
A dor nos rins pode indicar diferentes problemas de saúde, como alterações nas funções do próprio rim, infecções ou problemas de coluna, que podem causar diferentes sintomas, como dor, alterações na cor da urina e ardor ao urinar. O tratamento da dor é feito de acordo com a causa do problema, podendo incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, antibióticos, repouso e massagem.
Principais causas da dor nos rins
A seguir estão listadas as principais causas da dor nos rins e o que fazer para aliviar e tratar o problema.
1. Pedras no rins
A presença de pedras no rins provoca o aparecimento de dor intensa que pode direcionar-se para a barriga ou órgão genital, dor ao urinar e urina rosa, avermelhada ou marrom, devido à presença de vestígios de sangue.
Como tratar: O tratamento é feito de acordo com o tipo de pedra formada, podendo incluir uso de remédio analgésicos, alterações na alimentação ou tratamento a laser, que quebra as pedras em pedaços menores, facilitando a eliminação pela urina.
Veja mais em: Tratamento para Pedra nos Rins.
2. Infecção
Os sintomas de infecção nos rins são dor forte no fundo das costas, dor e ardor ao urinar, vontade frequente de urinar e urina com cheiro forte.
Em alguns casos também pode ocorrer febre, calafrios, náuseas e vômitos.
Como tratar: Deve-se ingerir bastante água para ajudar a eliminar o micro-organismo causador da dor e fazer uso de antibióticos, de acordo com a orientação do médico clínico geral ou urologista.
3. Cisto ou rim policístico
Os sintomas de cisto no rim só aparecem quando o cisto já é grande, podendo causar dor, urina com sangue, pressão alta e infecções urinárias frequentes. Como tratar: O tratamento deve ser recomendado por um nefrologista e pode ser feito com o uso de medicamentos, quando o cisto é pequeno, ou através de cirurgia, que é feita para remover os cistos maiores.
4. Câncer
A dor causada pelo câncer de rim normalmente só aparece em estágios avançados da doença, e é caracterizada por dor na região lateral da barriga e nas costas, e sangue na urina.
Como tratar: O tratamento é feito com um médico oncologista e depende do estágio do tumor, podendo incluir cirurgia, crioterapia, radiofrequência e uso de medicamentos para aliviar os sintomas.
Os tumores renais normalmente não respondem bem à quimioterapia e à radioterapia.
5. Hidronefrose
É o inchaço do rim devido ao acúmulo de urina, causando dor no fundo das costas, urina com sangue, febre e calafrios. Como tratar: Deve-se ir ao médico para retirar a urina acumulada e identificar a causa do problema, que pode ser pedras nos rins, infecção urinária severa ou presença de tumor nos rins. Veja mais em: Hidronefrose.
6. Trombose ou isquemia da veia renal
É quando não chega sangue suficiente para o rim, causando morte das células e dor. É semelhante ao que acontece no AVC ou quando se tem um infarto. Como tratar: Apenas exames médicos podem detectar o problema, e o tratamento pode ser feito com o uso de medicamentos ou cirurgia, dependendo da gravidade do problema.
7. Lesões e pancadas
Lesões e pancadas nas costas, especialmente na altura da cintura, podem causar inflamação e dor nos rins. Como tratar: Colocar uma bolsa de água quente nas costas e repousar, podendo-se utilizar também remédios analgésicos. Se a dor persistir, deve-se procurar ajuda médica.
Dor nos rins na gravidez
A dor nos rins na gravidez geralmente é causada por alterações na coluna, devido ao esforço que a gestante faz pelo peso da barriga.
Raramente ela está relacionada a alterações renais, mas em casos que também existe dor ao urinar, deve-se consultar o ginecologista para identificar a causa do problema e evitar complicações.
Para aliviar, pode-se colocar uma bolsa de água quente na região dolorida e ficar recostada numa poltrona confortável, com os pés elevados. Essa posição alivia a dor nas costas e desincha os pés. Veja mais em: Dor nos rins na gravidez.
Quando ir ao médico
É recomendado buscar ajuda médica sempre que a dor nos rins for muito forte, impedindo a realização das atividades da rotina normal, ou quando a dor se torna frequente. Embora haja muitas causas de dor nos rins, muitas vezes ela também pode estar relacionada a problemas de coluna, e por isso a fisioterapia também pode ser uma opção de tratamento.
