Como aprender a ler projetos arquitetônicos: 7 passos

  • A arquitetura corporativa possui aspectos únicos a serem considerados por quem deseja aprender como projetar escritório.
  • Entre essas considerações especiais está a necessidade de atender a critérios de ergonomia, com móveis, cadeiras e iluminação adequados.
  • Além disso é preciso considerar o tipo de negócio, os departamentos da empresa e, assim como ocorre em um projeto de uma casa, entender para que serve cada espaço e escolher os itens certos para cada ambiente.

As cadeiras que você usa para a sala de jantar não são as mesmas usadas para sua sala de estar, correto? O mesmo deve ser considerado em um projeto de escritório.

Da mesma forma, em uma casa a sala de estar que recebe o fluxo de todos os moradores do ambiente, em geral, não tem o mesmo tamanho do quarto de visitas, que têm pouco acesso.

Ao aprender como projetar escritório você vai entender que tudo o que diz respeito a montagem de cada ambiente se relaciona a análise do tipo de negócio e espaço a ser projetado.

Então vamos às dicas de como projetar escritório. Siga nossas sugestões abaixo e transforme sua insegurança em aprendizado para aceitar maiores e melhores projetos.

7 dicas de como projetar escritório

A seguir selecionamos 7 dicas essenciais para você entrar no universo da arquitetura corporativa.

#1 Imersão no negócio do cliente

Nenhum projeto de escritório deve começar se que você e sua equipe entendam qual é o negócio, número de funcionários, seus objetivos de crescimento e áreas mais relevantes. 

A imagem corporativa desejada também deve ser considerada para que o layout da empresa reforce sua identidade. 

Ao entender qual a projeção de crescimento você pode criar um espaço que ainda será de qualidade mesma a longo prazo. Qual o objetivo de crescimento do setor comercial da empresa? Em geral esse departamento cresce mais em número de funcionários que a área administrativa, por exemplo.

  1. Entender isso vai ser um divisor de águas para você começar a separar os espaços.
  2. Um outro fator que vai contribuir para a criação de um projeto de arquitetura funcional que ajude no dia a dia da empresa é entender a relação que as áreas têm para não colocá-las longe uma da outra.
  3. Com um panorama da empresa, seus departamentos, setores e objetivos você pode dar os próximos passos.

#2 Escolha a tipologia de layout para o escritório

  • Como arquiteto você tem em mãos diversas formas de organizar o escritório de seu cliente.
  • Um dos modelos bastante usados atualmente é o open space, ou espaço aberto, sem paredes fixas, com poucas divisórias e um fluxo livre de pessoas.
  • Empresas modernas e com equipes integradas podem se beneficiar do fim das paredes para criar um ambiente com mais troca entre equipes.

Como Aprender a Ler Projetos Arquitetônicos: 7 Passos

Você pode optar também pode uma área aberta, sem paredes e divisórias, mas com um nicho mais reservado para cada profissional. Isso pode contribuir para a concentração e foco de alguns colaboradores, criando um ambiente mais privado.

Como Aprender a Ler Projetos Arquitetônicos: 7 Passos

Alguns escritórios, entretanto, precisam de privacidade para seus departamentos trabalharem e nesses casos um escritório tradicional com salas para cada área pode ser uma necessidade.

Caso você não deseje usar paredes para criar um ambiente dividido, mas visualmente integrado, uma opção é usar divisórias.

Como Aprender a Ler Projetos Arquitetônicos: 7 Passos

As divisórias também são muito usadas para projetar um coworking, que reúne diferentes profissionais em um único espaço. 

#3 Lembre-se de incluir áreas privadas e compartilhadas

  1. Se você deseja aprender como projetar escritório deve considerar espaços além das áreas de trabalho fixas de cada funcionário.

  2. Isso inclui salas reservadas como as salas de reunião e também áreas comuns como cozinha ou uma área de descanso e encontros.
  3. Essas áreas são muito comuns em coworkings, mas também devem fazer parte de escritórios mais tradicionais.

Áreas de convivência ajudam na integração de colaboradores e também na qualidade de vida no trabalho. Resultado? Mais produtividade e performance.

