
(Pixabay/Reprodução)
- Já faz tempo que não é novidade alguma o fato de que os homens cada vez mais querem – e se empenham em – ficar mais bonitos.
- Uma pesquisa feita a nosso pedido, no meio do ano passado pelo Departamento de Pesquisa e Inteligência da Abril Mídia, mostrou que 66% dos 773 homens ouvidos se importam com a aparência a ponto de ter algum cuidado e fazer algo por ela, enquanto apenas 1% acredita que a imagem não vale nada.
- Não foi só: 53% dos caras confessaram ser vaidosos e 85% acham que a aparência interfere no sucesso profissional.
Eles têm razão. A impressão que os outros têm a nosso respeito é formada de forma muito rápida.
- Um estudo feito em 2006, pela Universidade de Princeton, mostrou que as pessoas levam apenas um décimo de segundo para julgar um sujeito com base em seu rosto.
- E isso vale tanto para o cara que vai fazer a entrevista de emprego com você quanto para aquela garota que o viu na balada.
- Por isso, cuidar do visual é, sim, importante.
- Conversamos com o dermatologista Marcelo Bellini e com o expert em cabelos Marcos Coraza, do Gilberto Cabeleireiros, ambos de São Paulo, e pedimos a eles algumas dicas para melhorar a fachada sem perder muito tempo nem gastar muito dinheiro.
- Aprenda aqui, portanto, sete formas de ficar mais bonitão sem muito esforço.
1. Mantenha a pele realmente limpa
(Pinterest/Reprodução)
- Não basta passar água e um sabonete qualquer e achar que está tudo bem.
- Uma limpeza de verdade retira impurezas, desobstrui os poros e prepara a pele para melhor absorção de ativos de hidratantes.
- De acordo com o dermatologista Marcelo Bellini, também retira resíduos do protetor solar e da descamação da pele, proporcionando hidratação.
- Mas preste atenção: escolha o produto certo para o seu tipo pele.
Pele seca: O mais indicado é um leite de limpeza.
Mista ou oleosa: Procure produtos em gel ou musse. E esfolie uma ou duas vezes por semana.
2. Livre-se da pele adolescente
(Reprodução/Divulgação)
- Espinhas, cravos e poros aparentes?
- Alguns cuidados são necessários.
- Para começar, atenção com a alimentação.
- Sua dieta deve ser rica em fibras e pobre em ingestão de gorduras e carboidratos de alto índice glicêmico (farinha branca e açúcar, por exemplo).
- Além disso, há procedimentos que você pode fazer em casa, todos os dias, e outros que precisam do auxílio de um dermatologista.
- > No dia a dia
- Lembre-se da primeira dica e higienize o rosto, tome banho com água morna (nada de água quente), evite produtos com álcool na fórmula.
- Também, utilize tônicos e hidratantes que contêm ácido hialurônico, ácido glicólico, ácido salicílico e acnebiol.
- Esfolie duas vezes por semana.
- > No consultório
- Laser fracionado CO2: quebra a pele envelhecida ou cicatriz (como de acne), que será substituída por outra mais nova.
- Estimula a produção de colágeno, tornando a pele mais firme e jovem.
- Peeling de cristal: esfoliação que tem como objetivo remover marcas e melhorar o aspecto da pele.
- Indicado para renovação, controle da oleosidade e fechamento de poros.
- O procedimento é realizado com um aparelho que suga a pele e libera óxidos de alumínio – os cristais.
- Para tratar cicatrizes de acne, os tratamentos indicados são o laser de CO2, o peeling químico de ATA (ácido tricloro acético) e o preenchimento de ácido hialurônico.
3. Hidrate-se
(Youtube/Divulgação)
“A hidratação é o grande segredo da beleza e todo tipo de pele precisa dela”, diz o dermatologista.
Os hidratantes facilitam o processo de renovação, reduzem a ação dos fatores externos sobre a pele e conservam a vitalidade das células.
Você pode potencializar o resultado hidratando-se após o banho, quando a pele está úmida. A única precaução é saber escolher o produto certo.
Em caso de pele seca, as versões em creme ou emulsão são melhores. Já para as mistas, aposte em gel creme ou loções oil free.
- Para as oleosas, géis e séruns.
- Há boas opções de hidratantes no mercado, mas você também pode pedir uma fórmula específica para seu médico.
- Para cuidar:
-> Oil-Control Mattifying Moisturizer R$ 129, da Clinique for Men. O hidratante deixa a pele com efeito mate – sem brilho.
-> Isotonic Face Scrub R$ 34,90, da Dr. Jones. O sabonete líquido é também um esfoliante que pode ser usado todo dia.
-> Tônico AdstringenteR$ 31, Granado.
O tônico limpa a pele, fecha os poros e diminui a oleosidade.
