Como E Que Era A Siria Antigamente?

Diariamente somos bombardeados com notícias sobre os mais de 4 milhões de refugiados sírios e sua situação precária em diversos campos de refugiados pelo mundo.

Mas, ao ver essa situação, dificilmente paramos para refletir sobre como a Síria chegou a esse estado.

Tudo começou com a seca que assolou o país entre os anos de 2006 e 2011 e fez com que muitas famílias que viviam no campo perdessem suas fazendas e acabassem se mudando para a cidade em busca de trabalho.

A situação só se agravava quando 15 adolescentes resolveram expressar o momento que o país vivia pintando um slogan revolucionário em uma parede de escola: “O povo quer derrubar o regime!“.

Os jovens foram presos e torturados como punição e, com isso, as manifestações contra o governo só tomaram mais força, em março de 2011.

Os protestos pacíficos foram combatidos com armas de fogo pelas forças de segurança do estado – e o problema só crescia, com centenas de milhares de manifestantes pedindo a renúncia do presidente Assad.

Como E Que Era A Siria Antigamente?

Foto © Dick Simon 

Nesse cenário, havia ainda diversos agravantes que vão muito além da política interna Síria e se tornaram responsáveis pela morte de mais de 220 mil pessoas desde o início da guerra, além de deixar 12,8 milhões de pessoas no interior do país com a necessidade urgente de assistência humanitária.

Mas, apesar disso, pouca gente sabe que a Síria já foi um destino turístico bastante procurado por pessoas de diversas nacionalidades, graças a seus 3 mil sítios arqueológicos. Para se ter uma ideia, em 2011, o turismo foi responsável por 5% do PIB da região e gerou cerca de 270 mil postos de trabalho.

Quer ver como era visitar o país antes da guerra? As imagens abaixo mostram um pouco dessa experiência:

Como E Que Era A Siria Antigamente?

Foto via

Como E Que Era A Siria Antigamente?

Foto © Kim Schoonen

Como E Que Era A Siria Antigamente?
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Fotos © Dick Simon 

Como E Que Era A Siria Antigamente?
Como E Que Era A Siria Antigamente?

Fotos © Ricardo Fernandez

Como E Que Era A Siria Antigamente?

  • Fotos © Nicolas Mirguet
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Por que a guerra da Síria continua após 10 anos? – BBC News Brasil

Como E Que Era A Siria Antigamente?

Crédito, AFP

Legenda da foto,

Civis deixam a cidade de Jisreen, com prédios destruídos pela guerra, em 2017

Uma revolta pacífica contra o presidente da Síria, há 10 anos, se transformou em uma violenta guerra civil. O conflito deixou mais de 380 mil mortos, devastou cidades e atraiu outros países para a disputa.

Entenda por que a guerra dura tempo tempo — e suas terríveis consequências.

Mesmo antes do início do conflito, o país sofria com alto desemprego, corrupção e falta de liberdade política sob o presidente Bashar al-Assad, que sucedeu o pai, Hafez, após sua morte em 2000.

Quando o governo sírio reprimiu violentamente as manifestações, protestos exigindo a renúncia do presidente tomaram as ruas em todo o país.

A agitação se espalhou e a repressão se intensificou. Os partidários da oposição começaram a se armar — primeiro para se defender e depois para livrar suas áreas das forças de segurança do governo. Assad prometeu esmagar o que chamou de “terrorismo apoiado por estrangeiros”.

A violência aumentou rapidamente e o país entrou em guerra civil.

Centenas de grupos rebeldes surgiram e não demorou muito para que o conflito se transformasse em mais do que uma batalha entre sírios a favor ou contra Assad. Potências estrangeiras começaram a tomar partido, enviando dinheiro, armamento e combatentes.

À medida que o caos piorava, organizações jihadistas extremistas com seus próprios objetivos, como o grupo autoproclamado Estado Islâmico (EI) e a Al-Qaeda, se envolveram. Essa situação aumentou a preocupação da comunidade internacional.

Os curdos da Síria, que desejam o direito de autonomia mas não lutaram contra as forças de Assad, acrescentaram outra dimensão ao conflito.