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Fascite plantar, a intensa dor no calcanhar que afeta de sedentários a atletas e amantes do salto alto
Keila Guimarães De São Paulo para a BBC Brasil
Direito de imagem Yuri Arcours/Getty Images Image caption As causas da fascite plantar são várias e podem estar tanto no sedentarismo e quanto na atividade física sem orientação adequada
De manhã, ao dar os primeiros passos para ir ao banheiro, há uma forte fisgada na planta do pé. Ao longo do dia, a dor diminui, mas pode voltar em intensidade quando um longo período de repouso é interrompido. Se você reconhece os sintomas acima, pode sofrer de fascite plantar, inflamação na região da sola do pé.
A fáscia plantar é um tecido que começa no calcanhar e se estende por toda a planta do pé. Esse tecido serve de amortecedor e dá sustentação ao arco plantar, aquela “curva” na sola do pé que, ao pisar, não toca no chão. Quando há a inflamação da fáscia, ela ocorre geralmente na região do calcanhar.
O processo inflamatório gera diferentes limitações, como dificuldades para o caminhar, para a prática de atividades físicas e para o lazer em geral. “Impacta muito a qualidade de vida”, disse à BBC Brasil Marco Antonio Gonçalves Pontes Filho, reumatologista no Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
De acordo com o médico, não há estudos sobre o número de pessoas que sofrem com o transtorno. No entanto, diz que há cada vez mais pacientes buscando tratamento.
As causas da fascite plantar são várias e podem estar tanto no sedentarismo e quanto na atividade física sem orientação adequada. Ela pode ser causada por trauma repentino, como o provocado pelo início ou intensificação de uma atividade física de alto impacto. Mas também pelo desgaste ao longo de vários anos, decorrente, por exemplo, da má postura ao caminhar ou da obesidade.
O uso de sapatos pouco confortáveis, como o salto alto, também pode gerar tensão na fáscia e desencadear o processo inflamatório, cuja recuperação é lenta e, nos casos mais graves, demanda cirurgia.
“A fascite plantar é uma inflamação da origem da planta do pé, principalmente por questões traumáticas, ou seja, sobrecarga de exercícios e de atividades que geram impacto na região do calcanhar. O ganho de peso recente também contribui para esse processo inflamatório porque sobrecarrega a região da fáscia”, explica.
Sobrepeso
Uma das causas pode ser o aumento de peso da população brasileira. De acordo com dados do Ministério da Saúde, uma em cada cinco pessoas no Brasil está com excesso de peso, e o cenário vem piorando. Em dez anos, o percentual daqueles que sofrem com sobrepeso saltou sete pontos percentuais, de 11,8% da população em 2006 para 18,9% em 2016.
“O sobrepeso já predispõe uma fascite, porque as nossas estruturas anatômicas e musculares estão dimensionadas para o nosso corpo. Mas, com o sobrepeso, o indivíduo está carregando carga além da prevista e isso favorece essa inflamação”, afirma Henrique Jatobá, chefe da fisioterapia do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que atua com atletas de alta performance e recreacionais.
Image caption Maior parte dos brasileiros é sedentária, o que contribui para a fascite plantar | Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília (https://flic.kr/p/sf1b9C)
Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada em maio, mostra que 100,5 milhões de brasileiros – ou 62,1% da população – não praticam nenhuma atividade física. Com um alto número de pessoas sedentárias, a incidência de sobrepeso deve continuar crescendo, o que pode contribuir para mais casos de fascite plantar.
Maratonistas de primeira viagem
Por outro lado, a prática de atividades físicas sem o devido acompanhamento também contribui para novos casos. “Na prática corriqueira de consultório, quem geralmente apresenta a inflamação é aquela pessoa que aumentou a intensidade de um treino físico repentinamente ou iniciou um exercício sem alongamento adequado. Essas ações prejudicam a fáscia”, explica Pontes Filho.
O início súbito de exercícios de alto impacto, como a corrida de rua, o crossfit ou outra modalidade que impacte o calcanhar diretamente, também podem levar à fascite. “Tenho visto um aumento grande de pacientes que vão buscar o consultório por traumas gerados por treinamentos de corrida. As pessoas acordam e acham que podem começar a correr da noite para o dia”, diz Jatobá.
O fisioterapeuta do COB alerta sobre a importância de uma checagem completa com um especialista antes de iniciar qualquer modalidade. Identificar, por exemplo, o seu tipo de pé pode ser fundamental para evitar lesões. “As pessoas compram um tênis de corrida caro sem saber se é o adequado. Mas há diferentes tipos de pé, e a compra do sapato incorreto pode causar traumas”, alerta.
Em outros casos, quando o indivíduo está com sobrepeso e decide iniciar uma atividade física, um programa muito intenso pode sobrecarregar diferentes partes do corpo, incluindo o calcanhar, podendo levar à fascite. “Às vezes a pessoa precisa perder peso antes de começar uma atividade de impacto”, explica Jatobá.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da fascite é feito pelo médico ao examinar o paciente no consultório. Exames como ressonância magnética e raio-X não conseguem detectar a fascite plantar e podem ser empregados para descartar outras doenças, explica Pontes Filho.