#4 Considere a ergonomia [aspecto previsto em Lei]

  • A ergonomia é um item considerado em Lei e regulada pela Norma Regulamentadora 17. 
  • Não seguir as normas previstas pode acarretar em multa para a empresa.
  • O principal objetivo da ergonomia no ambiente de trabalho é garantir a qualidade de vida do colaborador:
  • garantindo conforto;
  • diminuindo o cansaço;
  • evitando problemas de saúde como dores nas costas; 
  • reduzindo a chance de doenças como L.E.R.

A consequência, além de funcionários saudáveis, é um aumento da produtividade na empresa. 

É fundamental que ao aprender como projetar escritório o arquiteto esteja atento a essas questões na escolha dos móveis, cadeiras e no projeto de iluminação para escritório. A escolha de pisos que ofereçam segurança também devem estar em seu checklist.

Para entender tudo o que envolve a ergonomia, indicamos a leitura do artigo;Como aplicar a ergonomia no ambiente de trabalho? dicas comprovadas”.

#5 Escolha os móveis ideais

Como listamos acima os móveis para escritórios fazem parte do conjunto de itens que devem ser considerados por quem deseja aprender como planejar espaços de escritórios.

Além de funcionais eles devem corresponder aos critérios de ergonomia, bem como se manter alinhados ao restante da decoração e ao layout do ambiente construído.

  • como selecionar os melhores tipos de móveis para empresas;
  • considere a identidade visual da marca;
  • layout que você criou para o espaço;
  • avalie o tamanho do escritório;
  • ergonomia.

Além das mesas inclua em sua lista:

  • armários;
  • gaveteiros;
  • estantes e nichos.

Como Aprender a Ler Projetos Arquitetônicos: 7 Passos

#6 Selecione as cadeiras para escritório com atenção

Cadeiras e poltronas para diretoria, área operacional, recepção e sala de reuniões não devem ser as mesmas.

As cadeiras para escritório que são usadas para o trabalho contínuo devem apresentar algumas características como:

  • regulagem de altura;
  • encostos que permitem movimentos na cadeira e alcancem até a altura da cabeça são ideais;
  • inclinação;
  • braços reguláveis;
  • apoio para antebraço;
  • rodinhas.

Como Aprender a Ler Projetos Arquitetônicos: 7 Passos

Já as cadeiras de visitantes como clientes e parceiros, que geralmente ficam em frente a mesa de quem vai atendê-los, não precisam de rodinha e podem não ter estofamento, inclusive podem não ter apoio de braço.

Como Aprender a Ler Projetos Arquitetônicos: 7 Passos

Por último, cadeiras para presidente e diretores devem ter um aspecto que reforça seu posicionamento dentro da empresa, com design moderno e sofisticado, além claro, do conforto.

Leia mais em: Cadeiras para escritório ergonomicamente correta: 7 dicas para escolher o modelo ideal

#7 Invista na decoração para reforçar sua imagem corporativa

Por último, mas não menos relevante, a decoração é um fator primordial para criar um ambiente agradável para colaboradores e clientes. 

Para isso você pode seguir algumas tendências de decoração para ambientes corporativos, entre elas:

  • mistura materiais como metal e madeira;
  • ambientes abertos;
  • aproveitamento da luz natural;
  • mobiliário com design moderno;
  • paleta de cores neutras com toques de cores;
  • recursos sustentáveis;
  • traga a natureza para dentro do escritório com adoção de plantas de escritório e mais.

Como Aprender a Ler Projetos Arquitetônicos: 7 Passos

Como projetar um escritório? Encontre bons parceiros!

  1. Chegou o grande momento! 
  2. Aquele projeto do escritório de uma grande empresa foi conquistado e empolgação não falta para você mostrar seu trabalho!
  3. Mas aí já bate aquela dúvida, qual o melhor fornecedor dos móveis para esse projeto? 
  4. É preciso pensar se a qualidade irá atender seu cliente, se terá a ergonomia adequada e até mesmo se vão entregar e montar no prazo!  
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As 7 etapas de um projeto de arquitetura: da primeira reunião até o final da obra

Quem é estudante de arquitetura ou já se formou sabe que a faculdade não consegue ensinar tudo o que é necessário no dia a dia da profissão. Diante dessa realidade, muitos profissionais se formam sem saber exatamente quais são as etapas de um projeto de arquitetura.