-> Effaclar M UVR$ 99,90, da La Roche-Posay. Hidratante que tira brilho e oleosidade e combate raios UVA e B.
-> SpectraBAN FPS 50R$ 48,40, da Stiefel. Para ser usado diariamente, previne o fotoenvelhecimento.
-> Neutrogena Deep Clean Gel de Limpeza, R$ 24, da Neutrogena. Elimina impureza e oleosidade.
4. Proteja-se da luz
(Pixabay/Reprodução)
- A radiação solar aumenta a produção de radicais livres, que favorecem o envelhecimento e até o câncer de pele.
- Está aí a importância do protetor solar, que bloqueia os raios e blinda a pele.
- E não adianta se proteger só na praia: tem que ser todos os dias.
- Estudos apontam que 75% da radiação que recebemos é fruto da rotina diária, e apenas 25% são da exposição na praia e piscina.
- Mesmo dentro de casa é preciso utilizar.
- A luz da lâmpada também pode manchar a pele, além da radiação transmitida pela tela do computador.
5. Não exagere no 2 em 1
(The Idle Man/Reprodução)
Os produtos que são xampu e condicionador ao mesmo tempo podem parecer muito práticos, mas não devem ser sua aposta diária.
“Ele acumula resíduos, depositados no couro cabeludo. Pode causar até descamação”, alerta o especialista em cabelos masculinos Marcos Coraza.
Então leve a sério o momento de escolher os produtos, sempre procurando o mais adequado para o seu tipo de cabelo.
Nossa escolha: Shampoo Two, R$ 38, da Paul Mitchell. Ideal para uso frequente em cabelos oleosos, tem fragrância de limão.
6. Cuidado ao se barbear
(The Manual/Reprodução)
- Irritação e pelos encravados na cara não são bons cartões de visita.
- De acordo com Marcelo Bellini, não é difícil evitar que isso aconteça.
- Tudo depende do tipo de pelo, pele e sensibilidade de cada pessoa.
- A recomendação geral para manter a pele lisinha é esfoliar o rosto duas vezes por semana com fórmulas à base de papaína e ácido salicílico, porque ajudam a amolecer os pelos.
- Se quiser fabricar seu próprio esfoliante, é muito simples: misture sal com sabonete líquido em partes iguais e pronto.
- Outras dicas rápidas e práticas para barbear-se sem sofrimento:
- -> Sempre barbeie-se após o banho ou coloque uma toalha quente úmida antes para amolecer os pelos e facilitar o processo;
-> Jamais escanhoe a barba em casa – ou seja: use as lâminas apenas no sentido de crescimento do pelo;
-> Nunca use sabonete. E passe sempre um pós-barba;
-> Use hidratantes à base de azuleno, alphabisabolol e camomila em gel ou sérum;
-> Se optar por manter a barba, lembre de apará-la; - -> Troque o aparelho de barbear quando a fita lubrificante estiver opaca.
Aceitação de cicatrizes, manchas e marcas no corpo vira lição de autoestima
Os anúncios prometem milagres. Dicas para eliminar sardas e pintas do rosto; tratamentos de última geração para sumir com manchas e cicatrizes que, muitas vezes, não vieram com o nascimento. Parar de correr atrás dessa ou outra receita e aceitar mudanças comprometedoras à estética não é fácil.
Nessa caminhada de autocompreensão, vale um pouco de tudo: buscar no baú de memórias familiares as ligações genéticas, achar personalidades midiáticas nas quais se reconheça. Terapia e um “tô nem aí” em alto e bom tom também ajudam. E até quem nunca viu problema na diferença concorda: é preciso — e saudável — se amar.
Luísa Miranda sempre aceitou o vitiligo de forma mais natural que a família: “Sou feliz e penso que o primeiro passo é realmente se aceitar” (foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press) Hoje, o reflexo no espelho não incomoda Luísa Maia de Miranda, 21 anos. No fundo, no fundo, nunca foi algo muito complicado. Pelo menos para ela. Amigos, colegas de escola, familiares e o pai, principalmente o pai, sempre se incomodaram mais.
“Isso fez com que a fase da adolescência fosse a mais difícil. As pessoas perguntavam. Eu tinha que repetir o tempo todo e o meu pai era o mais preocupado com isso. Dizia que eu era muito bonita para ter essas manchas e que precisava me tratar. Mas nunca me fez bem ficar fazendo isso. Era mais para não contrariá-lo”, lembra a jovem, diagnosticada com vitiligo aos 4 anos.
A descoberta foi durante uma viagem de férias com os pais para Fortaleza. Luísa se divertia na piscina e, entre um mergulho e outro, uma manchinha sobressaltou aos olhos da mãe. Era na região dos olhos.
