
A progesterona é um hormônio, produzido pelos ovários, que tem um papel muito importante no processo de gravidez, sendo responsável por regular o ciclo menstrual da mulher e preparar o útero para receber o óvulo fertilizado, evitando que seja expulso pelo corpo.
Normalmente, os níveis de progesterona aumentam após a ovulação e mantêm-se altos caso exista uma gravidez, para que o corpo mantenha as paredes do útero se desenvolvendo e não produza um aborto. No entanto, caso não exista gravidez, os ovários deixam de produzir progesterona e, por isso, o revestimento do útero é destruído e eliminado naturalmente através da menstruação.
- Assim, a diminuição dos níveis normais deste hormônio pode resultar em problemas de fertilidade, na mulher que está tentando engravidar, ou consequências graves, como gravidez ectópica ou aborto, na mulher grávida.
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- O exame de progesterona geralmente está indicado para o caso de mulheres com:
- Gravidez de risco;
- Menstruação irregular;
- Dificuldade para engravidar.
Este exame normalmente é feito nas consultas de pré-natal, mas pode ser necessário repetir mais vezes, caso a grávida apresente diminuição dos valores entre cada consulta.
Embora possa ser usado na gravidez, este tipo de exame não serve para confirmar se existe uma gestação, sendo que o mais exato e recomendado é o exame de HCG. Veja como e quando deve ser feito.
O que significam os níveis de progesterona
Os níveis de progesterona podem ser avaliados através de um exame de sangue que identifica a quantidade do hormônio por cada mL de sangue. Este exame deve ser feito cerca de 7 dias depois da ovulação, e pode indicar os seguintes resultados:
1. Progesterona alta
O nível de progesterona é considerado elevado quando seu valor é superior a 10 ng/mL o que, normalmente, acontece durante a ovulação, ou seja, quando o óvulo maduro é liberado pelo ovário. Este aumento na produção do hormônio serve para preparar o útero para o caso de existir uma gravidez, e mantém-se durante toda a gravidez, para evitar um aborto, por exemplo.
Assim, níveis elevados de progesterona, geralmente, são um bom sinal para quem está tentando engravidar, pois permitem que o óvulo fecundado grude nas paredes do útero e comece se desenvolvendo, sem que aconteça a menstruação nem a liberação de um novo óvulo. Além disso, níveis elevados em uma mulher grávida também indicam menos risco de aborto.
Porém, se os níveis se mantêm elevados, mesmo quando a mulher ainda não fecundou, pode ser sinal de alguns problemas como:
- Cistos no ovário;
- Funcionamento excessivo das glândulas supra-renais;
- Câncer de ovário ou das glândulas supra-renais.
- Nestes casos, o médico pode pedir outros exames de sangue ou uma ecografia, para avaliar se existem alterações que possam confirmar a presença de algum destes problemas.
- Para garantir que os níveis de progesterona estão corretos, a mulher deve não deve estar tomando nenhuma pílula com progesterona durante as 4 semanas antes do exame.
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Quando o valor de progesterona é inferior a 10 ng/mL, a produção deste hormônio é considerada baixa.
Nestes casos, a mulher pode apresentar dificuldade para engravidar, pois a quantidade de progesterona não é suficiente para preparar o útero para a gestação, acabando por acontecer a menstruação com eliminação do óvulo fecundado. Estas mulheres normalmente precisam utilizar suplementos de progesterona para aumentar as chances de engravidar.
Já na gravidez, se os níveis de progesterona foram diminuindo com o avanço das semanas, significa que existe um risco elevado de se estar desenvolvendo uma gravidez ectópica ou um aborto e, por isso, é necessário iniciar o tratamento adequado para evitar consequências graves.
Mulheres com progesterona baixa podem ainda apresentar sintomas como aumento do peso, dores de cabeça frequentes, alterações repentinas de humor, baixo apetite sexual, menstruação irregular ou ondas de calor, por exemplo.
Como se preparar para o exame
A preparação para o exame de progesterona é muito importante para garantir que os resultados estão corretos e que não estão sendo influenciados por outros fatores. Assim, para fazer o exame é recomendado:
- Ficar 3 horas de jejum antes do exame;
- Informar o médico sobre todos os remédios que se está tomando;
- Interromper o uso de pílulas com progesterona, como Cerazette, Juliet, Norestin ou Exluton;
- Evitar a realização de raio X até 7 dias antes;
Além disso, também é importante fazer o exame cerca de 7 dias após a ovulação, pois é o período em que os níveis estão naturalmente mais elevados. Porém, se o médico estiver tentando avaliar os níveis de progesterona fora da ovulação, para avaliar se se mantêm elevados durante todo o ciclo, pode ser necessário fazer o exame antes da ovulação, por exemplo.
O tratamento para corrigir os níveis de progesterona normalmente só é feito quando a quantidade do hormônio é mais baixa que o normal e, é feito com o uso de comprimidos de progesterona, como Utrogestan, principalmente no caso de mulheres com dificuldade para engravidar. Já nas grávidas com elevado risco de aborto, a progesterona normalmente é injetada diretamente na vagina, pelo obstetra ou ginecologista.