Se a fascite é diagnosticada, os médicos entram com terapias para aliviar a dor, como prescrição de analgésicos e acupuntura, além de anti-inflamatórios. Exercícios de alongamento antes de levantar da cama auxiliam na maioria dos casos. Para alguns pacientes é recomendado também o uso de uma órtese noturna para a hora do sono.
Em casos mais extremos, podem ser necessárias infiltrações de glicocorticoides na região da fáscia. Porém, seu uso deve ser evitado ao máximo, uma vez que pode causar complicações como a ruptura da fáscia. Outra possibilidade para casos mais severos são as terapia por ondas de choque (ESWT), indicada a pacientes que não responderam a nenhuma das terapias acima.
Opções cirúrgicas para liberação da fáscia plantar são reservadas para pacientes que não responderam a nenhuma outra opção de tratamento. O pós-operatório, no entanto, pode demorar meses e não há total garantia que o problema será resolvido – a taxa de sucesso varia de 70% a 90%.
Como prevenir
Image caption No cuidado com a fascite, quanto mais confortável, melhor
Utilizar sapatos confortáveis é algo que todo mundo deveria fazer.
Para quem não abre mão do salto, a recomendação é deixar esse tipo de calçado apenas para locais específicos, como o escritório, e utilizar opções como tênis e sapatilhas no deslocamento da casa ao trabalho.
Para homens e mulheres, o importante é usar sapatos com um bom sistema de amortecimento.
Aos que praticam exercícios, é necessário alongar sempre antes e depois do treino e escalonar as atividades. “Por exemplo, a pessoa estava correndo 1km por dia e passa a correr 10km – a fáscia não estava pronta para esse aumento súbito”, explica Pontes Filho.
Manter todos os grupos musculares bem trabalhados também é importante – desenvolver apenas um grupo pode gerar assimetrias e causar lesões em diferentes partes do corpo, levando à fasciíte e a outros transtornos. Realizar uma avaliação inicial para ter um treino individualizado evita traumas e lesões. Além disso, é importante evitar ganho rápido de peso.
Segundo o site do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS), além da obesidade e das atividades físicas de forte impacto, a idade também é um fator de risco para a fasciíte plantar, mais comum entre 40 e 60 anos.
A anatomia do pé, com um arco muito elevado, por exemplo, é outro fator de risco, bem como uma postura desequilibrada ao andar que, ao longo dos anos, põe estresse adicional no calcanhar.
Profissionais que passam muito tempo de pé ou caminhando também estão no grupo de risco de longo prazo.
“Muitos problemas acometem o pé: infecções, fraturas do calcanhar por estresse, tendinites. Por isso o paciente precisa ter cuidados específicos com essa região”, diz o reumatologista do HC. “Em caso de dores, quem faz o diagnóstico é o especialista”, reforça.
Como Aliviar Dor nos Rins
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1
Beba muito líquido. O aspecto mais importante ao tratar o desconforto renal é a ingestão de muita água, bebendo de dois a três litros por dia quando saudável, e um pouco mais para ajudar a fazer com que a pedra desça.
[5] A água auxilia a remoção das bactérias e tecidos mortos dos rins; a urina que fica estagnada neles também é um local propício para o crescimento bacteriano.
Ao consumir muita água, é possível manter uma circulação contínua através dos rins, evitando que os microrganismos cresçam e se multipliquem.[6]
- Um pequeno cálculo renal (menor que 4 mm) também poderá ser eliminado de maneira espontânea através da urina, se ela estiver sendo produzida em grande quantidade.
- Limite a ingestão de refrigerantes, cafeína e chás para no máximo uma ou duas xícaras por dia.[7]
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2
Repouse bastante. Às vezes, deitar e descansar na cama é a melhor maneira de diminuir a dor.[8] Se o incômodo for causado por uma lesão ou um cálculo renal, o excesso de movimentação ou de exercícios poderá fazer com que o rim sangre.[9]
- Deitar de lado pode piorar as dores renais.[10]
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Aplique calor sobre os rins para reduzir os incômodos. Uma compressa ou almofada quente pode ser aplicada sobre o local dolorido para que a pessoa obtenha alívio temporário. O calor melhora a circulação sanguínea e reduz a sensação dos nervos, diminuindo o desconforto. Essa técnica é ainda mais útil se a dor for causada por um espasmo muscular.[11]
- Não exagere na aplicação de calor, pois há o perigo de causar uma queimadura. Pegue uma compressa quente ou mergulhe uma toalha em água quente (não fervente).