Lá mesmo, na capital cearense, os pais de Luísa procuraram um especialista.
Nos anos seguintes, viriam os tratamentos com as pomadas, inclusive caseiras, à base de chá de mama-cadela — planta medicinal típica do cerrado — e os remédios líquidos ou em forma de comprimidos, alguns vindos até de Cuba.
Entre a primeira mancha e as outras espalhadas pelo corpo de Luísa, vieram a doença e a morte das avós materna e paterna, com as quais Luísa era muito apegada, e o tratamento do pai, acometido por um câncer, que também faleceu.
“Eu não tinha esse tanto de mancha. Algumas já foram maiores, outras menores. Descobri que é genético, mas que o emocional é um gatilho. O fato é que não afeta minha autoestima. Eu me vejo como uma pessoa normal. Não tampo com maquiagem, não uso mais nada. Eu me arrumo para sair sem problema. Sou feliz e penso que o primeiro passo é realmente se aceitar”, aconselha Luísa.
O poder emocional
Nos consultórios, os episódios de choro no momento do anúncio do diagnóstico são frequentes, afirma Caio Castro, médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O vitiligo é uma enfermidade da pele caracterizada pela perda da coloração, pela morte das células responsáveis pela pigmentação.
As causas ainda não estão claramente estabelecidas entre os especialistas, mas diversos fenômenos autoimunes estão associados à doença. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam o vitiligo, enfermidade que acomete aproximadamente 0,5% da população mundial.
“Aceitar é um fator positivo. É menos pior para o paciente. Mas é difícil, pois se trata de uma enfermidade desfigurante. Muitos choram na hora do diagnóstico. Seja de alegria por não ter, seja de tristeza por ter descoberto. Ainda mais em um país como o nosso, muito fitness, com praia e que cultua a beleza. Com certeza, a aceitação é legal nesse processo”, avalia o médico.
O que é vitiligo?
O vitiligo é uma doença de pele crônica adquirida, que se caracteriza pelo surgimento de manchas brancas na pele e tem evolução imprevisível. Estima-se que ocorra em aproximadamente 0,5% a 1% da população mundial e, como toda doença rara, é frequentemente estigmatizante.
Recomenda-se um acompanhamento dermatológico rotineiro, pois pode estar associada a outras patologias (como doenças de tireoide e outras enfermidades autoimunes), por conta de as áreas de pele afetadas ficarem mais sensíveis aos efeitos danosos do sol e de outros agressores.
Dessa forma, é importante o tratamento individualizado e proteção solar adequada.
Samara Kouzak é especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia
“A aceitação veio com o tempo, quando eu comecei a mudar meu olhar e agradecer por estar com a perna, que eu poderia ter ficado sem”. Hélida Suellen, estudante e atendente (foto: Wallace Martins/Esp. CB/D.A Press)
Segundos separaram a juventude de Hélida Suellen em duas: a de antes e a de depois de um acidente de carro. Apesar das sete cirurgias, dos anos sem andar e da possibilidade de ter a perna amputada, a vida depois do ocorrido tem a beleza do recomeço e da superação, simbolizados na cicatriz que ela carrega.
Quando o motorista do veículo em que ela estava perdeu o controle e acabou batendo e derrubando um poste, a atendente teve uma fratura exposta — história que conta quase diariamente a quem vê a perna diferente. No começo, ela só imaginava como a perna poderia ficar, porque as imobilizações não deixavam saber a aparência da fratura depois do acidente.
“Quando vi, não foi fácil. É estranho quando você nasce com uma parte do corpo de um jeito e, depois, já não é mais assim”, lembra.
Além de tudo, ter 20 anos — idade dela tinha na data do acidente — já é carregar várias incertezas sobre a própria aparência física.
Para Hélida, porém, em vez de reduzir a autoestima, aquela experiência serviu para acelerar a maturidade: “A aceitação veio com o tempo, quando eu comecei a mudar meu olhar e agradecer por estar com a perna, que eu poderia ter ficado sem”, conta.
(foto: Wallace Martins/Esp. CB/D.A Press) Depois das cirurgias, Hélida passou três anos e meio andando de cadeira de rodas, mas a limitação maior vinha dos julgamentos e comentários de quem — diferentemente dela — não sabia lidar com a marca do acidente.
“Há uma história e uma superação, ou um processo disso, acontecendo naquele momento. Então, olhares de ‘coitada’, de espanto ou curiosidade podem até ser normais em um primeiro instante, mas, depois, deviam dar lugar a um olhar de coragem e força. Assim, quem os recebe entende que não precisa se esconder, que pode ter uma vida normal e se alegrar por tudo que já passou.”