No entanto, antes de iniciar o tratamento, o médico deve voltar a repetir o exame para confirmar o resultado e excluir outros fatores que possam estar diminuindo os níveis de progesterona, como ter comido antes ou estar noutra fase do ciclo menstrual, por exemplo.
Na maioria dos casos, a ingestão deste tipo de medicamento acontece durante 10 dias seguidos e após o 17º dia do ciclo menstrual, sendo retomado a cada ciclo. A duração do tratamento e as doses dos medicamentos devem ser sempre bem calculadas para cada caso, sendo indispensável a orientação do médico.
Possíveis efeitos colaterais do tratamento
O uso de hormônios, como a progesterona, pode trazer alguns efeitos colaterais para o corpo como aumento do peso, inchaço generalizado, retenção de líquidos, cansaço excessivo, desconforto na região das mamas ou menstruação irregular.
Além disso, algumas mulheres podem ainda sentir aumento do apetite, dores de cabeça frequentes, febre e dificuldade para dormir. Este tipo de remédio deve ser evitado em pessoas com doenças arteriais, depressão, câncer de mama, sangramento vaginal fora do período menstrual ou com doenças do fígado.
Uma vez que a progesterona é um hormônio produzido naturalmente pelo corpo, existem alguns cuidados que podem aumentar sua concentração no organismo, como:
- Tomar chá de cúrcuma, de tomilho ou orégano;
- Aumentar a ingestão de alimentos ricos em vitamina B6, como bife de fígado, banana ou salmão;
- Tomar um suplemento de magnésio, com orientação de um nutricionista;
- Preferir alimentos com elevada quantidade de proteína;
- Fazer uma alimentação rica em vegetais, fruta e legumes de folhas escuras, como espinafre;
Além disso, dar preferência para alimentos orgânicos também pode ajudar na produção de progesterona, uma vez que os químicos utilizados nos alimentos embalados podem prejudicar a capacidade do corpo para produzir hormônios.
Valores de referência da progesterona
Os valores de progesterona no sangue variam de acordo com o período menstrual e da fase da vida da mulher, sendo:
- Início do período menstrual: 1 ng/mL ou inferior;
- Antes da ovulação: inferior a 10 ng/mL;
- 7 a 10 dias depois da ovulação: superior a 10 ng/mL;
- No meio do ciclo menstrual: 5 a 20 ng/mL;
- Primeiro trimestre de gravidez: 11 a 90 ng/mL
- Segundo trimestre de gravidez: 25 a 90 ng/mL;
- Terceiro trimestre de gravidez: 42 a 48 ng/mL.
Assim, sempre que existe uma alteração no valor, o resultado deve ser avaliado por um médico de forma a entender o que pode estar alterando o resultado, iniciando o tratamento se necessário.
Como Aumentar os Níveis de Progesterona
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Converse com um ginecologista sobre aumentar os níveis de progesterona. As mulheres que enfrentam abortos frequentes ou inexplicáveis costumam ter maiores chances de sucesso no tratamento com a progesterona, sendo capazes de manter uma gravidez.[2]
- Previna abortos precoces. Por mais que a deficiência de progesterona no organismo não seja a causa de todos os abortos, estudos científicos indicam que um nível adequado de progesterona é necessário para a manutenção dos estágios iniciais da gestação.[3]
- Os níveis de progesterona aumentam após a ovulação em todos os ciclos menstruais, o que engrossa as paredes dos úteros, dando maior suporte à gravidez. Essa mudança é conhecida como fase lútea.[4]
- O revestimento uterino fornece proteção para o início do desenvolvimento de um óvulo fecundado. Após as primeiras semanas, ele é substituído pela placenta, que produz os hormônios e nutrientes necessários para a formação do bebê.[5]
- Saiba que algumas mulheres possuem níveis naturalmente mais baixos de progesterona, o que, segundo alguns estudos, pode indicar que não há suporte adequado para o desenvolvimento do feto. As evidências que comprovam isso são limitadas, entretanto.[6]
- Os níveis inadequados de progesterona durante os estágios iniciais da gravidez são conhecidos como defeitos na fase lútea.[7]
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Consuma progesterona por via vaginal. O aumento dos níveis de progesterona no organismo pode prevenir abortos, dependendo da causa.[8]
- Diversos estudos alegam que a aplicação vaginal de progesterona ajuda na manutenção do revestimento uterino e no suporte da gravidez.[9]
- Apesar de existirem outros modos de aplicação da progesterona, como consumo oral, pomadas e injeções, a aplicação vaginal é a recomendada para mulheres que sofrem de defeitos na fase lútea ou de abortos recorrentes ou inexplicáveis.[10]
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Suplemente os níveis de progesterona através de uma técnica de reprodução assistida. Essas técnicas ajudam a induzir a gravidez através de procedimentos que removem os óvulos do corpo da mulher, os fertilizam com esperma em um laboratório e o retornam para o corpo da mulher – ou inserem no corpo de outra pessoa.[11]
