenção.
Grandes erros geralmente começam como pequenos erros. Com o passar do tempo, pequenas escolhas que vão contra nossos valores ou metas podem se acumular em colapsos.
Mesmo nossas menores escolhas têm poder, por isso é importante prestar atenção à integridade das escolhas que fazemos todos os dias. Erros podem ser um sinal de que nossas palavras e nossas ações estão desalinhadas. Nesse caso, podemos reexaminar nossas intenções, reconsiderar nossos compromissos e ajustar nossas ações.
Erros nos permitem inspirar os outros
Outras pessoas podem se sentir inspiradas quando somos corajosos e tornamos nossas lutas privadas públicas.
As pessoas ao nosso redor podem decidir viver de maneira diferente. Quando um fumante de longa data que está morrendo de enfisema fala sobre o valor de parar de fumar, estamos aptos a ouvir.
O mesmo tipo de contribuição também ocorre quando falamos abertamente sobre erros menos sérios.
Como pais, podemos ensinar a nossos filhos que não há problema em fracassar porque estamos dispostos a deixá-los ver nossos fracassos e erros.
Isso nos dá a oportunidade de conversar sobre o que poderíamos ou teríamos feito de forma diferente. Estas são lições poderosas para aqueles que nos rodeiam.
Lembre-se disso tudo sempre que errar. Essas dicas vão te ajudar a aprender com os próprios erros e entender que você nunca vai parar de errar.
Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.
Como lidar com as falhas
Nem sempre superamos o fracasso, mas é importante saber lidar com as falhas. Leia o artigo e veja como fazer isso.
Winston Churchill dizia: “O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo”. Nunca fracassar é um tema trazido de gerações em gerações e sempre aprendemos que lidar com as falhas, na verdade é superá-las. O que os psicólogos dizem sobre isso? E como lidar com as falhas?
A repetição do erro tende a gerar o autocastigo ou a repreensão. Nós nos acostumamos a nos culpar quando o fracasso toma conta da vida, em geral atribuindo isso ao azar, às questões externas, mas também a decisões equivocadas.
Porém, saber lidar com o fracasso em si, não é um bicho de sete cabeças. O fracasso e a derrota fazem parte da vida do ser humano, basta olharmos para ele sob outra perspectiva.
Para aprender a lidar com as falhas, enumeramos 5 dicas bem valiosas para você.
5 dicas para lidar com as falhas
Quando erramos, costumamos, ou guardamos segredo para não sermos julgados ou evitarmos repeti-lo. Mas dificilmente seguimos uma terceira solução: reconhecer a falha como parte natural do processo de aprendizagem. E é baseado neste sentido que damos as seguintes dicas.
1. Errar é humano
Toda a ênfase negativa que se costuma dar ao fracasso é porque nos consideramos seres perfeitos, sem falhas e imperfeições. Os sinônimos de fracasso são fraqueza, derrota, desgraça, ruína etc.
>>> Leia também: Lidando com falhas: nossas e dos outros
Quando se falha, nosso costume é impor um julgamento moral em nós mesmos. O sentimento de culpa sobrevém. Errar é humano, faz parte da vida, não somos seres perfeitos e imaculados, ele nos ajuda a entender o processo para que possamos superar aquilo que pode ser melhorado.
2. Reduzir a ansiedade
A ansiedade é uma construção mental de querer antecipar o sucesso com o medo de não errar. Assim, a ansiedade impede que possamos refletir realmente sobre os detalhes de determinados resultados.
Usar a razão ao invés da emoção faz com que possamos perceber que esses resultados, muitas vezes, não serão possíveis de se alcançar, em vista de que não temos as ferramentas certas no momento.
Os psicólogos ajudam, por meio da terapia a evitar fracassos futuros. Como parte de lidar com as falhas, exercícios de visualização do problema ou meditar sobre determinadas questões são muito importantes.
3. Educação dos erros
Lidar com as falhas através da observação dos erros cometidos é aprender a prosseguir na caminhada. Se não aprendemos com os erros, não saberemos tomar decisões certas no momento adequado.