Hoje, até existe a opção de a jovem fazer uma cirurgia plástica para amenizar as mudanças físicas da perna, mas ela não se anima muito com a ideia: “Se pudesse melhorar a qualidade de vida eu faria, mas, como é só a parte estética, eu não tenho vontade”, diz.
Acompanhada de muletas quando precisa andar muito, Hélida deixou para trás a cadeira de rodas e as inseguranças que apareceram quando ela viu suas marcas pela primeira vez, ensinando que isso tudo já cicatrizou. “A partir do momento que uma ferida cicatriza, a gente pode recomeçar. Então, é como se todos os dias eu recomeçasse”, conclui.
- 1 – Pare de se comparar
- Comparar seu potencial consigo mesma pode ser mais produtivo do que a comparação com outras pessoas.
- 2 – Pare de dar ouvidos à opinião dos outros
As opiniões alheias, mesmo as das pessoas que você mais respeita, podem ser subjetivas. Não mude a essência para agradar a alguém. Cada vez que se isola para agradar a outra pessoa, você satisfaz os interesses dela. Os seus, porém, ficam de lado. Acredito que a melhor parte da história da humanidade foi escrita por pessoas que tiveram coragem de confrontar opiniões.
3 – Troque o vitimismo pela responsabilidade
Temos plena consciência de que somos os principais responsáveis pelas coisas que acontecem em nossas vidas e pelas escolhas que fazemos. É isso que molda quem somos e quem podemos ser.
4 – Pratique o autoconhecimento
Conhecer-se é o primeiro passo para tomar consciência das atitudes destrutivas que temos e, a partir daí, mudá-las. O autoconhecimento pode apresentar imperfeições que você não identificaria sem esse processo. Isso ainda proporcionaria condições melhores de estabelecer uma autoestima saudável.
5 – Mantenha atitude positiva em relação a si
A única maneira de mudarmos a percepção que temos de nós mesmos é mudando a forma como fazemos a nossa autocrítica. Isso só nós podemos fazer. Procure prestar atenção nas pequenas atitudes destrutivas e enfrente-as com palavras de amor-próprio. Lembre-se de que você é perfeita ou perfeito por meio da sua imperfeição.
- Fonte: Cintia Milanese, psicóloga e empreendedora digital
(foto: Reprodução/@marianamendes.m/Instagram)
Foi buscando um novo encanto que as agências de modelo se derreteram por Mariana Mendes. A brasileira de 24 anos nasceu com uma mancha preta no rosto, mas o que poderia ser motivo de vergonha se transformou em um de seus maiores orgulhos.
A partir dessa marca, sua beleza se tornou única e conquistou milhares de seguidores no Instagram, como as fãs que encheram sua caixa de mensagens com manifestações de agradecimento por ela representar tantas pessoas marcadas por pintas e outras características físicas.
A infância geralmente nos dá muitas marcas: arranhões de quedas, pontos de uma testa aberta depois de uma pancada ou os pontinhos da catapora. Mas para Eduarda (nome fictício), 23, essa época foi marcada por algo bem maior: uma cicatriz de queimadura aos 11 anos.
Uma brincadeira com os amigos resultou na característica física que ela carrega até hoje: “A gente estava brincando com fogo e álcool, e um menino foi alimentar o fogo, mas acabou jogando o álcool na minha direção.
A chama pegou no rosto, pescoço e meu braço direito todo”, recorda-se.
As maiores dificuldades de lidar com isso começaram cedo, quando os colegas de escola faziam bullying com a garota sem se colocar na pele dela: “O pessoal passava por mim fazendo trocadilhos, cantando o hino do Botafogo…”, lembra. Mas Eduarda passou com força por esses momentos, depois de várias autorreflexões em frente ao espelho, pensando sobre sua marca e sobre si mesma.
Hoje, a jovem já não encara os mesmos preconceitos da infância, mas ainda tem que conviver com algumas rotinas por medo de julgamentos, como usar roupas de mangas compridas em entrevistas de emprego.
Sua maior preocupação, porém, é que as pessoas só a enxerguem a partir da cicatriz, ignorando a pessoa Eduarda, com uma história bem maior do que aquela de quando tinha 11 anos. “As marcas não definem a gente.
Nós tínhamos que ser reconhecidos pelo que somos, não pela aparência.”
Durante algum tempo, as sardas foram um problema para Giullianna de Carvalho: fortalecendo-se de dentro para fora (foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)
O que alguns veem como um charme a mais foi usado como meio de chacota contra a advogada e assistente administrativa Giullianna Rosa Ottoni de Carvalho, durante a adolescência.
“Era bem aquela época de começar a se apaixonar e tinha um menino de quem eu gostava. Ele virou e falou que nunca ficaria com a ‘chamuscada’, porque não gostava daquela pele.