- Existem diversos métodos que podem ajudar casais a conseguirem uma gravidez, sendo que a técnica de reprodução assistida é apenas um deles. Para realizar esse tratamento, é necessário receber uma suplementação hormonal para criar um ambiente saudável no organismo e manter a gravidez.[12]
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Utilize uma progesterona injetável ou administrada por via vaginal. A progesterona administrada por injeção intramuscular ou por via vaginal tem se mostrado eficaz no estabelecimento dos níveis altos do hormônio necessários para a reprodução assistida.[13]
- A progesterona injetada possui o risco adicional de causar complicações, pois é absorvida rapidamente pelo organismo e transformada em outras substâncias.[14]
- É possível modificar o método de administração da injeção para manter a progesterona ativa na forma desejada por mais tempo no organismo. Modifique o líquido no qual a droga ativa é colocada utilizando óleos, como o óleo de amendoim, por exemplo. Não utilize essa forma de progesterona se você for alérgica a amendoins.[15]
- As possíveis complicações decorrentes das injeções de progesterona incluem o desenvolvimento de alergias aos ingredientes ativos, sangramentos indesejados no tecido muscular e abcessos de dor no local da injeção.[16]
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Administre a progesterona com um gel vaginal. A aplicação vaginal produz níveis sistêmicos mais baixos de progesterona e níveis mais altos no endométrio, e esse é o objetivo.[17]
- O Crinone é um gel de progesterona aplicado por via vaginal projetado especialmente para mulheres que passam por tratamentos de reprodução assistida.[18]
- O Crinone pode ser encontrado com níveis de 4% e 8% de progesterona, sendo que o último é o produto recomendado para mulheres passando por tratamentos de reprodução assistida. [19]
- Evite utilizar o Crinone caso você seja alérgica a qualquer produto que contenha progesterona, já tenha apresentado problemas hepáticos, apresente corrimentos vaginais estranhos, coágulos sanguíneos ou tenha câncer de mama ou genital. Consulte um médico antes de utilizar o produto caso você tenha passado por um aborto recentemente. [20]
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Caso você apresente algum efeito colateral grave, busque ajuda médica imediata. Ligue para a emergência caso você apresente qualquer sinal de reação alérgica, como dificuldade para respirar, inchaço no rosto, na garganta ou na boca e urticária.[21]
- Você também deve procurar o cuidado emergencial caso apresente dores (no peito, nas pernas e na cabeça), entorpecimento ou fraqueza (principalmente em apenas um dos lados do corpo), dificuldade de respirar, tosse com sangue, visão turva, desequilíbrio, tontura, desmaios, náusea, perda de apetite, febre baixa e mudanças na urina.[22]
Como aumentar naturalmente os níveis de progesterona?
Os hormônios são mensageiros químicos em seu corpo que afetam uma série de funções corporais, desde os ciclos de sono-vigília até a digestão. A progesterona é um dos dois hormônios sexuais femininos, sendo o outro o estrogênio. Suas principais funções são regular a menstruação e apoiar a gravidez no corpo feminino.
A progesterona é produzida no corpo lúteo dos ovários. Esta é uma glândula temporária que é produzida após a liberação de um óvulo do ovário. As glândulas supra-renais e a placenta também podem produzir progesterona.
Durante o ciclo menstrual
No meio do ciclo menstrual de uma pessoa, um aumento nos níveis do hormônio luteinizante leva à ovulação . Ovulação refere-se à liberação de um óvulo de um dos dois ovários. Uma vez que o ovo é liberado, o corpo lúteo se forma e começa a produzir progesterona.
A progesterona ajuda a preparar o corpo para a gravidez. Por exemplo, isso faz com que o revestimento do útero , chamado de endométrio, fique mais espesso. Isso proporciona um bom ambiente para implantação por um óvulo fertilizado.
Se o ovo não for fertilizado, o corpo lúteo se rompe, levando a uma queda nos níveis de progesterona. Essa diminuição faz com que o endométrio se quebre, causando o início de um período menstrual.
Níveis baixos de progesterona podem causar:
- infertilidade ou abortos espontâneos
- sangramento uterino ou períodos irregulares e manchas
- desejo sexual
- ganho de peso
Formas de aumentar naturalmente a progesterona natural
Um médico pode prescrever várias formas de progesterona. Formas sintéticas, também conhecidas como progestinas, estão disponíveis, mas também estão associadas a um aumento do risco de câncer de mama. Por isso, é inetressante buscar meios mais naturais de aumentar os níveis do homronio.
Embora os alimentos não contenham necessariamente progesterona, alguns alimentos podem ajudar a estimular a produção de progesterona pelo organismo. Esses incluem:
- feijões
- brócolis
- couve de Bruxelas
- repolho
- couve-flor
- couve
- nozes
- abóbora
- espinafre
- grãos integrais
- Alguns alimentos também estão associados à redução da quantidade de estrogênio no organismo, o que pode aumentar a proporção de progesterona em estrogênio, é o caso da banana, do repolho, marisco e nozes.