O fato de enxergarmos as falhas por quem já passou por elas é utilizar o conjunto de erros ao nosso favor. Isso significa que todo sucesso não existe sem esforço, pois o merecimento de uma vitória requer um passado de erros.
4. Foco no resultado
Conheça a equipe de psicólogos do nosso consultório. Confira o perfil e área de atuação de cada profissional.
A EQUIPE DE PSICÓLOGOS
Todo resultado importa. Não existe resultado positivo sem erros e acertos. Assim, aprendendo a lidar com as falhas, o mais importante é chegar aos resultados finais, e não prender-se às particularidades no meio do processo, ou seja, nas próprias falhas.
Os erros podem ser simplesmente o trabalho reflexivo de um grande sucesso. Desta forma, a felicidade do esforço também está no próprio percurso, e não necessariamente na parte final. Todo esse conjunto de erros e acertos constitui uma grande vitória completa.
5. Vencer o medo
Umas das principais fórmulas que existem para o grande número de fracassos, é a presença constante do medo. O medo exerce sobre a psique e os estados emocionais muito mais impedimentos e bloqueios do que esperanças de sucesso e superação. Por esta razão, o medo de fracassar torna o fracasso já como vencedor de qualquer ação, antes mesma do que ela aconteça.
Começar de novo
Nesse guia completo você vai conhecer tudo sobre psicólogos e psicoterapia. A escolha do psicólogo certo para você envolve diversos fatores. Descubra aqui.
COMO ESCOLHER O SEU PSICÓLOGO
Como vimos, o medo de fracassar e não saber lidar com as falhas nos impede de começar de novo. O medo nos impede de usar a nossa força de vontade a nosso favor.
A ansiedade, juntamente com os complexos de culpa, impõem um ritmo não natural no aprendizado humano. Se mudarmos a perspectiva sobre como lidar com as falhas, os fracassos poderão ser, ao contrário, grandes oportunidades.
Não existe conhecimento ao chegar a resultados positivos sem ter passado por erros e falhas. Somente a experiência direta e cotidiana, por termos transitado ou visto alguém passar pelas falhas que nos proporcionam esse conhecimento.
Todo grande trabalho é feito de rascunhos, toda fórmula científica é realizada mediante tentativas e erros.Geralmente, quem tende a evitar o fracasso jamais saberá a lidar com as falhas. E, desta forma, estarão evitando, da mesma forma, o próprio sucesso.
Para melhor poder enfrentar o fracasso, além destas dicas, é a procura do auxílio de um profissional da psicologia, cuja função é reconduzir a pessoa para o seu próprio caminho.
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O sentimento de rejeição ou o medo de ser rejeitado é uma das experiências mais fortes e dolorosas que as pessoas enfrentam durante sua vida.
Ter um hobby é fundamental para aliviar as tensões e o stress do dia-a-dia de trabalho e ainda ter um momento dedicado exclusivamente para si mesmo.
*Os textos do site são informativos e não substituem atendimentos realizados por profissionais.
Autor: Thaiana F. Brotto
CRP 06/106524 – São Paulo
FORMAÇÃO
Graduação em Psicologia pela PUC-PR em 2008. Pós-graduação em Terapia Comportamental pela USP. E pós-graduanda em Terapia Cognitiva Comportamental pelo ITC
Pessoas que não admitem seus erros: entenda por quê
Saber reconhecer os erros é fundamental para que a pessoa evolua, se respeite e trabalhe para melhorar. Porém, muitos são aqueles que preferem negar o equívoco. Por que isso acontece?
Qualquer profissional especializado em desenvolvimento pessoal coincidirá em que aprender dos próprios erros é uma das lições mais valiosas que qualquer pessoa pode experimentar ao longo da sua vida. Isso porque é um compromisso com o autoconhecimento, é uma predisposição para assumir responsabilidades e aceitar o peso da equivocação.
É uma estratégia de franqueza e sinceridade, que acaba servindo de propulsor para diversos aspectos da vida da pessoa. Apesar disso, há pessoas que simplesmente são incapazes de admitir seus erros. E sabe o pior? Esse número vem aumento, possivelmente pela tendência à individualização e egocentrismo.