Leia também:  Jakie Objawy Wyrostka U Dziecka?

Dúvidas como o que analisar na visita ao local da obra e o que incluir em um projeto de aprovação da Prefeitura são comuns entre estudantes e profissionais.

Esse é o seu caso? Não se preocupe, neste artigo, vamos mostrar as 7 etapas de elaboração de um projeto de arquitetura. Acompanhe!

Você é um futuro arquiteto? Confira mais dicas:

O que é um projeto de arquitetura?

Um projeto de arquitetura consiste em um conjunto de desenhos técnicos, representações gráficas e documentos elaborados com o objetivo de construir ou reformar uma obra.

Existem vários tipos de projetos arquitetônicos, que podemos dividir em grupos:

  • Residenciais: casas e apartamentos
  • Comerciais: restaurantes, clínicas, lojas, etc
  • Empresariais ou corporativos: escritórios e empresas
  • Institucionais: escolas, museus, hospitais, fóruns e obras governamentais no geral
  • Projetos de arquitetura também trabalham em conjunto com a tecnologia. Veja como realizar o sonho do seu cliente com a automação residencial
  • Ao realizar o projeto arquitetônico, o arquiteto precisa seguir os procedimentos determinados em duas normas da ABNT. São elas:
  • Além das informações técnicas referentes a documentação, existem outros pontos importantes durante esse processo. Confira quais são:

7 etapas de um projeto de arquitetura

1- Programa de necessidades 

Como Aprender a Ler Projetos Arquitetônicos: 7 Passos

Etapas de um projeto de arquitetura: programa de necessidades

O programa de necessidades (ou briefing) é criado nas primeiras conversas com o cliente. Nessa etapa, o arquiteto precisa reunir o maior número de informações possível sobre os objetivos do contratante.

  1. Por exemplo: em um projeto residencial, é necessário saber o número de cômodos, o tamanho aproximado de cada ambiente, a quantidade de moradores, entre outras informações.
  2. É interessante criar um check list de perguntas com todos os dados que você considera essencial para começar a desenvolver os primeiros desenhos.
  3. Esse momento costuma ser desafiador para os profissionais, já que o relacionamento com os vários tipos de clientes não é algo ensinado na faculdade — e sim aprendido no dia a dia da profissão.
  4. Com certeza, vão surgir muitas dúvidas em relação ao orçamento da obra, serviços incluídos no pacote e prazos.
  5. Além disso, muitas vezes, o cliente tem várias ideias, mas não tem o orçamento ou o tempo disponível para que tudo seja executado como ele espera.
  6. Diante dessa realidade, o arquiteto precisa ter bastante jogo de cintura para explicar o que pode ser feito, sugerir alterações e mostrar um projeto que também agrade o cliente.
  7. Após o fechamento do contrato com os valores e prazos, é hora de partir para a próxima etapa.
  8. O paisagismo também faz parte do programa de necessidades. Veja o que já publicamos sobre o assunto:

2- Visita ao local

Nessa etapa, o arquiteto deve fazer um levantamento de dados para identificar se o terreno está preparado para receber a obra.

E quais são as informações que devem ser levantadas? A metragem, os níveis, as condições topográficas e ambientais são alguns exemplos.

Durante as primeiras visitas, o profissional também pode começar a analisar a orientação solar do local para garantir o conforto térmico da obra. Em alguns casos, o arquiteto precisa solicitar um Levantamento Topográfico Planialtimétrico.

Trata-se de uma planta exata do terreno que, geralmente, é feita por um topógrafo profissional ou especialista em equipamentos de precisão.

Etapas de um projeto de arquitetura: levantamento topográfico planialtimétrico

Esse levantamento traz segurança e precisão ao arquiteto, que pode prever possíveis problemas relacionados ao terreno e se antecipar nos ajustes do projeto antes que as mudanças não sejam mais possíveis.

