
Nem todo mundo sabe reagir diante da seguinte situação: a pessoa que está sentada ao seu lado, de repente, se engasga e não consegue respirar. Afinal de contas, o que devemos fazer quando algo assim acontece conosco e não há mais ninguém para ajudar?
O Incrível.club preparou um guia detalhado para que você tenha em mente as dicas e saiba agir de imediato, sem vacilar, mas com o cuidado necessário com o fim de salvar a vida da pessoa engasgada.
Certo: A tosse é a forma mais eficaz de liberar as vias respiratórias e eliminar um pedaço de comida da traqueia. O melhor a fazer nessas situações é acalmar a pessoa engasgada, dizendo: “Calma, está tudo bem, tussa, tussa”.
Errado: Em casos assim, algumas pessoas tentam evitar a tosse, curvando as costas e tentando respirar pelo nariz. Isso não dá certo. Também não devemos beber água quando estamos engasgados. É preciso dar à vítima um copo de água depois que a tosse acabar e os demais sintomas tenham desaparecido.
Certo: Quando a vítima não consegue tossir, é preciso fazer com que ela incline o corpo para a frente e para baixo, golpeando com palmadas fortes, com a palma da mão aberta, entre as omoplatas (em direção à boca). É importante fazer os movimentos no sentido indicado na foto, e não com tapinhas comuns.
Errado: Você não deve bater nas costas da pessoa enquanto ela está com as costas retas, nem bater no engasgado com o punho fechado. Do contrário, o pedaço de alimento pode descer ainda mais, chegando a bloquear totalmente as vias respiratórias. Se a tosse reaparecer, pare de bater.
Aplicando a Manobra de Heimlich, os pulmões eliminam o ar que não é utilizado durante a respiração, o que ajuda a empurrar para cima o objeto pres.
Certo: Posicione-se atrás da vítima, abraçando-a. Feche o punho de uma das mãos e coloque-a sobre o abdômen da pessoa, entre o umbigo e as costelas inferiores.
Envolva o punho colocando a outra mão sobre ele. Em seguida, faça pressão em sua direção e para cima (por baixo do diafragma), num movimento parecido com um 'J'.
Repita o procedimento várias vezes, até que as vias respiratórias estejam liberadas.
Errado: Não bata nas costas da vítima, pois isso pode acabar piorando a situação. Você deve abraçar por baixo das costelas, nunca por cima, pois há o risco de quebrá-las. Se o engasgado for mais corpulento que você ou uma mulher grávida, abrace a pessoa por cima da barriga, na região das costelas inferiores.
Certo: caso a pessoa fique inconsciente, deite-a de costas. Sente-se sobre o quadril da vítima, de frente para ela.
Posicionando uma mão sobre a outra, coloque a base da palma da mão entre o umbigo e as costelas inferiores. Vigorosamente, empurre o estômago para cima, pressionando até o diafragma. Repita várias vezes até liberar as vias respiratórias.
Se após eliminar o objeto, a pessoa continuar sem respirar, comece rapidamente a respiração boca a boca. .
Errado: não devemos manter a vítima em posição vertical. Assim como não é indicado fazer a respiração boca a boca com o objeto ainda preso no interior da traqueia.
Caso você se engasgue, aplique em si mesmo a Manobra de Heimlich.
Certo: apoie-se sobre um objeto rígido e firme (a quina de uma mesa, uma cadeira ou numa varanda) e use o peso do seu próprio corpo para fazer pressão para cima e em direção à boca.
Errado: é difícil, mas tente não entrar em pânico. Quanto mais apavorado você ficar, mais ar irá entrar pela boca. E isso só faz com que o pedaço de comida seja empurrado mais para baixo. Não fique com a coluna reta e nem bata no peito ou nas costas.
A vítima é maior que você. Pode acontecer de o engasgado ser maior que você ou uma mulher grávida. Nesse caso, aplicando a Manobra de Heimlich, você deve abraçar a vítima na região das costelas inferiores, o mais perto possível do ventre.
Um bebê engasgado. Coloque o bebê de barriga para baixo sobre seu braço. Com o canto da mão, dê leves batidinhas, cinco ao todo, entre as omoplatas da criança.
Caso o pequeno tenha se engasgado com algo duro e estranho, coloque o bebê sobre seu braço, de barriga para baixo. Neste caso, a cabeça deve estar mais baixa que o tórax.