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Use medicamentos analgésicos. Alguns anti-inflamatórios de venda livre podem combater esse tipo de dor, como acetaminofeno e paracetamol, que são frequentemente recomendados em cálculos e infecções renais.[12] Antes de tomar qualquer remédio, no entanto, consulte um médico, já que alguns possivelmente aumentam os problemas ou interagem com outras condições médicas.[13]
- Evite tomar aspirina. Ela aumenta o risco de sangramento e pior qualquer obstrução vascular que existir (como cálculos renais).
- Os AINEs (anti-inflamatórios não esteroides) também são perigosos para indivíduos com insuficiência renal. Não consuma ibuprofeno ou naproxeno caso tenha algum transtorno renal, ao menos que tais medicamentos sejam recomendados pelo médico.[14]
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Pergunte ao médico sobre os antibióticos. Esses remédios deverão ser usados caso o paciente apresente qualquer tipo de infecção no trato urinário. Os cálculos renais podem “prender” urina nos rins, causando, por sua vez, crescimento bacteriano que leva a uma infecção. Se esse for o caso, o profissional receitará um antibiótico.[15]
- Os antibióticos a seguir são os mais usados para esse tipo de infecção: Cefalexina, Trimetoprima, Nitrofurantoína e Ciprofloxacino. Em infecções leves e médias, os homens devem consumir antibióticos por dez dias, enquanto as mulheres, por três dias.
- Sempre tome os remédios pelo tempo recomendado pelo médico, mesmo ao se sentir melhor e perceber que os sintomas estão desaparecendo.
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Evite o excesso de vitamina C. Na maioria dos casos, a vitamina C é muito benéfica ao corpo humano, principalmente em relação às cicatrizações de lesões e ossos.
No entanto, o excesso de vitamina C é convertido para oxalato nos rins; o oxalato pode se tornar um cálculo renal, logo, evite o excesso desse nutriente caso tenha predisposição em formar pedras ou possui um histórico dessa condição na família.[16]
- Indivíduos suscetíveis à formação de pedras de oxalato e cálcio devem limitar o consumo de alimentos ricos nesse mineral, como chocolate, café, refrigerante, beterraba, ervilhas, espinafre, morangos, nozes, farelo de trigo, ruibarbo, salsa e chá.[17]
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Beba suco de cranberry (oxicoco) regularmente. O suco de cranberry é um remédio natural excelente para combater infecções renais e no trato urinário. Ele começa a agir dentro de oito horas após o consumo, evitando que bactérias se reproduzam e se colonizem. Além disso, ele ajuda a dissolver pedras constituídas de estruvita e brushita.[18][19]
- Não tome o suco de cranberry caso esteja sofrendo com um cálculo renal, já que ele é rico em oxalato e contém bastante vitamina C.
Quais as causas de dor nos rins? Beber bastante água evita problema?
O consumo adequado de líquidos é importante para evitar problemas nos rins
Junto ao cérebro, coração, fígado e pulmões, os rins integram o grupo de órgãos mais importantes para a nossa sobrevivência. Talvez isso explique a intensidade com a qual eles se manifestam quando algo não vai bem.
Uma vez detectado algum problema no sistema urinário, a mensagem é clara: você sente uma dor aguda na parte inferior das costas, e ela é tão forte e constante que fica impossível de ignorá-la. Nessas horas, a melhor saída é ir direto para o pronto-socorro.
Antes de saber quais são as principais causas da dor nos rins, é preciso esclarecer onde se localizam essas estruturas e quais suas funções. Situadas ao lado da coluna vertebral, eles têm a forma de um feijão e medem de 10 cm a 12 cm de comprimento.
Os rins se conectam por meio de artérias e veias aos vasos sanguíneos mais importantes do seu corpo –a artéria aorta e a veia cava — e também se ligam à bexiga por meio de um tubo fino chamado ureter.
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Qual a função dos rins?
Agora vejamos como é que os rins trabalham. Todos os dias, tudo o que você come e bebe gera um lixo (toxinas) que vai direto para o sangue. Os rins, juntamente com o fígado, são encarregados de limpar (filtrar) toda essa sujeira. Para executar essa tarefa, eles são dotados de minúsculos filtros (néfrons). Todos os fluídos extras são expelidos na urina).
- Enquanto a faxina é feita, os rins também regulam a quantidade de substâncias como o sódio, dosam o cálcio, avisam o corpo sobre a produção de células sanguíneas (hemoglobinas) encarregadas de espalhar o oxigênio pelo corpo e ainda controlam a pressão.