- Incorporar esses alimentos em sua dieta pode ajudar a impulsionar os níveis naturais de progesterona.
- Além de considerar o uso de tratamentos naturais de progesterona, há outras maneiras pelas quais uma mulher pode aumentar a progesterona natural de seu corpo. Como:
Manter um peso corporal saudável. O excesso de peso faz com que o corpo de uma mulher produza mais estrogênio. Isso cria um desequilíbrio na progesterona. Embora manter um peso saudável não signifique necessariamente que uma mulher produza mais progesterona, isso significa que seus hormônios estarão mais equilibrados.
Reduzir o estresse. O estresse desencadeia a produção de hormônios do estresse e pode fazer com que os rins convertam hormônios como a progesterona em cortisol. Exemplos de medidas para aliviar o estresse incluem meditação, registro no diário, leitura, ouvir música ou participar de outras atividades relaxantes e agradáveis.
Praticar exercício sem excessos. A atividade física pode percorrer um longo caminho na redução dos níveis de estresse e na manutenção de um peso saudável. No entanto, o exercício excessivo pode ter o efeito oposto. Pode fazer com que o corpo produza hormônios do estresse sobre a progesterona.
É importante lembrar que níveis baixos desse hormônio não significam que a mulher esteja com problemas de saúde. Converse com seu médico para ver se eles podem ajudar a identificar as causas da baixa progesterona.
Progesterona: definição, níveis, sintomas de baixa progesterona e mais
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*Traduçao: Mariana Rezende
O que é a progesterona? Como a progesterona é produzida?
A progesterona é o principal hormônio de uma classe de hormônios chamados progestágenos. Os progestágenos são hormônios sexuais (como estrogênios e androgênios), o que significa que eles afetam o desenvolvimento sexual durante a puberdade e estão envolvidos no processo de reprodução.
Aprender a importância da progesterona e como ela afeta seu corpo através de diferentes fases da vida pode proporcionar um melhor entendimento de sintomas associados a seu ciclo menstrual, sinalizar quando algo está errado, ajudar você a ter uma gravidez saudável ou escolher o melhor tipo de método anticoncepcional para você. Esse entendimento pode ajudar você a se posicionar junto a um(a) médico(a) e fazer as melhores escolhas para sua saúde.
Os hormônios são pequenas moléculas produzidas pelas glândulas e que viajam pela corrente sanguínea até chegarem a um órgão cujas células possuem receptores específicos para esse hormônio. A progesterona atinge e afeta o útero, a vagina, o colo do útero, as mamas e os testículos, bem como o cérebro, os vasos sanguíneos e os ossos (1, 2).
Seu corpo usa o colesterol como o componente principal para fabricar a progesterona.
A progesterona é produzida principalmente nos ovários pelo corpo lúteo (3), que é a área que se desenvolve depois que a ovulação acontece e o folículo em torno do óvulo se rompe.
Parte da progesterona também é produzida pelas glândulas suprarrenais, que ficam em cima dos rins. Durante a gravidez, a placenta produz progesterona (4).
O que a progesterona faz com o corpo?
- Interrompe o acúmulo do endométrio causado pelo estrogênio
- Reduz a produção de muco cervical
- Inibe a ovulação quando em níveis altos
- Prepara o endométrio para a possível implantação de um óvulo fertilizado
- Sustenta a gravidez inicial e a mantém de forma contínua
- Desenvolve as glândulas mamárias durante a gravidez em preparação para a lactação
- Diminui a contração uterina para evitar contrações durante a gravidez
- Diminui a atividade no intestino, possivelmente causando constipação (1, 2, 4 a 6)
Como a progesterona muda durante o ciclo menstrual?
Antes da ovulação = progesterona mais baixa
No início do ciclo menstrual (durante a menstruação), os níveis de progesterona estão baixos e continuam assim durante a fase folicular (4, 7).
Depois da ovulação = progesterona mais alta
A progesterona é o hormônio dominante após a ovulação (a fase lútea). A progesterona é produzida pelo corpo lúteo, que é a área do ovário criada pelo folículo rompido que continha o óvulo ovulado.
Os níveis de progesterona atingem o pico no meio da fase lútea (8, 9).
Se a concepção não acontecer, o corpo lúteo começa a quebrar 9 a 10 dias após a ovulação, causando a queda dos níveis de progesterona e o início da menstruação (1, 4).
Como faço para saber se meus níveis de progesterona estão normais?
Existem alguns sinais e sintomas que você pode observar caso seus níveis de progesterona não estejam normais.
Progesterona baixa
A progesterona pode estar baixa se a ovulação não estiver acontecendo regularmente (ou de todo), ou se seu corpo não consegue produzir progesterona suficiente.