Legenda da foto,

Protestos contra o governo de Assad tomaram as ruas da Síria em 2011

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo de monitoramento com base no Reino Unido e uma rede de fontes na Síria, registrou a morte de 387.118 pessoas até dezembro de 2020, entre elas 116.911 civis.

O número de mortos não incluiu as 205.300 pessoas que estavam desaparecidas e presumidamente mortas, incluindo 88 mil civis que teriam morrido em prisões administradas pelo governo onde se praticava tortura.

Outro grupo de monitoramento, o Centro de Documentação de Violações, que conta com informações de ativistas de todo o país, registrou o que considera violações do Direito Internacional Humanitário e da Declaração Internacional dos Direitos Humanos, incluindo ataques a civis.

A entidade registrou 226.374 mortes na Síria, incluindo 135.634 civis, até dezembro de 2020.

Quase 12 mil crianças foram mortas ou feridas, de acordo com a Unicef, a agência da ONU para a infância.

Legenda da foto,

A Turquia apoiou grupos de rebeldes que lutam contra forças curdas no país

Os principais apoiadores do governo têm sido a Rússia e o Irã. A Turquia, as potências ocidentais e vários países do Golfo apoiaram a oposição em vários graus na última década.

A Rússia – que já tinha bases militares na Síria antes da guerra – lançou uma campanha aérea em apoio a Assad em 2015, o que foi crucial para virar a guerra a favor do governo. Os militares russos dizem que seus ataques visam apenas “terroristas”, mas ativistas dizem que matam rebeldes e civis regularmente.

Acredita-se que o Irã mobilizou centenas de soldados e gastou bilhões de dólares para ajudar Assad. Milhares de milicianos xiitas armados, treinados e financiados pelo Irã — principalmente do movimento Hezbollah do Líbano, mas também do Iraque, Afeganistão e Iêmen — também lutaram ao lado do exército sírio.

Os EUA, Reino Unido e França inicialmente forneceram apoio para os grupos rebeldes que eles consideraram “moderados”. Mas eles priorizaram a assistência não bélica quando os jihadistas se tornaram a força dominante na oposição armada contra o governo.

Uma coalizão global liderada pelos EUA também realizou ataques aéreos e mandou forças especiais para a Síria a partir de 2014 para ajudar uma aliança de milícias curdas, árabes, assírias e turcas chamada de Forças Democráticas Sírias, em um território no noroeste do país que antes era dominando pelo Estado Islâmico. As Forças Democráticas Sírias (FDS) defendem um governo secular, democrático e federalista em território sírio.

A Turquia é um grande apoiador da oposição, mas seu foco tem sido apoiar facções rebeldes para conter a milícia curda YPG, acusando-a de ser uma extensão de um grupo rebelde curdo banido na Turquia.

Tropas turcas e rebeldes apoiados por elas tomaram trechos de território ao longo da fronteira norte da Síria e intervieram para impedir um ataque total das forças do governo ao último reduto da oposição, Idlib.

A Arábia Saudita, que deseja conter a influência iraniana, armou e financiou os rebeldes no início da guerra.

Enquanto isso,Israel tem estado tão preocupado com o que chama de “entrincheiramento militar” do Irã na Síria e com os embarques de armas iranianas para o Hezbollah e outras milícias xiitas que tem realizado ataques aéreos com frequência cada vez maior na tentativa de impedi-los.

Legenda da foto,

Uma grande área da Síria foi destruída pela guerra

Além de causar centenas de milhares de mortes, a guerra deixou mais de 2,1 milhões de civis feridos ou permanentemente incapacitados, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos,

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Antes da guerra, a Síria tinha uma população de 22 milhões de pessoas. Metade dessa população foi obrigada a deixar suas casas devido aos dez anos de guerra. Cerca de 6,7 milhões de pessoas estão desabrigadas dentro do país, muitos deles vivendo em campos temporários.

Outros 5,6 milhões de pessoas estão registradas como refugiadas no exterior. A maioria (cerca de 93%) dos refugiados estão nos países vizinhos do Líbano, Jordânia e Turquia. As nações têm tido dificuldade em lidar com um dos maiores êxodos de refugiados da história recente. Um milhão de crianças refugiadas sírias nasceram no exílio.