No caso de obras já prontas, a visita ao local é necessária para avaliar outros pontos, como:

  • Características gerais do uso do espaço
  • Características gerais das ruas e arredores da obra
  • Histórico do bairro
  • Construções e reformas em andamento nos arredores
  • Características dos imóveis vizinhos

Você também pode fazer um levantamento fotográfico para fazer um registro visual!

3- Estudo de viabilidade

Após fazer o levantamento das informações no local da obra, o arquiteto deve começar o estudo de viabilidade. Nesse momento, ele analisa se o projeto estará de acordo com o Plano Diretor e o Código de Obras da Cidade.

O que é o Plano Diretor?

Trata-se de um documento que define a política de desenvolvimento de um município. Um dos seus principais objetivos é orientar o poder público e a iniciativa privada na construção dos espaços urbanos e rurais.

Essa é uma forma de garantir o bem-estar e segurança da população durante o crescimento das cidades. A altura máxima de uma obra naquele local, a taxa de ocupação e o coeficiente de aproveitamento são algumas das informações encontradas no documento.

Cada município tem seu próprio Plano Diretor, que pode sofrer modificações de acordo com os anos. Por esse motivo, é importante que arquitetos e profissionais ligados à construção civil estejam sempre atentos às atualizações do documento.

O que é o Código de Obras?

Trata-se de um documento que determina normas técnicas para todo tipo de construção realizada no município.

O Código de Obras tem como objetivo garantir o conforto ambiental, a conservação de energia, a acessibilidade de pessoas com a mobilidade reduzida, entre outros fatores que contribuem para o bem-estar da área urbana e rural de um município.

4- Estudo preliminar

Essa etapa é a que todo estudante de arquitetura mais aprende na faculdade. É nela que o arquiteto começa a trabalhar o conceito do projeto de acordo com as necessidades do cliente.

Durante o estudo preliminar, a criatividade precisa vir à tona para o desenvolvimento dos primeiros desenhos.

A criação de croquis é muito bem-vinda para estimular o surgimento de ideias e dar início as primeiras plantas baixas, maquetes 3D e outras representações gráficas do projeto.

Como Aprender a Ler Projetos Arquitetônicos: 7 Passos

Etapas de um projeto de arquitetura: Estudo preliminar

Dominar os principais programas de arquitetura, como o SketchUp, é importante para conseguir criar uma representação realística e encantar o cliente.

Veja também: Reforma de casa – veja o passo a passo completo e entregue uma obra sem sufoco!

5- Anteprojeto

Como Aprender a Ler Projetos Arquitetônicos: 7 Passos

Etapas de um projeto de arquitetura: anteprojeto

O anteprojeto é uma etapa de aprofundamento do estudo. É nesse momento que o arquiteto define aspectos mais técnicos da obra para garantir um bom projeto executivo.

As informações necessárias em um anteprojeto podem variar, mas, de modo geral, são:

  • Plantas baixas (com as especificações de cada ambiente)
  • Plantas de cobertura
  • Plantas de cortes
  • Plantas de fachadas
  • Planta de localização do terreno
  • Planta de situação
  • Maquete 3D final

Também é no anteprojeto que o arquiteto começa a pensar nos projetos complementares, que são o estrutural, hidrossanitário e elétrico. O ideal é acionar a equipe de parceiros (engenheiros, eletricistas, encanadores) para validar essas informações.

Vale destacar que quando o projeto é passado para a fase executiva, os ajustes podem demandar mais tempo e, até mesmo, aumentar os custos do serviço.

Por isso, uma dica é deixar claro para o cliente que todas as sugestões de mudança devem ser feitas no anteprojeto. Após a aprovação do material, é hora de partir para a parte mais burocrática do processo.