Alguns sinais e sintomas de que a progesterona está baixa:
Algumas condições, como prolactina elevada (um hormônio que induz a produção de leite), hipotireoidismo ou síndrome dos ovários policísticos (SOP), podem originar uma ovulação rara ou ausente, o que levaria a níveis baixos de progesterona (11). Nestes casos, a causa da progesterona baixa deve ser diagnosticada e tratada.
Defeito da fase lútea
O termo defeito da fase lútea é usado para descrever uma condição que ocorre quando o corpo não produz progesterona natural suficiente para manter a função normal do endométrio e dar suporte à implantação e o crescimento e à continuação de uma gravidez inicial (12). Você também pode ver isso chamado de insuficiência da fase lútea.
Diagnosticar um defeito na fase lútea pode ser difícil e não existe um único teste unânime para isso. Quando não temos uma causa conhecida para progesterona baixa, não há diretrizes claras sobre como e quando tratá-la. No geral, há pouca informação disponível sobre pessoas que têm progesterona baixa e não estão tentando engravidar.
Progesterona baixa e aborto espontâneo
Como a progesterona é importante para manter uma gravidez em seu estágio inicial (13), presume-se que a taxa baixa do hormônio possa ser uma das causas de infertilidade ou abortos espontâneos.
No entanto, que o defeito na fase lútea seja uma das causas de infertilidade, além da melhor forma de diagnosticar e tratar o problema, é um tema de debate entre pesquisadores e profissionais de saúde (12).
A baixa progesterona durante a fase lútea não parece estar associada a um aumento no risco de abortos espontâneos.
Um estudo com 191 pessoas mostrou que os níveis de progesterona durante a fase lútea foram semelhantes para pessoas que tiveram abortos espontâneos em comparação com aquelas que não tiveram (14).
Outro estudo que incluiu 197 pessoas que tiveram pelo menos dois abortos espontâneos consecutivos mostrou que um nível baixo de progesterona durante a fase lútea não previu quem poderia ter outro aborto espontâneo (15).
A baixa progesterona no início da gravidez pode ser um sintoma de uma gravidez que não é viável versus uma causa de aborto espontâneo.
Um estudo mostrou que pessoas que tiveram sangramento durante o início da gestação tiveram menor progesterona e maior probabilidade de ter um aborto espontâneo do que pessoas que não tiveram sangramento no primeiro trimestre (16).
Para pessoas que tiveram vários abortos espontâneos em que a causa é desconhecida, o tratamento com um progestagênio pode ajudar a prevenir abortos espontâneos, particularmente em pessoas que tiveram três ou mais abortos espontâneos, mas são necessários mais estudos (17).
Progesterona alta
A progesterona alta é pouco comum, mas pode ser um sinal de certos distúrbios, como:
- Hiperplasia adrenal congênita
- Um tipo anormal de gravidez chamado mola hidatiforme
- Cistos ovarianos
- Determinados tumores ovarianos (18)
Quais são os níveis “normais” de progesterona durante diferentes fases da vida?
Os níveis de progesterona podem variar de pessoa para pessoa, mas também para a mesma pessoa de ciclo para ciclo. Diferenças nos procedimentos laboratoriais, população atendida pelo laboratório e técnicas usadas nos exames também podem interferir nos resultados, de modo que os resultados devem sempre ser interpretados usando os valores de referência do próprio laboratório (7).
No entanto, veja a seguir uma noção de como os níveis de progesterona podem ser comparados em diferentes fases da vida (18). Você pode levar essas referências em suas consultas médicas a título de comparação.
O que é progestagênio?
Os progestagênios são hormônios sintéticos criados a partir de progesterona ou testosterona que têm efeitos semelhantes aos da progesterona (19). São usados em todos os anticoncepcionais hormonais (de forma isolada ou em combinação com um estrogênio) e em alguns tratamentos hormonais da menopausa.
Como a estrutura química dos progestagênios é um pouco diferente da progesterona produzida pelo corpo, eles não são ideais para os receptores de progesterona.
Os progestagênios podem se ligar a mais do que apenas os receptores de progesterona no organismo.
Eles também podem se ligar a receptores de androgênios e estrogênios, causando efeitos colaterais associados a esses hormônios dependendo do progestagênio ativar ou bloquear o receptor (2).
Por exemplo, os progestagênios que ativam os receptores de androgênios podem causar efeitos colaterais como acne ou hirsutismo (excesso de pelos) em algumas pessoas, sobretudo quando o método contraceptivo tem um nível baixo ou nenhum estrogênio (10).
O método anticoncepcional hormonal (geralmente a pílula) também pode ser usado para tratar a acne e o hirsutismo (20, 21).
A reação em todas as pessoas não será a mesma, mas para algumas delas a formulação específica e o tipo de progestagênio serão importantes.
Às vezes a dose de progestagênio não é alta o suficiente ou a ligação entre o progestagênio e os receptores de progesterona não é forte o suficiente, causando sangramento ou manchas durante o uso de pílulas anticoncepcionais ativas (contendo hormônios) ou causando menstruações mais intensas (10). Às vezes, uma simples mudança na dose ou no tipo de método anticoncepcional pode melhorar esses efeitos colaterais. Pode nem sempre ser o progestagênio causando o problema. Em contraceptivos hormonais combinados, a dose de estrogênio também pode estar relacionada a certos efeitos colaterais.