Em janeiro de 2021, 13,4 milhões de pessoas dentro da Síria precisavam de alguma forma de assistência humanitária, incluindo 6 milhões em extrema necessidade, de acordo com a ONU. Mais de 12 milhões tinham dificuldade em se alimentar todos os dias. E meio milhão de crianças sofriam de desnutrição crônica.

No ano passado, a crise humanitária foi agravada por uma desaceleração econômica sem precedentes, que viu o valor da moeda síria cair drasticamente e os preços dos alimentos atingirem recordes históricos. O país também sofreu com a pandemia de covid-19, mas a verdadeira extensão do estrago causado não é conhecida, já que o sistema de saúde do país está devastado.

Bairros inteiros e infraestrutura vital em todo o país também permanecem em ruínas após uma década de combates. Uma análise da ONU feita por satélite sugeriu que mais de 35 mil estruturas foram danificadas ou destruídas apenas na cidade de Aleppo, antes de sua recaptura pelo governo no final de 2016.

E apesar de seu status protegido, instalações médicas também foram atingidas — 350 hospitais e clínicas sofreram 595 ataques até março de 2020, documentos pelos Médicos pelos Direitos Humanos. Como resultado, 923 médicos morreram e apenas metade dos hospitais do país estão totalmente funcionais.

Grande parte da rica herança cultural da Síria também foi destruída. Todos os seis locais considerados Patrimônios Mundiais da Unesco foram significativamente danificados. Extremistas do Estado Islâmico explodiram deliberadamente partes da antiga cidade de Palmira.

Os investigadores de crimes de guerra da ONU acusaram todas as partes de perpetrar “as violações mais hediondas”.

“Os sírios”, diz seu último relatório, “sofreram grandes bombardeios aéreos em áreas densamente povoadas; sofreram ataques de armas químicas e cercos modernos nos quais os perpetradores deliberadamente deixaram a população faminta por meio de métodos medievais e restrições indefensáveis ​​e vergonhosas à ajuda humanitária”.

Legenda da foto,

Soldados do Exécito Livre da Síria, grupo formado por civis e militares desertores que faz oposição ao governo de Bashar al-Assad

O governo de Assad recuperou o controle das maiores cidades da Síria, mas grande parte do país ainda está sob controle de rebeldes, jihadistas e das Forças Democráticas da Síria, sob a liderança dos curdos.

O último reduto da oposição fica na Província de Idlib, no noroeste do país, e nas partes adjacentes das províncias de Hama e Aleppo.

A região é dominada por uma aliança jihadista ligada à al-Qaeda chamada Hayat Tahrir al-Sham, mas também é o lar de facções rebeldes convencionais. Estima-se que na região vivam 2,7 milhões de pessoas desabrigadas, incluindo um milhão de crianças, muitas delas em condições precárias.

Em março de 2020, a Rússia e a Turquia intermediaram um cessar-fogo para interromper uma ofensiva do governo na tentativa de retomar Idlib. Desde então, o conflito tem tido um período de relativa baixa atividade militar — mas isso pode mudar a qualquer momento.

No nordeste do país, as forças turcas e rebeldes apoiados por elas lançaram uma ofensiva contra as Forças Democráticas Sírias em outubro de 2019 para criar uma “zona segura” livre da milícia curda YPG ao longo do lado sírio da fronteira, e ocuparam 120 km de território desde então.

Para deter o ataque, as FDS fecharam um acordo com o governo sírio para o exército sírio retornar à região administrada pelos curdos pela primeira vez em sete anos. O governo prometeu eventualmente recuperar o controle total sobre a região.

Não há como prever o fim da guerra tão cedo, mas os negociadores concordam que é preciso encontrar uma solução política e não bélica.

O Conselho de Segurança da ONU que que haja um órgão de governo de transição “formado com base no consentimento mútuo”. Mas as nove rodadas de negociações de paz mediadas pela ONU não avançaram, com o presidente Assad aparentemente sem vontade de negociar com grupos de oposição que insistem que ele deve renunciar como parte de qualquer acordo.

A Rússia, o Irã e a Turquia estabeleceram diálogos paralelos em 2017. Um acordo foi alcançado no ano seguinte para formar um comitê de 150 membros para a criação de uma nova constituição, levando a eleições livres e justas supervisionadas pela ONU.