6- Projeto legal ou projeto de aprovação

  • Trata-se do projeto de aprovação enviado à Prefeitura do município para que a construção seja autorizada.
  • Cada cidade tem suas exigências e normas específicas, mas, de modo geral, o arquiteto precisa entregar todos os documentos que explicam o projeto, ou seja: o programa de necessidades, os levantamentos feitos no local da obra, o estudo preliminar e o anteprojeto.
  • Com esse material, o arquiteto da Prefeitura responsável pela avaliação poderá checar se tudo está de acordo com as normas do município.
  • Caso falte alguma informação ou algum ponto não esteja de acordo com as exigências, o projeto volta para o arquiteto responsável.
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É importante destacar que reformas de interior de apartamentos, casas, lojas, etc, não precisam de aprovação da Prefeitura. No caso de apartamentos, é necessária apenas a aprovação do condomínio.

7- Projeto Executivo

Como Aprender a Ler Projetos Arquitetônicos: 7 Passos

Etapas de um projeto de arquitetura: Projeto Executivo

Trata-se de um conjunto de especificações e documentos necessários para que a obra possa ser iniciada. Explicando de forma mais simples, o projeto executivo são as plantas que vão para o canteiro de obras.

  1. É nele que o arquiteto específica os materiais que serão utilizados (revestimentos, torneiras, cubas, móveis), as dimensões dos elementos construtivos, tipologias, pontos hidráulicos e de iluminação, entre outros tipos de detalhamento.
  2. As pranchas executivas são enviadas para o mestre de obras e para o responsável técnico pela execução da obra.
  3. E qual é a importância de um projeto executivo detalhado?

Caso o arquiteto não deixe claro o que os profissionais precisam fazer, as instalações vão precisar ser refeitas. Isso pode gerar mais custos e atraso no prazo de entrega.

Para evitar esse tipo de problema, o profissional também pode oferecer o serviço de acompanhamento de obra. Nesse caso, o arquiteto supervisiona todo o processo, desde a compra de materiais até o acabamento final.

Apesar da padronização das etapas de um projeto de arquitetura, cada escritório ou profissional autônomo define seu próprio cronograma de trabalho.

Esse processo pode variar de acordo com o tipo de projeto, necessidades de cada cliente e processos internos da empresa.

Após a finalização do projeto de arquitetura, alguns arquitetos fazem o acompanhamento da obra. Se esse é o seu caso, aprenda como elaborar um cronograma de obra em 5 passos e nunca mais atrase uma entrega.

Quais informações preciso para começar um projeto estrutural? – Mais Engenharia – Conhecimento em projetos de edificações

Para que se possa elaborar um projeto estrutural de modo adequado, seja ele pequeno, médio ou grande, o engenheiro de estruturas precisa dispor de um conjunto de informações preliminares antes de iniciar seu trabalho, sendo que algumas dessas informações interferem inclusive na própria definição do valor a ser cobrado pelo projeto.

Nesse sentido, apresentamos abaixo uma lista das principais informações, com o objetivo de orientar um profissional que está começando nesse mercado, tanto para montar uma proposta para elaboração do projeto, como também na condução do projeto junto ao contratante.

1. Projeto arquitetônico da edificação

Obviamente, é necessário que tenhamos o projeto arquitetônico definido para elaborar os complementares. Todavia, muitas vezes o projetista da estrutura recebe somente o projeto já aprovado na prefeitura, que normalmente sofreu um longo e burocrático processo até sua aprovação.

Por conta disso, o arquiteto e o proprietário dificilmente aceitam realizar mudanças na arquitetura já aprovada para melhor adaptação ao projeto estrutural. Embora essa seja uma prática corrente, não é a melhor forma de trabalho.

Quanto mais cedo o projetista da estrutura tiver acesso ao arquitetônico, melhor. Quando o arquitetônico ainda é apenas um estudo preliminar ou um projeto básico, já é possível fazer um pré-lançamento da estrutura e fazer pequenos ajustes na arquitetura, mas que podem fazer grande diferença para a solução estrutural, tanto no aspecto de desempenho quanto em economia.

Quanto mais oportunidade de ajustar a arquitetura, melhor será a estrutura e a obra. Procure então convencer seu cliente a repassar o projeto arquitetônico o mais breve possível.