Com a mão livre bata suavemente entre as omoplatas do bebê.
Criança de mais de um ano engasgada. Posicione-se por trás da criança (se a vítima for muito pequena, fique de joelhos). Abrace-a pela cintura.
Coloque um punho fechado entre as costelas e o umbigo, com o polegar para dentro. A outra mão deve ficar por cima do punho, envolvendo-o.
Mova os cotovelos para os lados, empurrando o abdômen da criança num movimento ascendente, de baixo para cima.
Manobra de Heimlich: aprenda como ajudar uma pessoa engasgada!
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- Manobra de Heimlich: aprenda como ajudar uma pessoa engasgada!
- Ao ver uma pessoa engasgada não dá pra pensar muito, o socorro precisa ser imediato! Por isso, aprenda já como executar a Manobra de Heimlich – principal técnica de primeiros socorros para asfixia – seja em adultos, crianças, bebês ou até sozinha
Há alguns dias atrás passei pelo maior aperto: de repente me vi engasgada e sem conseguir respirar! Quem já passou por isso sabe que a sensação horrível, né?
Com a ajuda de uma amiga que estava comigo saí dessa situação, mas não consegui parar de pensar: será que minhas leitoras sabem como agir ao ver alguém engasgar? E mais: será que elas sabem executar corretamente a Manobra de Heimlich – principal técnica de primeiros socorros para asfixia em crianças e adultos?
Por isso, não pensei duas vezes ao escrever essa matéria! Quando o engasgo é pra valer e se mesmo depois de tossir algumas vezes a pessoa engasgada não consegue se livrar do alimento parado na garganta, é fundamental que a pessoa mais próxima entre em ação rapidamente, já que imediatamente a vítima fica sem ar, podendo a ficar também inconsciente e em apenas quatro minutos vir a óbito devido à súbita queda de oxigenação. Aliás, sabia que cerca de 300 mil pessoas morrem anualmente vítimas de engasgo por comida? Alarmante né!
É por isso que conhecer (e saber executar!) a Manobra de Heimlich é tão importante! A técnica – que induz uma tosse artificial e expele o objeto que esteja bloqueando a respiração da vítima – foi criada por Henry Heimlich em 1974 e hoje é mundialmente conhecida e repassada para alunos, brigadistas e profissionais em escolas, empresas e, principalmente, restaurantes e lanchonetes.
Aprendendo a Manobra de Heimlich em poucos passos
Ao notar que uma pessoa está engasgando o primeiro passo é se posicionar atrás dela, colocando a sua perna direita entre as pernas na vítima, de maneira que sua coxa fique posicionada abaixo do bumbum do acidentado.
Em seguida, envolva os braços em torno da cintura da pessoa, por baixo dos braços dela. Agora vem o detalhe importante: certifique-se de firmar um dos seus punhos fechados entre as costelas e o abdômen da vítima e, se houver dúvidas, siga a direção da linha do umbigo.
A posição das mãos também é importante: feche uma delas e posicione-a no local indicado com o polegar encostado ao corpo da pessoa engasgada.
Envolva o punho com a outra mão e inicie uma sequência de compressões abdominais, realizando movimentos para dentro e para cima.
Assim você vai aumentar a pressão interna no diafragma, expulsando o alimento que está causando a asfixia. Repita a manobra até que o alimento seja expelido.
Esse vídeo postado no YouTube pelo Corpo de Bombeiros de Pernambuco mostra exatamente como executar a Manobra de Heimlich em uma pessoa esgasgada. Aperte o play e confira!
E se a pessoa já estiver inconsciente?
Se depois de algum período sofrendo de asfixia a vítima ficar inconsciente, cansada ou se você mesmo já não tiver forças para mantê-la de pé, também é possível realizar a Manobra de Heimlich com o acidentado sentado ou deitado. Se a pessoa estiver sentada, realize a técnica como explicado anteriormente, agora, se ela estiver deitada, sente-se sobre seus joelhos, coloque uma mão sobre a outra no local indicado e faça movimentos bruscos de repetição até a retirada do alimento.
A vítima de engasgo é um bebê. E agora?
Calma, sem pânico! Vire-o de costas para você, inclinando a cabeça do bebê um pouco para baixo, sempre apoiado sobre suas coxas.