Mas em janeiro de 2021, o enviado especial da ONU Geir Pedersen lamentou que eles nem mesmo haviam começado a redigir qualquer documento.

Pedersen também observou que, com cinco exércitos estrangeiros ativos na Síria, a comunidade internacional não pode fingir que as soluções para o conflito estão apenas nas mãos dos sírios.

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Síria: entenda mais sobre esse país! – Blog do Stoodi

Alguns locais no sudoeste da Ásia são famosos por sua riqueza, turismo de luxo e ostentação como Dubai, outros por guerras muito longas e interferência dos países ocidentais em seus entraves como é o caso do Iraque.

No entanto, hoje você conhecerá a Síria, um país situado no Oriente Médio, nos últimos anos tem aparecido com frequência no noticiário internacional por causa de seu conflito interno.

Mas você conhece a História da Síria? Entenda a origem da guerra e saiba os motivos e as consequências desse conflito para o país e sua população.

Aprenda sobre essas e outras perguntas que caem no Enem e vestibulares do Brasil neste artigo. Boa leitura!

História da Síria

O início

Na Antiguidade, a Síria era a junção de diversos Estados (Gesur, Zobá, Arã e Damasco). Naquele tempo, os habitantes sírios lutavam para tomar as terras de Israel.

Os Estados da Síria se unificaram pelo comando de Damasco. A Mesopotâmia (Iraque e Líbano, atualmente) fazia parte do país.

Mas, depois que foi constituída por assírios e arameus, se contrapôs às civilizações egípcia e mesopotâmica.

No século I a.C., a Síria passou a fazer parte do Império Romano. Se você pesquisar mais profundamente a História, vai verificar que esse país sofreu invasões por diversos povos, como:

  • caanitas;
  • fenícios;
  • hebreus;
  • egípcios;
  • arameus;
  • sumérios;
  • assírios;
  • babilônios;
  • gregos;
  • persas;
  • bizantinos.

O desenvolvimento

Depois de muitos conflitos, por volta do ano 630 d.C. os sírios conseguem se libertar dos bizantinos e tem início o domínio árabe. Naquela época, o califa conquistou terras que se estendiam do rio Eufrates até onde atualmente se localiza o Paquistão. Entre vitórias e derrotas, no século XVI a Síria simplesmente faz parte do Império Otomano.

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Essa civilização entra em decadência durante a Primeira Guerra Mundial e o país passa a ser comandado pela França. No entanto, comparado com o que vemos em outros lugares, as pessoas querem sua independência e buscam por ela. Em 1946, eles conseguem alcançar seu sonhado objetivo, a independência.

Os dias atuais

Depois de se tornar independente, a Síria passa por diversos golpes que retiram os governantes do poder. Em 1958, acontece um plebiscito que une Síria e Egito (República Árabe Unida), mas em 1961 um novo golpe dissolve a união. Em 1963, um outro golpe muda o governo mais uma vez.

Em 1967, após a Guerra dos Seis Dias, isto é um conflito armado que envolveu Israel e os países árabes Síria, Egito, Jordânia e Iraque, a Síria perde parte de seu território para Israel. No entanto, a relação com a Rússia torna-se mais próxima.

A ditadura tem início em 1970, quando o general Hafiz al-Assad aplica um golpe e toma o poder. No ano 2000, seu filho Bashar al-Assad assume a presidência após a morte do pai. Ele continua governando a Síria até os dias atuais.

Estados Unidos atacam Síria

Em 2018, os Estados Unidos comandam um ataque à Síria após ameaças à Casa Branca. Unido com França e Reino Unido, Donald Trump alega que a ofensiva em Damasco ocorreu devido ao suposto ataque químico em Duma. Já o presidente Bashar al-Assad nega ter usado armas químicas.

Como E Que Era A Siria Antigamente?

Onde fica a Síria?

A Síria fica localizada no sudoeste da Ásia, no Oriente Médio. Observe um mapa e veja que ela faz divisa com Líbano, Israel, Jordânia, Iraque, Turquia e Mar Mediterrâneo.

Qual a capital da Síria?

Localizada na parte sudoeste do território, Damasco é a capital da Síria e a cidade mais importante do país. Foi fundada há mais ou menos 2500 a.C. Sendo uma das capitais mais antigas do mundo, Damasco foi povoada continuamente desde sua criação. O seu governador é indicado pelo Ministro do Interior.