Se você está tendo efeitos colaterais indesejados que acha que podem estar ligados ao seu método anticoncepcional, fale com um(a) médico(a). Usar a Clue para acompanhar seu ciclo pode ajudar você a observar se há padrões para a situação que está enfrentando e ajudar a encontrar uma solução.
Como os métodos anticoncepcionais afetam a progesterona em meu corpo?
Os níveis de progesterona durante o uso de métodos anticoncepcionais hormonais podem ser alterados se seu método anticoncepcional inibir a ovulação.
Se você não estiver ovulando, seus níveis de progesterona serão baixos e uniformes (sem pico).
Anticoncepcionais hormonais combinados e progesterona
Anticoncepcionais hormonais combinados — que incluem tanto uma forma de estrogênio quanto o progestagênio — impedem principalmente a gravidez, interrompendo a ovulação. Eles também ajudam a espessar o muco cervical (22).
- A pílula e a progesterona
- A progesterona é inibida em pessoas que tomam diversos anticoncepcionais orais combinados (COCs) (várias doses, tipos de progesterona e tratamentos), indicando que a ovulação normalmente não ocorre com esse método (23, 24).
- O adesivo e a progesterona
Em um estudo, os níveis de progesterona em pessoas que usaram adesivos anticoncepcionais tiveram taxas mais baixas do que antes do uso do adesivo (25). O adesivo inibiu a ovulação em quase todos os ciclos em que foi usado corretamente.
O anel e a progesterona
Em um estudo com 21 usuárixs do anel anticoncepcional, os níveis de progesterona foram consistentemente baixos (em média
6 maneiras eficazes de aumentar os níveis de progesterona naturalmente – Tentantes com mais de 30
A progesterona é um hormônio sexual feminino produzido pelos ovários e glândulas suprarrenais. É extremamente importante para a saúde das mulheres e desempenha um papel crucial no sistema reprodutor feminino, incluindo ciclo menstrual, fertilidade, desenvolvimento fetal e para uma gravidez saudável.
O equilíbrio hormonal é um fator importante na obtenção da gravidez. Durante um ciclo menstrual, vários hormônios trabalham juntos em harmonia para induzir a ovulação e menstruação.
Um desequilíbrio nos níveis de progesterona pode causar a infertilidade, aumento do risco de aborto espontâneo, um aumento dos sintomas de tensão pré-menstrual, depressão, disfunção da tiroide, seios fibrocísticos, ganho de peso e o ciclo menstrual irregular.
Felizmente, existem muitas maneiras naturais para aumentar os níveis de progesterona baixa e manter um bom equilíbrio hormonal de uma mulher. Algumas delas são:
1 – Evitar alimentos e plantas que aumentam os níveis de estrogênio
Taxas adequadas de estrogênio e progesterona são de extrema importância para a saúde da mulher.
O excesso de estrogênio e baixos níveis de progesterona podem contribuir para diversos distúrbios físicos e psicológicos, incluindo a infertilidade.
Se você tiver sido diagnosticada com uma dominância de estrogênio e uma deficiência de progesterona, deve evitar todos os alimentos que podem aumentar os níveis de estrogênio.
2 – Aumente a sua ingestão de vitamina B6 e vitamina C
Seu corpo precisa de quantidades adequadas de vitamina B6 para manter níveis ótimos de progesterona. A ausência desta importante vitamina pode reduzir a produção de progesterona. A vitamina B, também é necessária para o fígado quebrar o estrogênio.
Boas quantidades de vitamina B6 podem ser encontradas na avelã, castanha, frango cozido, salmão, camarão, bananas, espinafre e batata.
Consuma também a vitamina C. Um estudo mostrou que 750 mg de vitamina C, a cada dia, durante seis meses, pode aumentar significativamente a produção de progesterona. Alimentos com essa vitamina incluem laranja, acerola, goiaba, morango, pimentão e brócolis.
3 – Consumir alimentos que contenham zinco
O zinco é essencial para a saúde hormonal, e é extremamente importante para a produção de níveis adequados de progesterona.
Esse mineral aumenta indiretamente a progesterona, aumentando os níveis do hormônio folículo-estimulante (FSH), que causa ovulação e estimula os ovários a produzir a progesterona.
Os alimentos ricos em zinco incluem carne vermelha, frango, amêndoa, amendoim e sementes de abóbora.
4 – Coma alimentos ricos em magnésio
O magnésio é um nutriente essencial para aumentar os níveis de progesterona, uma vez que desempenha um papel importante na manutenção do equilíbrio hormonal no corpo. Você pode tomar suplementos ou comer mais alimentos que são boas fontes de magnésio, tais como espinafre, banana, amêndoas, avelã, sementes de abóbora, alcachofra e aveia.