- O que gera a dor
- Apesar de a filtragem e a drenagem serem as funções mais importantes dos rins, o que geralmente se relaciona com a dor nos rins é uma atividade menos nobre: a produção da urina.
Para descartar o que não serve, os órgãos têm canais que se confluem –formando o ureter — e drenam, por meio de contrações musculares, o xixi até a bexiga. Quando falamos em dor nos rins ou cólica renal, ela se relaciona à dificuldade de levar a urina para a frente.
Causas comuns e incomuns
Quase sempre, o desconforto está associado a um bloqueio. A urina que devia descer pelo ureter fica parada (estase) e, conforme o xixi continua sendo produzido, gera inchaço e mal-estar. As principais obstáculos para a drenagem da urina são as pedras ou cálculos,formados pela concentração de substâncias como cálcio, ácido úrico etc.
O problema é mais comum entre os homens: um em cada 10 terá uma crise de cólica renal ao longo da vida, enquanto as mulheres serão afetadas em uma proporção de uma em cada 35.
É importante salientar que as pedras podem estar nos rins sem que a pessoa sinta dor alguma. Porém, ao eliminá-las, os órgãos sofrem uma pressão para forçar a passagem pelo ureter. É aí que aparece o desconforto intenso.
Mas há outros fatores que levam à dor nos rins:
– Pielonefrite É uma infecção causada por bactéria que se instala na bexiga e avança até alcançar os rins.
A dor é aguda, o quadro é grave e pode até levar a uma septicemia (infecção generalizada do sangue). Nesse caso, a dor renal é mais contínua e está associada à febre e à perda de apetite.
Nos casos de uma infecção de urina, acompanhada de dor lombar forte, é preciso investigar.
– Endometriose Quando a doença se localiza próxima ao canal por onde passa a urina, ele se estreita, dificultando a passagem do líquido. Nessas situações, trata-se de uma obstrução que ocorre fora do canal (extrínseca) –algo pressiona a região e a dor aparece.
– Genética Algumas pessoas já nascem com uma obstrução. Isso também gera a dor.
Causas mais raras:
– Tumor renal Quando ele está em crescimento, é possível sentir uma dor leve e contínua, que aparece e desaparece. Às vezes, a sensação dolorosa é mais forte.
Mas é preciso lembrar que em cada 10 pessoas, sete não sentem absolutamente nada. Em geral o problema é descoberto em um exame de rotina. A maior parte das pessoas, quando o sintoma se manifesta, verá sangue no xixi.
A dor, nesse caso, só aparece nos casos mais avançados.
– Cistos hemorrágicos Na hora do sangramento, você pode sentir dor, que é confundida com dor renal, mas aparece sempre junto a uma queda de pressão e sangue na urina.
– Infarto renal Pessoas com mais idade, pressão alta, colesterol elevado e diabetes correm maior risco de ter um infarto renal. Como os rins estão conectados a artérias, uma delas pode se fechar. Isso provoca uma dor aguda que só vai passar após atendimento médico.
- 8 sinais de que você bebe menos água do que precisa
O que esperar da consulta
Na grande maioria das vezes, uma pessoa com dor nos rins será examinada em um pronto-socorro.
Se esta é a primeira vez que isso acontece com você, saiba que é preciso observar as características da dor, isto é, entender como a sensação dolorosa se manifesta.
Ser capaz de descrever o que sente para o médico ajudará a descobrir mais rapidamente o que está acontecendo.
Os especialistas revelam que muitos pacientes chegam ao consultório achando que estão com um problema renal devido a um mito popular. Basta a pessoa ter uma dor nas costas que descreve ao médico como dor nos rins. Mas, após o exame, é diagnosticada apenas uma lombalgia, ou seja, dor na musculatura lombar.
Como diferenciar a dor nos rins da dor lombar
– A dor nos rins (dor renal em cólica ou cólica renal) aparece do nada (é aguda) e vem em salvas, ou seja, é forte, melhora, depois volta. Sobe, desce e é intensa. Pode estar associada a náuseas, vômitos e sangramento na urina. Você se revira em dor e ela não passa. Nas mulheres a sensação pode irradiar até a vagina; nos homens, até os testículos.
– Dor lombar (ou lombalgia) aparece de vez em quando e pode ser uma sensação de peso, pontada ou queimação. A mais comum é em pontada. É mais fraca e quase sempre está associada ao movimento. O incômodo é mais forte ao abaixar ou ao fazer as atividades do dia a dia.
Exames que o médico pode pedir
Depois de ouvir a história do paciente e examinar seu corpo, o primeiro exame que o médico pode pedir é um ultrassom para investigar a existência de uma pedra. Mas o teste que define a localização e o tamanho do cálculo é a tomografia computadorizada.