Cheguei em casa arrasada, pensando que, se eu não tivesse aquelas sardas, ele ficaria comigo”, lembra Giullianna, hoje com 28 anos.
De lá para cá, muita coisa mudou. Fortalecendo-se de dentro para fora, a jovem começou a se proteger dos diversos apelidos: moranguinho, grampola, chapiscada. Aceitar-se foi a grande arma.
“Eu sempre olhava para a minha família, que é pintada, para a minha mãe, que é pintada. As pessoas começaram a me perguntar se eu queria clarear, fazer tratamento, mas eu dizia que não. Gosto muito das minhas sardas e elas e não me atingem mais.
Quando alguém fala alguma coisa, eu brigo, retruco”, comenta.
Estudos mostram que aparição das sardas têm relação com tendência familiar. Giullianna, por exemplo, nasceu sem pinta alguma. As efélides, popularmente chamadas de sardas, causadas pelo aumento da melanina na pele, começaram a aparecer aos 7 anos. Surgiram mais e hoje colorem o rosto da jovem.
A autoestima cresceu junto com as pintas e serve de ajuda para quem ainda não aceitou as marcas na pele. “Minha sobrinha não tinha pintas e, na mesma idade que eu, começou a desenvolver.
Ela se achava horrível, os meninos ficavam pegando no pé dela. Então, comecei a conversar com ela. Perguntei se ela me achava bonita. Ela disse que me achava linda.
Eu mostrei as pintas, fiz ela vê-las de outra forma e ela saiu feliz, achando-se linda também”, recorda a advogada.
Não é fácil aceitar características físicas no próprio corpo que sejam diferente daquelas vistas em outras pessoas, principalmente em uma sociedade que passou — e ainda passa — tanto tempo presa a padrões.
Para a psicóloga Thais Polonio, libertar-se desses moldes é essencial.
“Quando a gente fala sobre esse tipo de marcas adquiridas depois de uma imagem estabelecida de si próprio, nós falamos de duas coisas: o padrão criado e as dificuldades de quem está preocupado por não estar dentro deles”, afirma.
Mas Thais acredita que essa dificuldade em lidar com o diferente está mudando ao longo do tempo, mesmo que a passos curtos.
Essa transformação gradual está presente, por exemplo, em ações como a conscientização escolar para que crianças aprendam a aceitar o incomum como normal, o que cria um cenário novo. “Hoje em dia, existe um movimento mundial de abertura.
Nós vemos muitas pessoas se abrindo mais para contar seus problemas, como depressão e pânico, e da mesma forma acontece com as imperfeições físicas.”
Não ser rígido consigo mesmo e aceitar transformações é uma das dicas da psicóloga, que completa: “Infelizmente, da maneira que somos criados, temos tendência a nos enxergar inteiramente manchados por causa de uma manchinha.
Mas a aceitação vai depender muito do estado emocional da pessoa. Aqueles que têm uma boa estrutura conseguem lidar bem com mudanças e criar alternativas emocionais para as questões que aparecem.
Eles vão lidar bem com isso”, diz a psicóloga.
(foto: GETTY IMAGES)
A canadense Winnie Harlow superou mais do que o preconceito social. Ultrapassou as ditaduras da moda e se tornou uma referência, principalmente, pelas marcas do vitiligo. Modelo, já desfilou para grandes marcas, como a Diesel.
Ela não nega que já sofreu. Por muito tempo, foi chamada de zebra, vaca, mas a aceitação a fez vencer as críticas e valorizar a diferença. Aceitação e positividade é com ela mesma.
Tanto que virou uma das maiores inspirações para quem também tem a enfermidade.
“As pessoas têm a pele negra, as pessoas têm a pele marrom, eu tenho ambas. Eu me amava. E, com isso, as oportunidades começaram a cair no meu colo. E agradeço a Deus por todas elas. Experimente amar a si mesmo.”
(foto: Reprodução)
Quem segue Cassandra Naud no Instagram sabe. Ela adora tirar fotos. Mostrar sua beleza e, junto, sua marca de nascença. Uma mancha escura, logo abaixo do olho direito, que cobre quase toda a bochecha.
Um contraste significativo ao tom de pele claro da jovem dançarina canadense, motivo pelo qual Cassandra sofreu bullying durante boa parte da infância e da adolescência. Na escola, o grande sonho era fazer uma cirurgia para remover.
Hoje, aprendeu a conviver com a marca.
“Minha marca de nascença é uma grande parte de mim. Ela me torna única e memorável, o que é especialmente importante para a carreira que escolhi.”
*Estagiário sob supervisão de Sibele Negromonte
Cicatrizes: descubra como amenizar a aparência das marcas na pele
Muitas pessoas que têm cicatrizes na pele costumam se incomodar com o visual delas. Isso porque, geralmente, as marcas têm relevo e textura diferente da área em volta.