As consequências de uma postura assim para o entorno social, profissional e familiar podem ser desastrosas, já que ninguém é perfeito. Por que isso acontece? Como atuar ou reagir?
Necessidade de demonstrar infalibilidade
Vários estudos realizados na área de psicologia social com o fim de entender o comportamento e as relações interpessoais indicam que é mais fácil que as pessoas peçam desculpa por haver incomodado que, efetivamente, reconheçam haver equivocado.
Isso está relacionado a uma necessidade de ser e se sentir infalível, pois reconhecer qualquer equívoco seria mostrar vulnerabilidade, evidenciar que não cumpriu com a expectativa inicial. Ou seja, por trás dessa postura, o que costuma haver é uma autoconfiança abalada, que pode encobrir complexos e crenças pouco produtivas.
Normalmente, a pessoa nem percebe que está alimentando um comportamento rígido e pouco equilibrado, nem mesmo com os recorrentes conflitos nos relacionamentos. Ainda conforme os especialistas, outro perfil propício a nunca admitir seus erros são aquelas pessoas com rasgos de personalidade narcisista.
Esses, normalmente utilizam sua perspicácia para detectar os erros alheios e usá-los como um contra-ataque. Ao evidenciar os demais, conseguem sair do holofote e evitar serem questionados por sua pretensa competência absoluta.
Benefícios de aprender a assumir seus erros
Há uma falsa crença entorno de não assumir os erros cometidos: de que isso é fortaleza de caráter, demonstra segurança e controle. Nada mais longe da verdade.
Faz parte do processo de evolução pessoal se distanciar ao máximo da tendência de não admitir erros como forma de alimentar um mecanismo de defesa.
Mesmo que haja uma série de estratégias psicológicas por trás, é muito fácil perceber quando uma pessoa foge, constantemente, às suas responsabilidades.
A imagem que fica em todos os que convivem com ela é negativa, estando associada a: falta de humildade, pouca fiabilidade, abuso de confiança, desrespeito, etc.
Nunca é tarde para rever esse tipo de comportamento e construir uma atitude mais positiva. Você será o primeiro a sentir os benefícios:
- trabalhar seu lado mais humano. Quem convive com você, terá uma impressão de sinceridade e humildade, algo que serve para fortalecer as relações.
- deixar de se autoenganar, respeitando suas limitações, sabendo reconhecer suas qualidades, mas sobretudo quando se dá um processo de superação.
- deixar de alimentar a perfeição como um elemento indispensável para ser uma pessoa feliz e realizada. Errar não significa fracassar; é apenas um passo do processo de aprendizagem.
- trabalhar a resiliência, indispensável para enfrentar os desafios da vida com alegria e disposição. Se você consegue se adaptar aos imprevistos, sem grandes frustrações, tem uma personalidade extremamente potente, tanto na esfera pessoal como na esfera profissional.
- aprender a ser mais agradecido com você mesmo e com os demais. Quando entendemos que ninguém é perfeito, estamos mais predispostos a valorizar o esforço por trás de cada gesto, cada tarefa.
As informações publicadas por MundoPsicologos.com não substituem em nenhum caso a relação entre o paciente e seu psicólogo. MundoPsicologos.com não faz apologia a nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.
A importância de assumir os próprios erros | Familia
Nos relacionamentos interpessoais e no ambiente de trabalho, tendemos a fugir das consequências de nossos erros negando-o, culpando outra pessoa ou simplesmente ignorando-o. Assim, nos afastamos de pessoas e prejudicamos nossa vida profissional.
“Errar é humano”. É essa expressão que costumamos dizer sempre que nos pegamos diante de um erro que nós mesmos cometemos.
Tendemos sempre a utilizar diferentes recursos e justificativas para tentar minimizar erros, abusando sempre de ditados populares que remetem ao fato de que “ninguém é perfeito”, “todo mundo erra”, dentre outros.
Com isso, tentamos nos eximir das consequências e prejuízos decorrentes de nossos erros.
É claro que não estamos equivocados quando afirmamos categoricamente que todas as pessoas erram, mas passamos a duplicar os nossos erros ao deixar de admití-los. Isso porque, na tentativa de justificar um erro cometido, negando-o estamos errando mais uma vez, independente da situação à qual o erro esteja relacionado.