Bata entre as escápulas (um osso grande, par e chato, localizado na parte superior do tórax) com a parte hipotênar da sua mão – a base da sua mão, também chamada de “calcanhar”, próxima ao pulso. Realize esse movimento cinco vezes para desobstruir as vias aéreas.
Caso o bebê permaneça engasgado, vire-o de frente pra você e realize a Manobra de Heimlich usando os dedos médio e indicador e repedindo o movimento cinco vezes. Repita esse ciclo até o bebê expelir o alimento.
Estou sozinha. O que posso fazer?
Também é possível executar a Manobra de Heimlich mesmo se a pessoa esgasgada for você.
Tudo o que você precisa é colocar seu punho acima do umbigo, bem no meio das costelas e envolve-lo com a outra mão.
Depois, incline-se sobre uma cadeira ou bancada, conduzindo seu pulso em direção a si mesma, com movimentos fortes, secos e para cima. Se não conseguir, faça o movimento sem o pulso, diretamente na cadeira.
Manobra de Heimlich aprendida? É sempre bom saber, né?
Bjs,
Fabi Scaranzi
*Imagens: Pinterest
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Manobra de Heimlich: saiba como agir em caso de engasgo
shutterstock
Engasgo pode acontecer pela ingestão de alimentos mal mastigados ou pequenos objetos – mais comum em crianças
- Saber como agir corretamente em caso de engasgo pode ser fundamental para salvar a vida de alguém que está com as vias respiratórias obstruídas e dificuldade para respirar, seja por conta de um alimento, moeda, brinquedo, pedra ou qualquer outro objeto pequeno que tenha ficado entalado no local.
- Leia também: Depois de “morrer” por três minutos, bebê é salvo por técnica de ressuscitação
- Apesar de o engasgo ser uma situação delicada – já que, em casos mais graves, quando não há o socorro imediato, é possível que a pessoa seja asfixiada e até morra – há uma técnica capaz de atuar na desobstrução das vias aéreas superiores causadas por corpo estranho.
Conhecida como Manobra de Heimlich
, ela é classificada como o melhor método pré-hospitalar para essa finalidade. O procedimento induz o paciente a uma tosse artificial, que expele corpo estranho e assim desobstrui a traqueia da vítima.
Porém, antes de aplicar a manobra em alguém é possível levar em conta algumas características. Veja abaixo o passo a passo de como fazer.
Bebês e crianças engasgados
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Quando crianças de até um ano ficam engasgada, o ideal é realizar a manobra com o bebê de bruços, como mostra a imagem
- Deite a criança sobre seu braço, de bruços;
- A cabeça deve estar um pouco mais baixa que o tronco;
- Observar se tem algum objeto na boca que possa ser retirado com as mãos;
- Se não houver, deve-se incliná-la de costas, com a barriga sobre o braço, com o tronco mais baixo que as pernas, e dar cinco palmadas com a base da mão no meio das costas.
- Se ainda assim não for suficiente, deve-se virar a criança de frente, ainda sobre o braço, e efetuar compressões com os dedos médio e anular sobre o tórax da criança, na região entre os mamilos.
- Caso ainda não seja possível visualizar e retirar o objeto, as compressões devem continuar até a chegada do serviço de emergência.
Leia também: Nada de gelo ou pomada: saiba o que fazer em casos de queimadura
Pessoas acordadas
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Ao realizar a técnica em adultos, é importante fazer a manobra com firmeza e rapidez
- Posicionar-se por detrás da vítima, abraçar a vítima com apenas um braço;
- Fechar a mão, com o punho fechado e o polegar por cima. Posicionar a mão na parte superior do abdômen, entre o umbigo e a caixa torácica;
- Colocar a outra mão sobre o punho fechado bem firme;
- Puxar com força as mãos para dentro, como um abraço apertado, e também puxar para cima. Caso essa região seja de difícil acesso, como pode acontecer em obesos ou gestantes nas últimas semanas, uma opção é localizar as mãos sobre o tórax;
- Repetir a manobra por até cinco vezes seguidas, sempre observar se o objeto já foi expelido e se a vítima respira.