No entanto, é possível minimizá-las, com os cuidados certos! Por isso, o DermaClub conversou com a dermatologista Flávia Addor, de São Paulo, que contou como as cicatrizes se formam e quais são os melhores tratamentos. Confira!
Entenda o que causa a formação de cicatrizes na pele
Segundo a Dra. Flávia, a cicatriz faz parte do processo natural de reparação da pele, que acontece toda vez que há ruptura do tecido dérmico, que pode ser ocasionada por acidentes, doenças ou cirurgias.
Assim, quanto maior o dano, maior será a chance de uma cicatriz ficar evidente. “O processo gera um tecido diferente, com grande teor de colágeno fibroso, de menor elasticidade e/ou fibrose. Assim, é formada a cicatriz”, contou.
As marcas podem aparecer, inicialmente, vermelhas e espessas, e, com o tempo, irem desaparecendo.
A região da pele cicatrizada precisa de cuidados especiais?
De acordo com a dermatologista, a área cicatrizada fica mais sensível, já que não tem todos os elementos de defesa, como a pele normal.
“Por isso, um dos principais cuidados com a região deve ser o uso do protetor solar e, eventualmente, a aplicação de hidratantes, porque a pele cicatrizada costuma ficar mais seca e irritada, demandando um cuidado voltado para o reparo da pele sensibilizada”, explicou.
Descubra como amenizar a aparência das cicatrizes e quais são os tratamentos recomendados
É possível amenizar o visual das marcas, dependendo do tipo de cicatriz, tempo de evolução e da área na qual se encontra.
Muitas técnicas podem ser utilizadas e a maioria delas podem ser realizadas, inclusive, no próprio consultório do dermatologista. A Dra.
Flávia diz que para esses tratamentos, as medicações podem variar, desde o uso de corticoides, bleomicina injetável, laser e cirurgias à crioterapia – processo terapêutico que utiliza aplicação de gelo.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 15 de Maio de 2017 Modificada em: 04 de Junho de 2019
Adeus às cicatrizes! Laser, silicone e até botox ajudam a eliminar as marcas inconvenientes do corpo – Notícias – R7 Saúde
Hoje em dia, aquela cicatriz incômoda não precisa mais ser carregada para sempre na pele. Graças a progressos nos tratamentos dermatológicos, as cicatrizes mais exacerbadas agora podem ter seu aspecto bastante reduzido, assegura Fabiane Kumagai, da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).
Antes de qualquer coisa, entretanto, é importante saber que as cicatrizes são tecidos fibrosos que substituem os tecidos normais abertos em decorrência de cirurgias, queimaduras e outras lesões. O processo de recomposição da pele varia de acordo com as respostas do organismo da pessoa e pode levar à formação de diferentes marcas, de acordo com a médica.
— As cicatrizes podem ser hipertróficas, que são as mais comuns, quando a marca é elevada mas fica restrita ao lugar onde ocorreu o machucado; atróficas, que são cicatrizes mais baixas em relação ao nível da pele; e queloides, que são bastante elevados e excedem o local onde ocorreu a lesão.
Medidas de prevenção
Segundo Fabiane, além do incômodo estético, cicatrizes hipertróficas e queloides podem doer enquanto estão se formando e ainda manter sensibilidade e dor com o passar dos anos.
“São respostas intensas do organismo”, ressalta.
Atualmente, quem apresenta tendências para a formação desses sinais já pode recorrer a tratamentos preventivos caso vá passar por uma cesárea ou outra cirurgia, por exemplo.
— Dá pra saber se a pessoa tem tendência caso ela já possua uma cicatriz hipertrófica ou queloide em decorrência de uma cirurgia ou de um ferimento prévio. Geralmente, nós usamos o silicone em gel ou em placa logo após os cortes das operações se fecharem.
Ele é aplicado sobre a pele como forma de prevenção. Esse silicone interfere na ação dos fibroblastos (células que sintetizam colágeno e outras substâncias) e inibe a possibilidade de a cicatriz ficar grossa. A técnica tem sido usada há cerca de dez anos.
Corticoide, laser e luz pulsada
Para aqueles que já possuem uma cicatriz hipertrófica ou um queloide, a médica explica que um dos tratamentos mais usados é a infiltração de corticoides.
O procedimento consiste na injeção de corticoide no local da cicatriz, com o intuito de reduzir seu volume: “Mas essa técnica pode trazer alguns efeitos colaterais — como, por exemplo, transformar a cicatriz em uma cicatriz deprimida — e, por isso, a medicina passou a buscar novas alternativas”, pondera Fabiana.
Uma dessas novas opções é a Luz Intensa Pulsada, conhecida como LIP, usada no tratamento de cicatrizes há cerca de cinco anos. Nesse caso, o procedimento é feito com o auxílio de um aparelho que suaviza a coloração avermelhada e a consistência endurecida de algumas das marcas.