Ainda deve ser feito um exame de urina que, em 90% dos pacientes com cólica renal, está alterado e revela a presença de sangue que não pode ser visto a olho nu.
Como é o tratamento
Quando se confirma a cólica renal, geralmente o paciente está no hospital e a primeira providência é controlar a dor. Para isso, o tratamento indicado é o uso de analgésicos e anti-inflamatórios.
Para quem busca uma solução caseira, os especialistas dizem que, infelizmente, não há nada a ser feito. Um banho de banheira ou uma compressa quente aliviam, mas só por pouco tempo.
Como prevenir a dor nos rins
A causa mais comum das cólicas renais são as pedras, e algumas providências reduzem as chances de uma recaída. A orientação geral, que serve para todo tipo de cálculo, é tomar bastante líquido.
Existe até uma fórmula para saber a quantidade ideal para você. Basta multiplicar 30 ml pelo total de seu peso. Por exemplo, se você pesa 70 kg, deve tomar 2,1 litros (30 ml x 70 kg =2,0 litros).
Outra boa forma de saber se você está se hidratando corretamente é observar a cor do seu xixi. Se ele estiver claro na maior parte do tempo, está tudo certo. Mas se for amarelo escuro ou laranja, é sinal de que você está bebendo pouca água.
Evite bebidas que ajudam a formar pedras
A pergunta que vem em seguida é: mas nessa conta entra somente água ou podemos incluir todo tipo de líquidos? A resposta é sim, podemos considerar tudo! As únicas exceções são as bebidas que ajudam a formar as pedras. Então, evite consumir em excesso:
- Refrigerantes;
- Isotônicos;
- Chá-preto.
Alguns alimentos e nutrientes podem promover ou inibir a formação de pedras. Quando identificada a origem ou uma tendência ao cálculo, a dieta deve ser personalizada, mas ela sempre será uma grande aliada do combate à dor nos rins.
Entre os nutrientes que levam à formação de cálculos temos o cálcio em excesso ou a sua falta, ácido úrico, oxalato, excesso de proteínas e sódio. Como fatores que inibem sua produção contamos com o citrato, magnésio, potássio, além da ingestão adequada de cálcio, fibras, bem como líquidos para manter a urina clara.
Regras gerais da nutrição para todo o tipo de cálculo
– Consuma menos proteína e menos sódio: para isso, retire o sal da mesa, controle o consumo de carnes e evite ao máximo os embutidos (linguiças, salsichas etc.), enlatados e alimentos industrializados.
– Aumente a ingestão de fibras: frutas, hortaliças, legumes, leguminosas e cereais integrais são boas fontes da substância.
Se o médico já identificou o cálculo que está causando a dor nos rins (veja abaixo os tipos mais comuns), controle o consumo de alimentos, de acordo com cada tipo:
Pedra de cálcio
- Ingira a quantidade ideal do mineral: 1000 mg a 1200 mg por dia. Leite e derivados, vegetais verde-escuros (rúcula, couve, espinafre) e peixes são boas fontes do nutriente;
- Atente-se à boa ingestão de água;
- Modere a ingestão de oxalato (veja abaixo).
Oxalato
- Evite comer espinafre, beterraba, oleaginosas, chocolate, chá-preto;
- Controle o consumo de vitamina C. A ingestão de altas doses dela aumenta o risco de cálculos de oxalato;
- Capriche na hidratação.
Ácido úrico
- Fuja de alimentos ricos em purinas como miúdos e carne vermelha em excesso;
- Evite bebidas alcoólicas, sobretudo a cerveja;
- Reduza o consumo de frutose (açúcar contido nas frutas).
Aposte em alimentos protetores:
- Tomar duas a três xícaras de café ao dia reduzem o ácido úrico;
- Vitamina C em baixas doses (até 500 mg) também controlam o ácido úrico;
- Coma mais banana, que é rica em magnésio e evita ou reduz a formação dos cristais de oxalato de cálcio;
- Aposte em sucos cítricos diluídos em água (limão, acerola) para aumentar a ingestão de citrato, que inibe a produção de pedras.
Quando a dor não passa…
Se nem os medicamentos e nem as mudanças na dieta e no estilo de vida adiantarem, é possível que o seu médico sugira a remoção das pedras por meio de ultrassom ou endoscopia. Raramente se faz necessária uma cirurgia convencional.