Nos relacionamentos interpessoais e no ambiente de trabalho, tendemos a fugir das consequências de nossos erros negando-os, culpando outra pessoa ou simplesmente ignorando-os.
Dessa forma, tendemos a nos afastar da possibilidade de consertar o erro cometido e, principalmente, tendemos a repetir o mesmo erro outras vezes.
Assim, eis algumas sugestões sobre como e por que assumir os próprios erros:
1 – Assuma para si mesmo que errou
Algumas pessoas têm dificuldade em admitir que estão erradas não apenas para outras pessoas, mas para elas mesmas. Muitas vezes, inconscientemente, o medo de ser reprovado, rejeitado ou criticado acaba interferindo no processo consciente de assumir que está errado.
Dessa forma, tente buscar dentro de si situações em que foi confrontado por alguém diante de um erro seu e reflita como se sentiu na ocasião. Relembre momentos com a família ou no trabalho que te fizerem sentir desconfortável ou inferior a alguém simplesmente por ter errado.
Se identificar que situações como essas são constantes e que, sempre que é questionado sobre um erro cometido, você tende a se sentir extremamente desconfortável e até chega a discussões com outras pessoas, procure ajuda de um psicólogo.
Problemas de autoestima e rejeição podem estar relacionados.
2 – Admita seu erro às outras pessoas
Quando o erro de alguém nos traz consequências negativas, tendemos a questionar e a convencer ao outro de seu erro. Isso acontece porque ouvir outra pessoa assumindo que errou para conosco nos faz sentir mais confortáveis e dispostos a perdoar. Isso deve acontecer também quando a situação se inverte.
Ao admitir aos outros que erramos, deixamos o orgulho de lado e nos posicionamos de forma mais humilde e mais admirável. Se você cometeu um erro grave no seu trabalho, procure o seu chefe e assuma isso.
Mostre o quanto ter errado te incomodou e o quanto você está disposto a corrigir a situação e agir diferente em outras situações semelhantes.
3 – Peça perdão
No ambiente de trabalho, podemos simplesmente pedir desculpas por nosso erro, ouvir uma bronca do chefe e do colega e tudo ficará esquecido assim que o erro for corrigido. No entanto, quando nossos erros envolvem pessoas que amamos, o pedido sincero de perdão é fundamental.
Olhar a pessoa que amamos, como alguém que magoamos ou ferimos profundamente deverá nos levar a uma comoção honesta. Quando insistimos em errar várias vezes diante de uma mesma pessoa corremos o risco de perder o carinho, a confiança e a intimidade estabelecida na relação.
Se não pedimos perdão, as mágoas vão se acumulando e formam uma cortina que vai gradativamente afastando as pessoas que mais gostamos.
4 – Esforce-se para corrigir as consequências de seu erro
Não basta só pedir desculpas. É preciso dedicação e esforço para consertar o estrago. Analise as possibilidades que você têm de minimizar ou, até mesmo, anular as consequências de um erro cometido.
Esqueceu-se de enviar um relatório importante no prazo estabelecido? Peça um novo prazo, entregue-o antes do novo prazo estabelecido, descubra outros impactos causados por esse atraso e tente negociar pessoalmente.
Deixou seus filhos esperando-o para o piquenique no feriado e acabou indo trabalhar até tarde? Desculpe-se, marque outro piquenique no final de semana ou compense com dois dias seguidos indo ao cinema. Crie formas de minimizar mágoas e prejuízos. Respeite o direito das pessoas de se chatearem com você e o fato delas esperarem que você aja diferente na próxima vez.
5 – Pense no futuro
Nenhuma dessas dicas acima valerão alguma coisa se você “pisar na bola” do mesmo jeito várias vezes. Assumir um erro e consertá-lo só será interessante se o erro for esporádico e passageiro. De nada adianta pedir desculpas aos filhos se todos os finais de semana você deixa de levá-los para um passeio porque se ocupou demais no trabalho.
Organize sua agenda, reveja prioridades, preste atenção no que os outros dizem a você, anote tudo o que ouve, marcam ou pedem a você mesmo que ache que irá lembrar depois, releia seus relatórios, revise e-mails, programe datas no celular.