2. Laudo de sondagem do terreno

Infelizmente, existe no Brasil uma cultura de que as obras de pequeno porte não precisam desse tipo de laudo. O laudo de sondagem do terreno não pode ser visto como custo extra porque, além de representar um aspecto de segurança para a obra, pode representar também uma economia, visto que reduz a incerteza no dimensionamento.

Contratantes de grandes obras sabem muito bem disso e não costumam criar empecilhos para esse tipo de documento. Se o cliente não quiser realizar a sondagem, mostre por meio de casos reais que o valor do ensaio se paga através da economia, além de evitar o risco que uma obra corre quando não há a sondagem prévia do terreno.

3. Levantamento topográfico

Não é exigido em todas as obras, mas quando o terreno é acidentado, é um documento fundamental, pois é utilizado para definir estruturas de contenção, quando necessárias, além das cotas das fundações. Quando você não tem informações sobre o terreno, pode solicitar que o contratante lhe envie fotos para você tomar essa decisão se deve ou não dispor do levantamento topográfico.

4. Obras especiais

Quando as obras são especiais – o caso de barragens, viadutos, pontes, usinas, estações de tratamento – são ainda necessários perfis geológicos, relatórios hidrológicos ou até informações sismológicas. Verifique as exigências antes de iniciar o projeto.

5. Avaliar as características das edificações vizinhas

A maioria das obras construídas em área urbana já tem uma obra ao lado ou certamente ainda vai ter. Quando existem construções adjacentes, o profissional precisa conhecer claramente as condições de projeto e construção dessas obras, antes de começar a elaborar seu projeto.

Conhecer essas informações é primordial especialmente quando a obra nova envolve escavações, que podem modificar o estado de equilíbrio das fundações da obra vizinha e provocar danos nessas edificações.

Lembre-se que, além do prejuízo físico, existe também um risco à segurança das pessoas que executam a obra ou habitam a edificação vizinha. Para evitar essa situação, recomenda-se estudar os projetos executivos das obras adjacentes bem como fazer uma inspeção prévia para avaliar patologias já existentes.

Como Aprender a Ler Projetos Arquitetônicos: 7 Passos

6. Caracterização do macro ambiente da obra

Para desenvolver o projeto de acordo com a norma NBR 6118, o engenheiro precisa definir qual é a classe de agressividade ambiental da construção.

Esse parâmetro pretende avaliar o risco predominante de deterioração da estrutura, levando em conta aspectos ambientais e geográficos.

Para isso, você precisará definir se a obra será erguida em um ambiente considerado rural, urbano, industrial ou marinho.

Esses diferentes macro-ambientes influenciam na definição de outros parâmetros de projeto que interferem na durabilidade da estrutura ao longo dos anos, e por isso é fundamental para criar condições em que a estrutura se mantenha estável e segura, sem patologias, dentro pelo menos dos próximos 50 anos. Estude bem as condições ambientais para definir adequadamente a classe de agressividade de acordo com a NBR 6118.

7. Planejamento previsto para execução da estrutura

  • Em termos de desenvolvimento da solução do projeto estrutural há uma enorme diferença se a obra tem uma laje concretada a cada 28 dias ou a cada 7 dias, pois nos dois casos há uma grande diferença na capacidade que as lajes têm em resistir aos carregamentos dos pavimentos superiores, obrigando que haja um sistema de escoramentos suficiente para resistir aos esforços conjuntos da obra naquela fase de execução.
  • De acordo com a norma NBR 14931, deve ser elaborado um plano de execução da estrutura e um projeto do sistema de formas e escoramentos, com definições sobre o processo de cura de concreto e o prazo para a retirada das formas e escoramentos.
  • Quando o projetista não conhece esse plano de execução, faz o projeto estrutural sem levar em conta essas informações e não tem como garantir que o projeto cumpra os requisitos necessários durante a fase de execução, comprometendo a segurança e a durabilidade.
  • Assim, antes de iniciar o projeto você deve solicitar ao contratante esse plano de execução ou, caso não exista uma documento pronto, estabelecer em reunião com a participação do contratante e do responsável pela execução algumas diretrizes e responsabilidades para cumprimento dos requisitos dessa norma.