E os casos só aumentam
A Associação Americana de Urologia (AUA, na sigla em inglês) publicou em 2014 uma guia em que relata o aumento de casos nas últimas décadas, relacionando o problema à dieta, ao avanço da síndrome metabólica –a pessoa tem pressão alta, elevadas taxas de colesterol e açúcar no sangue e excesso de gordura na linha da cintura –, doenças crônicas como o diabetes e a obesidade, além do aquecimento global e a resistência aos antibióticos. Todos esses fatores também se conectam às doenças do coração, à hipertensão (pressão alta) e ao diabetes.
Na síndrome metabólica, a questão central é a resistência insulínica, que envolve algumas questões como a menor capacidade de excreção de ácido úrico. Outra questão apontada é a alta ingestão de carboidratos, que eleva a excreção de cálcio pela urina. Contudo, ainda não se sabe o que vem primeiro: as pedras ou todas essas doenças.
Segundo o documento da AUA, a impressão que se tem é que os cálculos podem ter efeitos duradouros ou decorrem de fatores de risco cardiovascular. Saber disso, talvez, pode ajudar as pessoas a entenderem que a cólica renal seja um evento sentinela. Isso significa que a dor nos rins pode ser a ponta do iceberg de algum outro problema maior que merece ser observado.
A boa notícia é que, embora os estudos com forte evidência científica sejam poucos, eles são suficientes para garantir que as pedras podem e devem ser prevenidas. Se é assim para elas, também é para as terríveis cólicas renais.
Fontes: Alex Meller, urologista e médico assistente da disciplina de urologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp); Flavio Trigo Rocha, urologista, professor livre-docente de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU-SP); Isolda Prado, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
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Dor: alívio sem remédio
Fernando Pessoa já admitia: “O poeta é um fingidor/ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente”. O famoso escritor português condensou, nesses quatro versos, a mais aflitiva e democrática manifestação de que algo não vai bem no corpo humano.
Uma experiência pela qual todo mortal irá passar e que, tantas vezes, se torna um suplício crônico. Pois saiba que não é exagero poético afirmar que a humanidade, mais precisamente os brasileiros, anda cada vez mais dolorida.
Que o diga um levantamento inédito feito pela área de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Editora Abril em parceria com a empresa MindMiners, encomendado por SAÚDE.
Mais da metade dos 700 participantes do estudo reclama de dores constantes nas costas ou na cabeça. “Estamos falando de uma condição com enorme repercussão para o indivíduo, a sociedade e a economia”, analisa a anestesiologista Fabíola Peixoto Minson, do Centro Integrado de Tratamento da Dor, em São Paulo.
Que fique claro: uma coisa é sentir dor depois de um esforço físico ou uma pancada. Outra, bem diferente, é esse martírio se perpetuar por meses ou anos.
“Por motivos ainda desconhecidos, na dorcrônica o organismo continua emitindo informações de que algo está errado”, explica a bióloga Camila Dale, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP).
A saída comum para abreviar o sofrimento são os remédios – na pesquisa, 62% disseram engolir comprimidos antes de consultar o médico. Ora, boa parte de analgésicos e anti-inflamatórios pode ser comprada sem receita na farmácia.
“Só que o uso incorreto dessas drogas pode mascarar sintomas de um problema grave e causar danos em rins, fígado e coração“, alerta a anestesiologista Alexandra Raffaini, da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor.
Segundo a consultoria IMS Health, quatro dos dez fármacos mais vendidos no Brasil são justamente para tratar a dor. Numa parcela dos casos, porém, ela não vai embora.
Além dos remédios
Lamentamos informar, mas a maioria dos remédios não funciona a contento quando a dor é do tipo corriqueiro. Esse fracasso foi escancarado por uma nova revisão do Instituto George para a Saúde Global, na Austrália.
Os experts avaliaram dados de 6 mil voluntários incluídos em 35 trabalhos com o propósito de testar o poder dos anti-inflamatórios. A conclusão mostra que só um em cada seis sujeitos obtinha algum alívio. “Passei 20 anos prescrevendo fármacos e nunca consegui uma resposta sustentável.
Entramos agora numa era em que a medicina está mais focada no estilo de vida equilibrado”, contextualiza o neurologista Pedro Schestatsky, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
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Se comprimidos, sozinhos, não silenciam as manifestações dolorosas de uma vez por todas, onde deveríamos depositar nossas esperanças? A aposta recai sobre um esforço conjunto entre médicos, fisioterapeutas, psicólogos, educadores físicos e nutricionistas.
A ideia é lançar mão de diversas técnicas e mudanças na rotina que, juntas, farão as pontadas atenuarem ou sumirem.