Dessa forma você continuará errando, no entanto, os erros serão menos frequentes do que se você não se preocupar com nada disso.
Por mais que seja difícil e constrangedor admitir que você está errado, tenha em mente que se errar é humano, admitir o próprio erro é caráter.
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Aprenda a lidar com seus erros como um grande líder
Até mesmo os melhores líderes cometem erros. E esse não é o problema, afinal errar é humano, inclusive os grandes líderes.
Apesar da piada popular que diz que chefes não erram, eles apenas cometem enganos. O que difere os grandes líderes dos medianos ou ruins é a forma pela qual eles lidam com seus próprios erros.
Errar é natural e até pode nos ajudar a crescer profissionalmente e na vida.
Porém, é preciso aprender com os próprios erros e, quando se é um líder, fazer com que seu time também aprenda com suas falhas.
Os colaboradores de uma equipe observam seus líderes e tudo que veem impacta diretamente no relacionamento e o nível de confiança com o chefe.
A seguir, indicamos algumas formas de lidar com os próprios erros a fim de tirar proveito deles e crescer junto com o seu time. Acompanhe:
Reconheça seus erros…
Quando se comete um erro, a pior atitude a ser tomada é a de tentar acobertar o que fez ou colocar a culpa em outra pessoa. O melhor a se fazer é reconhecer que errou e se mostrar disposto a corrigir seu erro e aprender com ele.
Líderes inseguros podem ter medo de parecer fracos, mas não admitir seu erro pode ser muito pior, custando seu próprio respeito.
Admitindo seus erros, você ganha o respeito daqueles que lidera e faz com que sua liderança seja humana, afinal chefe-herói é um mito desmentido diariamente por milhares de interações dos chefes com seus liderados.
…E aprenda com eles
Depois de aprender com seus erros, não os repita. Como diz o velho ditado, quando você repete um erro, não é mais um erro, mas uma decisão.
A natureza da liderança superior está em aceitar riscos, experimentar coisas novas e correr grandes riscos, procurando os limites do que é possível.
E os melhores líderes sabem que criatividade significa quebrar regras, cometer erros e aprender ao longo do caminho. Os erros estão entre os maiores professores. Criatividade é permitir-se cometer erros; liderança é aprender com eles.
Ensine os outros a partir dos seus erros
O período em que nos sentimos impotentes e com menos poder pode ser um dos momentos mais ricos, quando podemos reconhecer quem somos e em que acreditamos e, assim, fazer escolhas que ajudem os outros a se beneficiar de nossas experiências.
Quando você cometer erros, faça questão de ensinar aos outros o que você aprendeu. Isso cria conexão e confiança.
Os melhores líderes são os grandes professores, treinadores e coaches que nos mostram o caminho depois de terem passado por esse caminho.
Erre e siga em frente
O sucesso está ligado diretamente às nossas atitudes. Pessoas de sucesso continuam se movendo. Elas cometem erros, mas não desistem e não paralisam. É importante aprender a encarar o fracasso como um ponto de partida. Você não esquece o seu erro, mas não se debruça sobre isso ou deixa que ele o derrube.
Como todos nós, você está fadado a cometer erros. Mas quando você lida bem com eles, eles podem ajudá-lo a ser um líder melhor e uma pessoa melhor.
O relatório Hogan Judgment traz uma seção importante sobre como o líder lida com suas decisões erradas, se reagem emocionalmente ou com cabeça fria, se nega ou aceita que erros e se engaja na busca de soluções de seus erros de forma superficial ou genuína. Clique aqui para saber mais sobre o Hogan Judgment.
Por que algumas pessoas nunca admitem seus erros?
A rigidez psicológica não é um sinal de força. Todos cometemos erros e o fazemos com regularidade. Alguns erros são pequenos,
como: “Não, não precisamos parar na loja; há muito leite para o café da manhã”. Algumas maiores, como “Não me apresses; temos muito tempo para chegar ao aeroporto antes do voo sair”. E algumas são bem mais sérios como “Ninguém vai saber se eu fizer isso com cuidado”.