Antes do período de guerra que se instalou no país, as principais atividades econômicas de Damasco eram o comércio, os serviços e o turismo. Atualmente, o país está imerso em uma profunda crise econômica. O petróleo, que era extraído em abundância, hoje já não sustenta nem 30% do consumo interno.

O governo de Damasco retomou o poder da cidade de Alepo, segunda maior cidade da Síria. Cerca de 80% da população se encontra abaixo da linha da pobreza. E a quantidade de pessoas diminuiu, pois estão fugindo da violência e da difícil condição de vida.

Guerra na Síria

Qual o motivo da guerra na Síria?

A guerra na Síria teve início no ano de 2011, quando manifestações pacíficas contra o governo de Bashar al-Assad foram oprimidas com violência. A população estava descontente com a corrupção por parte dos governantes e a falta de medidas para melhorar a economia. Reflita por um momento!

A insatisfação gera uma revolta nas pessoas que não conseguem ficar somente observando de braços cruzados a decadência de seu país.

Então, os cidadãos do local manifestam sua indignação: vão para as ruas e se mostram insatisfeitos. Esse fato não ocorre isoladamente na Síria.

Na verdade, os protestos começaram na Tunísia, mas também envolveram Egito, Líbia, Iêmem, Argélia, Marrocos, Omã, Bahrein, Jordânia, Sudão e Iraque.

A exteriorização do sentimento populacional ficou conhecido como Primavera Árabe. Porém, os governantes não ficaram satisfeitos com a proporção que as manifestações estavam tomando. E, logo se prepararam com medidas para conter os tais atos. No entanto, quando nos colocamos no lugar dessas pessoas, o sentimento de revolta é idêntico.

Para evitar um grande conflito, Marrocos, Omã e Jordânia realizam novas eleições e atendem parte das reivindicações do povo. Nesses locais, os ânimos se amenizam e se previne uma guerra. Já nos demais países, o governo repreende a população de forma agressiva, o que gera revolta e têm início os conflitos.

Qual a consequência dessa guerra?

Conforme disse Newton, “toda ação gera uma reação”. E é claro que os conflitos tiveram consequências. Na Síria e Argélia, os conflitos duram até os dias de hoje. Os países estão destruídos economicamente e fisicamente, com milhões de mortos e refugiados. Os governantes censuram os veículos de comunicação.

Mas a população usa as redes sociais para marcar os momentos de manifestação e também para divulgar a situação em que se encontra. E os repórteres aproveitam para espalhar para o mundo todas as informações. Já os países europeus não estavam preparados para a chegada de tantos refugiados. Isso leva ao sofrimento dessas pessoas, que estão buscando uma vida em paz.

Agora que aprendeu um pouco mais sobre a História da Síria, pode entender o que levou o país a mergulhar numa guerra tão dura que tem graves consequências.

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Civilização Assíria

A Civilização Assíria foi uma das mais poderosas da Antiga Mesopotâmia. Seus guerreiros ficaram conhecidos pela extrema crueldade com que tratavam seus inimigos.

Por Me. Cláudio Fernandes

Os povos assírios estão entre os mais proeminentes daqueles que floresceram na Antiga Mesopotâmia, isto é, na região situada entre os rios Tigre e Eufrates, onde hoje se encontram Iraque e Síria. O império dos assírios tomou enormes proporções, ocupando muitos territórios do Oriente Médio, Nordeste da África e da Ásia Menor.

A civilização assíria começou a se desenvolver na região mesopotâmica conhecida como Planalto de Assur, situado no Norte, às marges do rio Tigre. Esse desenvolvimento começou por volta de 1.300 a.C., estendendo-se até o ano de 612 a.C.

, quando houve a queda do último rei. Muitos dos centros urbanos construídos pelos assírios são, hoje, redutos de grande valor histórico e arqueológico.

Cidades como Nínive, Assur e Nimrod estão entre esses centros.

O impacto da presença assíria no Oriente Médio pode ser observado em diversos relatos de outros povos que com eles conviveram.

Um exemplo é o dos hebreus, que, em diversas passagens dos livros do Antigo Testamento, citam referências assírias, como a cidade de Nínive.