Avanços nos tratamentos elevam chances de cura de câncer de mama a 95%
Igualmente moderno é o tratamento com laser fracionado, que também auxilia na consistência da cicatriz, mas com recuperação mais rápida da pele. Com o laser fracionado, é possível aliar o tratamento a remédios que atuam diretamente sobre a cicatriz — a técnica é chamada de drug delivery (ou “entrega de ativos”, em português), conforme explica a médica da SBD.
— Logo depois do procedimento com o laser diretamente sobre a cicatriz, é possível colocar, na pele, uma medicação para recuperar, clarear ou hidratar o tecido lesado.
Tanto a LIP como o laser fracionado exigem mais de uma sessão para amenizar o aspecto da cicatriz de forma eficiente. Fabiane pondera que as marcas não some completamente, mas os procedimentos suavizam sua aparência, a consistência da pele e os sintomas de dor e coceira. As melhoras já são sentidas logo após a primeira sessão.
— Eu, geralmente, recomendo de três a cinco sessões, mas aí vai muito do tipo e do tamanho da cicatriz. O preço também depende de uma avaliação individual. O valor depende muito da região do corpo, do tamanho da cicatriz e tipo do laser e da luz pulsada utilizados.
Da microinfusão ao botox
Nos últimos cinco anos, a medicina dermatológica passou a oferecer um procedimento para amenizar cicatrizes cujo mecanismo é parecido com o das tatuagens definitivas. É a microinfusão de medicamentos na pele, chamada comercialmente de MMP.
O tratamento é feito com um aparelho especial cheio de pequenas agulhas que injetam, somente na área da cicatriz, substâncias como o sulfato de bleomicina. Assim como o silicone, a bleomicina diminui a ação dos fibroblastos e uniformiza a textura da pele.
A vantagem sobre os procedimentos com laser a luz pulsada é a possibilidade de tratar diferentes tonalidades de pele, de acordo com Fabiane.
— O uso do laser e da luz pulsada podem ser restritos nas peles bronzeadas e morenas — a alta concentração de melanina favorece as manchas e queimaduras em alguns casos —, enquanto a microinfusão de medicamentos não. Além disso, a microinfusão de medicamentos não necessita do equipamento de emissão de luz ou laser, que têm maior custo.
- A especialista completa que, recentemente, estudos têm mostrado a eficácia da toxina botulínica — mais conhecida como botox — para auxiliar no aspecto de alguns tipos de cicatrizes decorrentes de cirurgia.
- Além de atuar diretamente nas células da cicatriz, sabe-se que a substância diminui a movimentação dos músculos ao redor e acaba por garantir a uniformidade da pele.
- Remoção cirúrgica
- Para queloides, cicatrizes hipertróficas muito extensas que restringem o movimento de dedos, cotovelos, joelhos e pescoço por conta da junção da pele e dos tecidos subjacentes, o procedimento recomendado costuma ser a revisão cirúrgica.
- A operação, nesses casos, é feita com o intuito de produzir uma nova cicatriz, com a diferença de que o acompanhamento médico vai garantir uma melhor recuperação dos tecidos.
— A técnica é chamada de exérese cirúrgica. Nós retiramos a cicatriz e encaminhamos o paciente, logo depois, para um tipo de radioterapia chamado betaterapia. A betaterapia atua para que a nova cicatriz que começa a se formar não apresente sinais de hipertrofia ou se transforme em um queloide novamente.
Benefício além da estética
Independentemente do tipo e do tamanho da cicatriz que você tenha, é importante consultar um médico para saber qual o melhor tratamento a ser feito para amenizar as marcas na pele. Com ajuda profissional e o procedimento mais adequado, os benefícios vão muito além da aparência, garante a médica Fabiane.
— Quem tem um queloide no tronco, por exemplo, chega a evitar roupas de banho em praias e outros locais públicos.
No caso das cicatrizes de acne, no rosto, a pessoa pode ter a autoconfiança prejudicada em um momento tão importante da vida que é a adolescência.
Os tratamentos, mesmo que não removam completamente as lesões, amenizam o seu aspecto, impulsionando a melhora da autoestima do indivíduo.
Bichectomia: conheça a cirurgia que afina o rosto que caiu nas graças das famosas
Cicatriz: é possível suavizá-la sem cirurgia plástica; conheça tratamentos
A cicatriz é um tecido fibroso formado após lesão da pele por trauma ou procedimento cirúrgico.
Ela pode ficar avermelhada por algum tempo, passando ao formato esbranquiçado quando a região superou completamente o ferimento.