“Hoje não dá pra imaginar o combate às dores crônicas sem o auxílio de vias não medicamentosas, ajustes na dieta e prática de exercícios“, atesta o reumatologista José Eduardo Martinez, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Atenta a essa tendência, uma equipe liderada pelo Centro Nacional de Saúde Complementar e Integrativa dos Estados Unidos (NCCIH, na sigla em inglês) investigou quais terapias alternativas (massagem, acupuntura, meditação…) apresentavam o maior impacto na redução das dores mais prevalentes: nas costas, na cabeça, no pescoço e nos joelhos. “Esses quadros são a razão mais comum de se buscarem novas formas de tratamento. Daí a importância de saber quais estratégias dão certo”, diz o epidemiologista Richard Nahin, principal autor do documento. Você confere mais abaixo as estratégias que demonstraram provas sólidas de eficácia.
Tratamento integrativo
As terapias alternativas, como as analisadas pelo NCCIH, têm uma vocação para atuar no cérebro e em sua rede de nervos e reequilibrar o bem-estar mental. Assim, aplacam o estresse além da conta, um dos gatilhos e alimentos da dor crônica.
“Mais do que isso, esses métodos alteram a fisiologia do sistema nervoso, a fabricação de hormônios e a frequência cardíaca, fatores que influenciam na intensidade dos desconfortos”, explica a fisioterapeuta Juliana Barcellos de Souza, diretora da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor.
É lógico que, para o tratamento ser útil, o diagnóstico correto torna-se imprescindível. “O médico precisa avaliar o paciente, esquadrinhar sua história clínica e, se necessário, pedirá exames para apurar melhor a causa da dor“, conta o reumatologista Sebastião Radominski, da Universidade Federal do Paraná.
Até porque existem muitas doenças por trás de uma espetada frequente e limitante – pense em um tumor comprimindo os nervos da coluna, por exemplo.
Só uma investigação detalhada conseguirá flagrar a encrenca e orientar a escolha do tratamento ideal – no caso de um câncer, de nada adiantaria fazer ioga, massagem ou meditação sem apelar a recursos específicos contra a enfermidade.
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No rol das mudanças de estilo de vida, a alimentação vem ganhando papel de destaque. Em primeiro lugar, ajustes no cardápio promovem a perda de peso, e a obesidade, por si só, eleva os níveis de substâncias inflamatórias e patrocinadoras da dor na circulação sanguínea. Em segundo lugar, os quilos extras sobrecarregam as juntas.
“Perder 5% do peso já derruba em até 90% a progressão de males nas articulações”, calcula Radominski. Por fim, a qualidade da comida que ingerimos também regula a flora intestinal, o conglomerado de bactérias que habita o aparelho digestivo e ajuda a manter nossa saúde em dia.
“Sabemos que uma dieta desequilibrada estimula os micro-organismos a secretarem toxinas que agravam o quadro”, diz Schestatsky.
Diminuindo o incômodo
Convém esclarecer que os comprimidos contra a dor não devem ser relegados ao esquecimento. Dentro de um programa integrado e com acompanhamento, os remédios têm hora e vez. “Eles servem para tirar o paciente da crise e permitir que ele exerça suas atividades”, ressalta Fabíola.
Além dos anti-inflamatórios e dos opioides, duas das classes medicamentosas mais populares, antidepressivos e anticonvulsivos, podem ser prescritos para calar casos mais difíceis de controlar. O objetivo dos médicos é combinar e potencializar a ação das drogas e utilizá-las pelo menor período possível.
Preste atenção: a indicação e a manutenção do tratamento dependem do doutor. Nada de se automedicar.
Mesmo quando esse arsenal falha, ainda há meios de atenuar a aflição. Diversas cirurgias corrigem ossos, tendões e cartilagens. Procedimentos minimamente invasivos instalam eletrodos para bloquear ramos do sistema nervoso que entraram em parafuso.
Aliás, a ciência evolui a passos largos e dá pistas de que teremos boas notícias no futuro.
Além de novos princípios ativos, técnicas como a estimulação transcraniana, que joga feixes eletromagnéticos em áreas específicas do cérebro, e aplicações de laser para conter o processo inflamatório vêm sendo aperfeiçoadas nos últimos anos.
A única coisa que não tem cabimento é viver sofrendo. Algumas análises indicam que as pessoas demoram, em média, cinco anos para procurar ajuda especializada. É tempo demais! “Qualquer sintoma que desorganize sua vida merece ser investigado para acharmos uma solução”, reforça Martinez.
Lembra o poema lá do início do texto? Fernando Pessoa segue em frente: “E os que leem o que escreve/ Na dor lida sentem bem/ Não as duas que ele teve/ Mas só a que eles não têm”.
Entender a razão de existir de uma dor e aprender a melhor forma de silenciá-la permanece o conselho mais moderno para vencer esse mal que assombra tanta gente – no corpo e na alma.
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