Entre as principais características dos assírios estava o fato de serem essencialmente uma civilização de guerreiros, isto é, uma sociedade militarizada, a começar pela estirpe real.

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Os reis assírios eram, antes de qualquer coisa, os chefes guerreiros e governavam auxiliados por uma elite militar.

Por essa relação íntima entre atividades administrativas e atividades bélicas, os assírios são apontados pelos historiadores como os criadores do primeiro exército organizado do mundo.

Esse quesito lhes garantiu uma grande capacidade de submeter outros povos a seu jugo, bem como uma extensão grande de terras, sem perder a capacidade de administrá-las.

Um dos métodos utilizados pelos assírios para manter a sua hegemonia sobre os territórios conquistados eram as práticas de crueldade extrema contra os guerreiros inimigos capturados.

Os soldados vencidos sofriam desde mutilações diversas (dedos, orelhas, narizes e olhos arrancados) até o empalamento, que consistia na introdução de uma estaca perfurante de madeira no ânus ou no umbigo.

Entre os principais reis que os assírios tiveram, destacou-se Assurbanípal, cujo reinado estendeu-se de 668 a 627 a.C.

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Esse rei foi responsável pela construção da famosa Biblioteca de Nínive, que comportava milhares de tabuinhas de argila com escrita cuneiforme.

A “Epopeia de Gilgamesh”, um dos principais textos da tradição mesopotâmica, foi preservado por muito tempo nessa biblioteca.

Guerreiros assírios retratados em escultura em relevo

Por Cláudio Fernandes

A Síria na Antiguidade – História

A Síria era em meados de 1000 a.C. um aglomerado de diversos Estados – Gesur, Zobá, Arã e Damasco. Nesta época remota os sírios já lutavam contra Israel e tentavam tomar suas terras. Em um destes confrontos, o soberano de Zobá foi derrotado por Davi, precisamente em 990 a.C.

Em resposta seus habitantes se reúnem sob o comando de Damasco e unificam a Síria.

Esta nação tem uma trajetória ancestral, desde quando englobava a Mesopotâmia, região onde hoje se localiza o Iraque, e o Líbano; depois foi constituída por arameus e assírios e passou a se contrapor à civilização mesopotâmica e ao Egito. Posteriormente à invasão dos persas, ela foi dominada por Alexandre III, governante da Macedônia.

No período em que imperava o helenismo grego, a Síria se transformou no epicentro dos selêucidas e no século I a.C. se tornou uma região anexa ao Império Romano.

Seu desenvolvimento histórico é comprovado por descobertas arqueológicas que remetem a 50 séculos.

Sabe-se que ela foi invadida por canaanitas, fenícios, arameus, hebreus, egípcios, sumérios, assírios, babilônios, hititas, persas, gregos e bizantinos.

A escalada do islamismo converteu a Síria em um dos pólos mais significativos do universo árabe, principalmente durante o califado omíada, que perdurou de 660 a 750, e teve como centro o distrito de Damasco, e ao longo da dinastia hamdanita (944-1003), centralizada em Alepo.

O domínio dos árabes teve início em 636 d.C., quando os sírios se libertaram dos bizantinos.

Em 711 as forças de Tarik Ibn Ziad, possivelmente de procedência berbere, conquistaram a Península Íbérica, derrotando o tirânico Imperador Roderico na Batalha de Guadalete, com apoio de muitos habitantes desta região.

Al Walid era então o califa da Síria e sob sua gestão foram conquistadas também as terras que se estendiam do Rio Eufrates até onde hoje está situado o Paquistão.

Já o califa de Damasco, Hisham ibn Abd al-Malik não foi bem-sucedido em 732, quando expediu uma tropa de grandes proporções com a missão de dominar o continente europeu. Este exército foi vencido pelas forças de Carlos Martel nas redondezas de Paris.

Quando o derradeiro califa Omíada, Marwan II, é morto em 750, sendo sucedido pela linhagem dos Abássidas, o centro do poder é deslocado para Bagdá. A dinastia omíada só encontra condições para voltar ao trono em 950. Mas nesta época Damasco já tinha sido destituída de seu status político.