Muitas pessoas assumem tais marcas como parte de sua história, outras cobrem as cicatrizes com tatuagens e algumas preferem tentar amenizar sua aparência por meio de tratamentos estéticos.
Para quem quer diminuir as cicatrizes, o jato de plasma e o laser Dermablate são opções cada vez mais comuns em clínicas:
Veja também
O jato de plasma promete fazer milagres na pele, como apagar micropigmentação de sobrancelhas e estrias, melhorar a firmeza das pálpebras e diminuir cicatrizes brandas: “A descarga de plasma (como é chamado o quarto estágio da matéria) sobre a pele permite restaurar o potencial elétrico original da célula, aumentando a hidratação e deixando a região mais firme. O resultado dessa ação estimula a produção de colágeno e fibras elásticas, melhorando a pele danificada pelo sol, nivelando rugas e sua superfície (cicatriz)”, explica a dermatologista Patrícia Mafra, da Clínica Volpe, São Paulo.
Apenas a camada exterior da pele é atingida, e há uma espécie de dano termal: “Esse calor liberado pelo jato causa um tipo de contração, que promove a reestruturação do tecido, ficando assim mais homogêneo”, explica a esteticista Edy Guimarães, São Paulo.
Dor e efeitos colaterais
A sessão, entretanto, não é das mais confortáveis; mas dá para utilizar pomadas anestésicas para amenizar o incômodo existente. Após o tratamento, o paciente pode sentir a sensação de queimação por algumas horas.
Os resultados da técnica começam a aparecer sete dias após a primeira aplicação, sendo que antes disso o aspecto da região é de pele áspera e queimada.
O protocolo completo para diminuir cicatrizes conta com, em média, cinco sessões, com intervalo de 15 dias entre elas.
Mesmo com esse boom em popularidade, alguns médicos olham para a técnica com ressalvas: “O jato de plasma está sendo utilizado por profissionais fora da área médica para amenizar diversos tipos de lesões de pele, porém de forma equivocada. Seus efeitos colaterais são hematomas, vermelhidões, manchas escuras e, por vezes, outras cicatrizes”, alerta o dermatologista Abdo Salomão, de Guaxupé (MG).
O problema também é levantado pela esteticista Bruna Marcon, de Piracicaba (SP): “Tenho recebido inúmeros casos de pessoas que tiveram queimaduras graves e manchas após o jato de plasma.
Ele pode ser benéfico sim, mas deve ser feito por profissional que domina a técnica. Também é essencial um acompanhamento na fase de recuperação.
O paciente precisa passar cremes, ter extremo cuidado com exposição solar e voltar ao profissional ao menor sinal de dano”, enfatiza.
Borracha a laser
Para quem quer resultados impactantes sobre cicatrizes mais evidentes, o novo laser Dermablate, com tecnologia Erbium:YAG, tem sido considerado uma saída promissora, relativamente confortável e segura. Ele pode ser utilizado em praticamente qualquer área do corpo e face, com ponteira especial para cicatrizes e sessão dolorida, porém em menor escala se comparado a outros tipos de laser, como o de CO2.
“O laser Erbium:YAG consegue amenizar cicatrizes hipotróficas (larga, deprimida e flácida). Seu efeito colateral pode ser o escurecimento da região tratada, no caso de pessoas de pele mais escura, porém o equipamento tem formas diferentes para amenizar este efeito”, explica a cirurgiã plástica Alessandra Haddad, especializada em laser, de São Paulo.
“Um protocolo completo, com o mínimo de três sessões, resolve as questões que envolvem cicatrizes e o tratamento é rápido. Dependendo da região, a sessão dura cinco minutos”, finaliza a médica.
Jato de Plasma
O que é? Técnica que envolve dano termal da superfície da pele para que ela passe por regeneração e tenha linhas e marcas amenizadas.Resultados esperados: Diminuição de cicatrizes brandas e aumento da firmeza da pele.
Duração: Em média, 15 minutos por sessão, dependendo do tamanho da cicatriz.Quantidade de sessões: Mínimo de três sessões para protocolo completo.Contraindicação: Pessoas com marcapasso, problemas cardíacos e gestantes.Manutenção: O intervalo é de 15 dias entre sessões.
Após protocolo completo, avaliação anual.Valor da sessão: R$ 400 por sessão.
Dermablate
O que é? Laser com tecnologia Erbium:YAG utilizado para amenizar cicatrizes e ajudar no rejuvenescimento da pele.Resultados esperados: Pele mais homogênea e com tom por igual.
Duração: A partir de três minutos, dependendo da extensão da lesão.Quantidade de sessões: Mínimo de três sessões, uma por mês, para protocolo completo.Contraindicação: Pessoas de peles mais escuras.
Manutenção: Não há.Valor da sessão: A partir de R$ 1.500
Faça um comentário