8. Prazo desejado para início da obra

Quanto maior o prazo para elaboração do projeto estrutural, melhor e mais econômica é a solução. Não há dúvidas sobre isso.

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Quando os contratantes não fornecem um prazo adequado para o projeto, o projetista tem menos tempo para avaliar as diversas alternativas possíveis e acaba adotando a primeira solução viável, que dificilmente seria a mais econômica e muitas vezes também poderá não ser a mais funcional. Procure deixar isso muito claro ao cliente com exemplos de projetos em que você teve tempo adequado para trabalhar.

9. Preferências do cliente quanto a solução

Em alguns casos, o cliente tem interesse em optar por um tipo de solução técnica em detrimento de outra.

Há ainda circunstâncias em que o contratante prefere evitar uma determinada solução devido a uma experiência ruim em outro projeto ou opta por uma solução com apelo mais comercial que tenha grande impacto no momento da venda do imóvel, como elementos estruturais aparentes e flexibilidade de layout. Procure conhecer as expectativas do cliente quanto às soluções a serem adotadas antes mesmo de iniciar seu projeto.

Todos esses aspectos influenciam na qualidade do projeto que será executado e também no prazo que vai conseguir executar. Com essas informações de antemão é muito mais fácil tomar as decisões, já que há menos risco na hora de fazer a proposta e a própria elaboração do projeto.

Um projeto estrutural bem feito deve levar em conta todas essas questões para minimizar os possíveis problemas que o projetista pode encontrar ao longo do caminho, além de ter bem definido alguns pré-requisitos para atuar com projetos estruturais.

Se você deseja dominar ainda mais estes requisitos matricule-se na Série Online: Concreto Armado – Requisitos para Desenvolvimento de Projetos de Edificações, para aprimorar a elaboração de seus projetos. Os capítulos abordam os principais aspectos técnicos que precisam ser cumpridos, fornecendo uma visão ampla de todas as etapas do projeto.

Ficou com alguma dúvida sobre como começar um projeto estrutural? Deixe sua pergunta na área de comentários.

Como projetar? 7 passos para resolver qualquer projeto de arquitetura

Bem no começo desse projeto chamado Como Projetar nossa ideia inicial sempre foi discutir o ato de projetar na arquitetura, focando em uma abordagem que fosse útil a estudantes de arquitetura ou jovens profissionais.

Os artigos iniciais que fundamentam esse site são, inclusive, etapas que acreditamos ser as principais de qualquer projeto de arquitetura.

Elas detalham com bastante aprofundamento vários estágios que nós e vários outros arquitetos passamos diariamente quando estamos projetando, e trazem algumas dicas para melhorá-los.

No entanto, com o crescimento da comunidade do Como Projetar e o melhor entendimento do que realmente estudantes de arquitetura e jovens arquitetos necessitam, percebemos que todas aquelas dicas deveriam ser melhor aprofundadas e exploradas em nossas postagens.

Resolvemos então reestruturar os pontos destacados lá atrás em 7 passos simples, mais fáceis de serem compreendidos! Esse post vai servir como ponto de partida para esta reestruturação, justamente listando os 7 passos, a partir dos quais novos outros artigos com conteúdos mais aprofundados e específicos serão desmembrados.

Ah, no final de tudo vamos agrupar todos eles e disponibilizá-los para download gratuito em forma de Ebook, como já fizemos anteriormente!

Sem mais delongas, vamos à lista dos 7 passos que todos arquitetos bem sucedidos seguem (mesmo que inconscientemente) para resolver qualquer projeto de arquitetura:

Todo o projeto de arquitetura é (ou pelo menos deveria ser) uma solução para algum problema, e é justamente no primeiro passo que tomamos consciência do que se trata esse problema para justamente poder resolvê-lo! – afinal, não queremos projetar algo que não funcione ou que não agrade nosso cliente/usuário/professor, não é mesmo?