Ninguém gosta de estar errado. É uma experiência emocional desagradável para todos nós.
A questão é como respondemos quando descobrimos que estávamos errados quando não havia leite suficiente para o café, quando perdemos o vôo, ou quando você quebra o coração e a confiança de outra pessoa.
Alguns de nós admitem que estávamos errados e dizem pra si mesmas: “Oops, você estava certo. Deveríamos ter comprado mais leite.
Alguns de nós apenas insinuam que estávamos errados, mas não o fazemos explicitamente ou ainda buscam formas de se justificar: “Tivemos muito tempo para chegar ao aeroporto a tempo, se não fosse o trânsito extremamente engarrafado como jamais poderia imaginar… Próxima vez é melhor garantir mais tempo de sobra para pegar o voo”.
Mas algumas pessoas se recusam a admitir que estão erradas, mesmo diante de evidências esmagadoras. “Não era eu, você entendeu errado, isso não prova nada, era brincadeira, eu estava bêbado, foi ela que provocou, e daí? Você também já fez, você mereceu, é mentira, é mentira, é mentira.
Os dois primeiros exemplos provavelmente são familiares para a maioria de nós, porque são respostas típicas para estar errado. Aceitamos a responsabilidade total ou parcialmente (às vezes, muito, muito parcialmente), mas não somos contra os fatos reais. Nós não alegamos que havia leite suficiente quando não havia ou que não estávamos atrasados para o aeroporto quando na verdade estávamos.
Mas o que acontece quando uma pessoa recua contra os fatos, quando eles simplesmente não podem admitir que estavam errados em qualquer circunstância? O que em sua composição psicológica torna impossível para eles admitir que estavam errados, mesmo quando é óbvio que eles estavam? Mesmo quando existem provas contra eles? E por que eles nunca admitem que estavam errados?
A resposta está relacionada ao seu ego. Algumas pessoas têm um ego tão frágil, uma auto-estima tão frágil, uma “constituição psicológica” tão fraca que admitir que cometeram um erro ou que estavam erradas é fundamentalmente muito ameaçador para os seus egos.
Aceitando que eles estavam errados, absorvendo essa realidade seria tão psicologicamente destruidor, seus mecanismos de defesa fazem algo notável para evitar isso – eles literalmente distorcem sua percepção da realidade para torná-la (realidade) menos ameaçadora ou para manipular as pessoas a sua volta.
Seus mecanismos de defesa protegem seu ego frágil, mudando os próprios fatos em sua mente, para que não estejam errados nem sejam culpados.
Como resultado, eles vêm com declarações como: “Eu chequei de manhã e havia leite suficiente para mais dias, não sei o que aconteceu.” Se alguém questionar ou insinuar que ele fez as contas erradas, essa pessoa é aquela capaz de dizer: “Alguém deve ter tomado mais leite que o normal ou ter retirado alguns pacotes do armário. porque eu chequei e havia leite”.
Quando confrontados, eles continuarão insistindo ou atacando qualquer um que tente argumentar contra. As pessoas que repetidamente exibem esse tipo de comportamento são, por definição, psicologicamente frágeis.
No entanto, essa avaliação é muitas vezes difícil para as pessoas aceitarem, porque, para o mundo exterior, elas parecem estar de pé com segurança e não recuando, coisas que associamos à força. Mas a rigidez psicológica não é um sinal de força, é uma indicação de fraqueza.
Essas pessoas não estão escolhendo se manter firme; eles são obrigados a fazer isso para proteger seus egos frágeis. Admitir que estamos errados é desagradável. É preciso uma certa dose de força emocional e coragem para lidar com essa realidade e admitir os erros.
A maioria de nós se aborrece um pouco quando temos que admitir que estamos errados, mas superamos isso.
Quando as pessoas são incapazes de admitir que estão erradas, quando não conseguem tolerar a própria noção de que são capazes de cometer erros, é porque sofrem com um ego muito fragilizado.
Como respondemos a essas pessoas depende de nós.
O único erro que não devemos cometer é considerar sua recusa persistente e rígida em admitir que estão errados como um sinal de força ou convicção, porque é o oposto absoluto – fraqueza psicológica e fragilidade.
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