5 – Controle o seu nível de estresse
O estresse pode reduzir significativamente os níveis de progesterona no corpo. Durante o estresse crônico, as glândulas suprarrenais produzem um hormônio chamado cortisol, o qual impede que a progesterona chegue aos seus receptores.
6 – Plantas naturais
Uma planta que é boa para equilibrar os níveis hormonais no corpo é a árvore pura, também conhecida como Vitex agnus. Ela serve para estimular a produção de progesterona e reduzir os níveis de estrogênio, bem como a taxa de prolactina, outro hormônio que pode levar a níveis baixos de progesterona no organismo.
Outras plantas que contribuem a equilibrar esse hormônio incluem a raiz do dente de leão, o cardo de leite e a bardana, pois ajudam o fígado quebrar os hormônios para que eles façam seu trabalho no corpo de maneira eficaz
Efeitos da progesterona na mulher – parte I
A progesterona é uma hormona esteroide que na mulher é produzida no ovário (pelas células do corpo lúteo / amarelo), na placenta e nas glândulas suprarrenais.
No ovário, ela é produzida imediatamente antes da ovulação, a fim de aumentar a possibilidade de engravidar. A subida nos níveis de progesterona antes da ovulação induz alterações nas características do muco cervical para que os espermatozoides tenham maior possibilidade de sobreviver para alcançar e fertilizar um óvulo.
Além disso, ela aumenta o grau de atividade das células que revestem a parede uterina, acentuando o espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente irrigado por vasos sanguíneos, deixando o útero pronto para a gravidez. A progesterona também tem a função de inibir as contrações do útero.
Com isso, impede a expulsão do embrião ou do feto em desenvolvimento e tem um papel importante na preparação das glândulas mamárias para a amamentação.
Se uma mulher engravidar, a produção da progesterona muda para a placenta em desenvolvimento em torno da oitava semana de gravidez.
Se uma mulher não engravidar, os níveis hormonais começam a diminuir após a ovulação, o suficiente para que o endométrio que reveste por dentro o útero se desprender, originando a menstruação. Junto com o estrogénio, a progesterona mantém o equilíbrio do ciclo menstrual das mulheres, produzindo períodos mensais ou menstruação.
Assim atribuem-se à progesterona numerosas funções, umas relacionadas diretamente com a preparação progestacional do endométrio e, na ocorrência de gravidez, ao transporte do ovócito e depois do embrião ao longo da trompa, à nidação (implantação do embrião), ao bloqueio da contração muscular uterina, e ao desenvolvimento das glândulas mamárias para a produção do leite.
Mas progesterona também atua em diversas outras funções importantes no corpo da mulher.
Ela ajuda na imunidade, reduz os edemas e a inflamação, estimula e ajuda a regular o funcionamento da glândula tiroide, e mantém os níveis de coagulação do sangue em valores normais. A progesterona também pode ser considerada uma hormona “antienvelhecimento”.
Ela estimula a ação das células responsáveis pela formação dos ossos, evitando a osteoporose, leva à produção de colagénio, e ajuda a manter o funcionamento dos nervos.
Por outro lado, a progesterona é como se fosse a mãe de várias hormonas. Ela é um importante precursor da biossíntese dos corticosteroides suprarrenais, (hormonas que atuam na proteção contra o stress) e de várias hormonas sexuais, como a testosterona e os estrogénios.
Isso significa que a progesterona tem a faculdade de ser transformada em outras hormonas ao longo do caminho, à medida que e quando o organismo precisar delas. É preciso que seja enfatizado que o estrogénio e a testosterona são produtos metabólicos finais feitos da progesterona.
Não havendo uma quantidade adequada de progesterona, o estrogénio e a testosterona não estarão suficientemente disponíveis no organismo. Além de ser a precursora das hormonas sexuais, a progesterona também facilita muitas outras funções fisiológicas importantes e intrínsecas.
Vale a pena referir que a progesterona foi a base para o desenvolvimento dos anticoncecionais orais e, associada com os estrogénios, promove a inibição da ovulação.
6 alimentos que ajudam seus hormônios
Muito além da TPM, os hormônios são responsáveis por praticamente todo o funcionamento do organismo, da saciedade ao bom humor, passando até pelos batimentos cardíacos. Tanto que desequilíbrios hormonais estão ligados a diversas doenças, como obesidade, hipotireoidismo, diabetes tipo 2, depressão, infertilidade e certos tipos de câncer, para citar alguns exemplos.
A boa notícia é que com boas escolhas alimentares dá para ajudar o sistema endócrino a funcionar bem e reduzir o risco desses males (e vários outros!) aparecerem. É que, apesar de terem funções tão diversas, uma coisa a maioria dos hormônios possui em comum: são sensíveis ao que colocamos no prato.
Veja a seguir o que a ciência indica comer ou não para mantê-los balanceados.