Passo 2. Pesquisa

Uma vez descoberto qual nosso problema de projeto devemos fazer uma pesquisa sobre ele: desde a busca por referências de projetos parecidos até o levantamento de aspectos da legislação são fundamentais nessa etapa! Projetar sem fazer uma breve pesquisa, por mais experiente que o arquiteto seja, sempre é uma estratégia arriscada e que aumenta as chances de temos como resultado final um projeto de arquitetura de menor qualidade – que vai resolver mal ou mesmo não resolver o problema e ainda por cima desagradar nosso cliente/usuário/professor.

Passo 3. Análise

De nada adianta fazermos uma pesquisa extremamente detalhada sobre o como resolver o projeto que estamos encarregados se não utilizarmos estas informações.

E o fato é que, mesmo na universidade, onde somos “forçados” pelos professores a fazer essas pesquisas e estudos de caso que muitas vezes achamos etapas chatas, acabamos aproveitando muito pouco daquilo que foi pesquisado na proposta final.

A análise tem que ser feita com foco e de maneira inteligente, assim podemos obter várias respostas prematuramente e direcionar como vamos resolver nosso projeto antes mesmo de fazer um risco na folha de papel!

Passo 4. Conceituação

Quantas vezes começamos um projeto de uma forma e o modificamos todo durante seu desenvolvimento a um ponto em que o resultado final não tem nada a ver com o que tínhamos inicialmente imaginado? E o pior de tudo essa mutação ao longo do processo acaba prejudicando também a forma com que nosso projeto resolve de fato o problema do cliente e usuário, o que definitivamente não é uma coisa boa. É evidente que o projeto evolui conforme trabalhamos nele – muitas vezes se modificando completamente! – mas ele deve ter essa evolução guiada por uma ou algumas ideias fortes principais, que vão garantir que o resultado final seja excelente!

Passo 5. Definição de um Partido

A seleção de uma ou várias ideias fortes principais nos ajudam a direcionar nossos esforços de projeto, mas somente o desenvolvimento e seleção de um partido arquitetônico igualmente forte e pertinente vai garantir que consigamos resolver com sucesso os problemas de arquitetura que nos foram impostos. Um partido arquitetônico forte e bem conceituado vai nos livrar de muita dor de cabeça e retrabalhos, e certamente vai resultar num produto final mais próximo daquilo que havíamos idealizado.

Passo 6. Desenvolvimento do Projeto

O desenvolvimento talvez seja a parte mais chata e trabalhosa de todo o processo: nos desgastamos intelectualmente resolvendo detalhes de “planta” menos importantes para a espacialidade geral do projeto e ainda passamos horas desenhando, redesenhando, modelando e maqueteando. É justamente nessa etapa que muitas pessoas se atrapalham bastante com relação aos prazos, o que acaba gerando projetos de ideia e partido fortes, mas tão mal desenvolvidos que acabam resultando em projetos ruins ou medíocres.

Passo 7. Apresentação

Você pode ter um conceito forte, um partido arquitetônico excelente alinhado com o conceito, um projeto desenvolvido minuciosamente em que tudo está funcionando perfeitamente, mas se você não souber como apresentá-lo é bem provável que você vá passar por dificuldades na hora de defendê-lo.

É também provável que um outro projeto pior resolvido mas melhor apresentado seja mais impactante que o seu! A apresentação é tão importante que quando mal feita ela tem o poder de arruinar um bom projeto, e quando bem feita ela tem o poder de melhorar absurdamente um projeto ruim! Não devemos negligenciá-la jamais.

Simples, não? Se você deseja aprofundar os conhecimentos de cada um dos passos clique agora mesmo sobre eles: cada um foi desmembrado em um artigo específico e com bastante detalhes e dicas úteis! Como dito anteriormente, assim que todos estiverem finalizados e publicados vamos compilá-los em um arquivo pdf único, um ebook, e disponibilizá-lo para download gratuito. Não precisamos nem dizer que as pessoas que já se inscreveram para receber notificações de novos artigos diretamente no email vão ser as primeiras a receberem ele né? Fique ligado e nos siga nas redes sociais, vamos atualizando diariamente o andamento e publicação destes novos artigos por lá também!

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