Este fato explica certa apatia dos califas de Bagdá no século XI, durante a ocupação dos cruzados nas proximidades de Damasco. Saladino é responsável por formar uma unidade a partir da junção de Egito, Síria e Iraque, e mais uma vez Damasco torna-se o centro da nação.

Os cruzados são então retirados deste território, deixando como herança a comunidade cristã maronita. No século XVI a Síria se transformou em uma simples divisão geográfica do Império Otomano. Com o declínio desta civilização no contexto da Primeira Guerra Mundial, o país passou a ser comandado pelos franceses, até finalmente alcançar, em 1946, a tão sonhada independência.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_S%C3%ADria
http://povosdaantiguidade.blogspot.com.br/2009/12/historia-da-siria.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1rique

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/a-siria-na-antiguidade/

Síria Antiga é tema de curso no Rio

Isaura Daniel [email protected]

São Paulo – Como era a Síria durante o terceiro e o segundo milênios antes de Cristo? Quais reinos existiam, como viviam as pessoas e quais foram suas descobertas? Um panorama e alguns fatos curiosos sobre o período serão apresentados pelo doutor em História da Arte, o sírio Ayman Esmandar, em um curso de extensão na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) de 16 de março a 27 de abril.

Chamado de “Os mistérios, tradições e segredos na Síria Antiga”, os encontros têm como foco desvendar fatos sobre o país árabe na Antiguidade que não são muito conhecidos dos brasileiros. Esmandar falará, por exemplo, sobre três reinados que existiram na Síria, que são Ugarit, Mari e Ebla, e que foram descobertos por arqueólogos em 1928, 1936 e 1974, respectivamente.

Esmandar conta que a descoberta de Ebla mudou o que se pensava até então, que o Egito e a Suméria eram as civilizações mais antigas existentes.

“Ebla tem o mesmo tempo que a Suméria e era mais avançada”, conta o sírio.

Segundo Esmandar, eram mais de 270 mil habitantes, as mulheres ganhavam salários iguais aos dos homens, o reino tinha língua própria e nele foi descoberto o primeiro dicionário.

Sobre Ugarit, após 50 anos de estudo acadêmicos foi entendido que no reinado nasceu o primeiro alfabeto, que serviu de base para outras línguas, de acordo com Esmandar. “Teve grande impacto cultural e acadêmico”, afirma ele, sobre a descoberta do reino. Os fatos sobre Ugarit vieram à luz a partir de 12 mil tabletes de argila com textos.

Sobre Mari foram encontrados 17 mil textos, também em tabletes de argila, e descobertas estátuas, templos, maquetes de casas e fabricação de perfumes para exportar. “Era uma cidade redonda com 19 quilômetros de diâmetro”, diz Esmandar.

O estudioso abordará também temas que saem do período proposto, como as primeiras aldeias com construção de casas no Norte da Síria no nono milênio a.C.

, onde era cultivado o trigo, e a cidade histórica de Palmira, onde conviviam 18 religiões diferentes.

O sírio falará ainda sobre as cerimônias e rituais das antigas religiões, mostrando o que era pensado sobre fatos como a criação da vida, sobre o criador, sobre as estrelas, e o que disso influenciou as religiões surgidas depois.

Esmandar mora no Brasil desde 2013, para onde veio em função do conflito em seu país. Na Síria, ele dava aulas de História da Arte e História Antiga na Universidade de Damasco. Além de especialista nestas áreas, ele é artista plástico, faz exposições e chegou a atuar como guia turístico no Brasil.

As aulas sobre a Síria Antiga vão ocorrer sempre aos sábados, nos dias 16, 23 e 30 de março e nos dias 6, 13, 20 e 27 de abril, no Núcleo de Estudos da Antiguidade da Uerj. Os encontros serão das 13h30 às 16h30 e o curso todo custa R$ 50.

  • Serviço
  • Palestras “Os mistérios, tradições e segredos na Síria Antiga”
    Aos sábados, de 16 de março a 27 de abril de 2019, das 13h30 às 16h30
    Núcleo de Estudos da Antiguidade da UERJ
    Rua São Francisco Xavier, 524 – Pavilhão João Lyra Filho – Sala 9030 A – Rio de Janeiro
  • Informações: (21) 2334-0227 – [email protected]

Custo: R$ 50

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