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1. Soja
Os grãos carregam isoflavona, molécula que, no organismo, têm ação semelhante à do estrogênio, hormônio abundante nas mulheres e que também é fabricado em menor quantidade pelos homens. Isso pode ser bom para quem está na menopausa: estudos mostram que a soja alivia os sintomas causados pela queda abrupta nos níveis dos hormônios.
Só que, como alguns tipos de câncer nos dois sexos estão ligados ao excesso de estrogênio em circulação, a soja vive na berlinda por sua associação com a doença.
O veredicto dos médicos é que não há motivo para se preocupar, uma vez que a concentração de isoflavonas não é alta a ponto de provocar tumores.
Na verdade, as evidências sugerem até que elas previnem alguns tipos de câncer de mama e próstata.
Agora, organismos ainda em desenvolvimento estão mais suscetíveis à ação da isoflavona no sistema reprodutor. Por isso, o consumo exclusivo do leite de soja é desaconselhado nos primeiros dois anos de vida.
2. Brócolis e outros crucíferos
Ele contém glucorafanina, substância com nome complicado, mas benefício simples de explicar: é conhecida pelo seu papel na prevenção do câncer.
Isso ocorre porque ela controla os níveis de estrogênio e outros hormônios, que, em excesso, podem estar ligados aos tumores. Couve-flor, couve-manteiga, repolho e outros vegetais da família dos crucíferos contêm compostos semelhantes.
O ideal é inserir a família sempre no cardápio, mas uma porção ao dia já é o bastante.
3. Grão de bico
O grande destaque desta leguminosa é a alta concentração de vitaminas B6 e B9, que atuam na produção de hormônios neurotransmissores relacionados ao bem-estar e às boas noites de sono, como a serotonina e dopamina. O efeito é duplo, pois o grão contém ainda triptofano, aminoácido necessário para o metabolismo da serotonina.
A ingestão recomendada de vitamina B6 é de 1,3mg ao dia –para se ter ideia, uma concha grão contém pouco mais da metade disso.
Mas, se você não come grão-de-bico, não se preocupe, pois as vitaminas do complexo B, que são necessárias também para o metabolismo e para o equilíbrio de outros hormônios, estão presentes nos vegetais, demais grãos, carnes e produtos de origem animal, como leite. Vale a regra de sempre: quanto mais variado o prato, melhor.
4. Castanha-do-pará
Ela carrega selênio, mineral que atua no bom funcionamento da tireoide, a glândula mais importante do sistema endócrino, que fabrica os hormônios T3 e T4 e ajuda a regular o metabolismo do coração, cérebro, rins e fígado. Mas não vale exagerar na dose: duas castanhas ao dia são o suficiente para garantir a quantidade de selênio necessária –e extrapolar esse limite pode provocar intoxicações no organismo.
5. Cereais integrais
Assim como as hortaliças e frutas, eles contêm fibras, que servem de alimento para as bactérias da microbiota intestinal. E que isso tem a ver com hormônios? Tudo! Primeiro, uma microbiota adequada colabora para a produção de vitaminas utilizadas por diversas glândulas do organismo, além de participarem da secreção de hormônios que regulam o açúcar e a fome que sentimos.
Estudos recentes apontam ainda que a microbiota pode interferir na produção de hormônios neurotransmissores no intestino.
O órgão, apesar de parecer que não, tem milhões de neurônios e produz 90% da serotonina utilizada pelo corpo todo.
Embora o cérebro tenha sua própria fábrica destes hormônios, acredita-se que ter uma microbiota equilibrada possa até colaborar para a melhora do humor e a prevenção de males como a depressão.
6. Carnes magras
Uma dieta rica em proteínas ajuda o corpo a se sentir satisfeito por mais tempo.
Isso porque esses nutrientes não só estimulam a produção de hormônios que controlam o apetite, mas também levam mais tempo para serem digeridos e, assim, desaceleram a chegada de glicose à corrente sanguínea.
Esse “freio” é importante para a regulação da insulina, outro hormônio, produzido para dar conta da glicose e cujos picos estão associados a uma fome insaciável.
O interessante aqui é optar por fontes de proteína que tenham um teor menor de gordura, como o peito de frango, cortes magros do boi, peixes e ovo. A quantidade a ser ingerida varia conforme o nível de atividade física e o peso de cada um, mas um grama de proteína por quilo corporal é uma medida razoável.
Sem milagres
Se você já tem alguma doença que afete a produção de hormônios não adianta apenas mudar o cardápio.
O ideal é procurar um médico, pois o tratamento frequentemente envolve remédios e outras intervenções.
Aliás, também não adianta comer tudo desta lista e continuar sedentário, fumar, ficar sob estresse constante e por aí vai. Aí, não há nutriente poderoso o suficiente para equilibrar os hormônios.
Fontes: Eveline Fontenele, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), e coordenadora do Ambulatório de Endocrinologia do Desenvolvimento e Gônadas do Serviço de Endocrinologia do Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará (HUWC-UFC); José Alves Lara Neto, nutrólogo da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia); Clarissa Casale Doimo, nutricionista.
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