Em caso de pessoas desacordadas
- Sentar-se de frente para a vítima, sobre sua bacia ou pernas;
- Posicionar as mãos abertas, uma sobre a outra na região superior do abdômen, próxima ao tórax;
- Fazer uma forte pressão e também fazer movimentos para cima, utilizando o peso do corpo;
- Repetir quantas vezes forem necessárias.
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O que fazer quando seu familiar engasga e tem dificuldade para comer
Tempo de leitura: 2 minutos
A disfagia – termo técnico da medicina para descrever a dificuldade de engolir – é um sintoma muito comum em pessoas que estejam tratando alguma outra doença e, por conta dos remédios, do tratamento em si ou pela própria enfermidade, pode apresentar uma alteração no sistema digestivo.
Nem sempre a disfagia é acompanhada de dor. Quando o paciente, além da dificuldade, sente um incômodo doloroso ao se alimentar, damos o nome de odinofagia. Geralmente, esses casos estão relacionados com alguma inflamação na garganta, sendo bem distinta da disfagia.
Mas como proceder se isso está acontecendo com alguém próximo de você, como um familiar ou amigo?
O que fazer
A deglutição não acontece como um simples processo da gravidade. Para que seja possível ter uma alimentação adequada, o organismo produz movimentos que levam o alimento da sua boca até o estômago. De lá, ele deverá ser encaminhado ao intestino, até ser processado e estar pronto para o descarte.
No entanto, quando há algum problema nesse sistema, toda a alimentação pode ser prejudicada.
A disfagia pode acontecer quando há uma desordem neurológica, anatômica, muscular, farmacológica, esofagiana, entre outras.
O primeiro passo para melhorar é procurar um médico especialista. Nenhum paciente ou familiar que não esteja devidamente preparado para isso deve tentar diagnosticar os casos de dificuldade para engolir. Em alguns casos, os médicos precisam realizar alguns exames específicos para identificar as possíveis causas e indicar os melhores tratamentos.
Muitas vezes, o tratamento pressupõe uma equipe de especialistas, como um gastroenterologista, otorrinolaringologista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, entre outros. Tudo vai depender da causa para esse sintoma, pois ainda que ele represente sensações semelhantes em diferentes casos, a maneira de tratá-lo dependerá sempre do histórico de cada paciente.
Por estar ligados a tumores, AVC ou até mesmo refluxo gastroesofágico, é importante que a causa seja identificada para que ela não continue a desencadear a dificuldade para engolir.
Tratamento
É importante também que a alimentação seja adaptada às necessidades do paciente que apresenta essa dificuldade. Afinal, se ele não estiver recebendo os nutrientes necessários, poderá passar por um processo de desnutrição e desidratação, tornando-o mais vulnerável a outras doenças.
Alimentos sólidos devem ser triturados em partículas menores, sendo preferencialmente ingeridos com algum líquido. Se houver algum desconforto, desde que não esteja ligado a uma inflamação ou infecção, a ingestão de alimentos frios, como iogurtes e vitaminas, pode ajudar a aliviar as dores.
A variação no cardápio também se torna importante, buscando sempre equilibrar a melhor nutrição com novos sabores, pois a disfagia pode causar a perda de apetite, fazendo com que os pacientes deixem de querer se alimentar. Uma dieta com opções variadas, no entanto, pode despertar essa vontade de comer.
Quer saber mais sobre cuidados com a sua saúde e a de seus familiares? Veja nossos outros artigos no blog e agende sua consulta com um profissional da Central da Saúde!
Manobra Heimlich, como fazer? – Como desengasgar alguém – Manobra para desengasgar
Não é sempre que temos a oportunidade de salvar a vida de alguém, mas, quando a situação aparece, é importante saber o que fazer. Quando Cody Gelling, de nove anos, encontrou seu irmão de três anos Logan engasgando, se lembrou de uma aula de primeiros socorros que tinha feito.
Depois de tentar bater nas costas do irmão e não conseguir melhorar sua respiração, Cody realizou a manobra Heimlich – conseguindo tirar um pequeno anel que estava engasgando Logan.
“Isso mostra que nunca sabemos quando precisamos (do conhecimento de primeiros socorros)”, afirmou o instrutor de primeiros socorros de Cody.
Logan Gelling faz parte agora de uma longa lista de pessoas que foram salvas pela manobra, criada pelo médico Henry Heimlich em 1974.
Ele era um cirurgião torácico, e desenvolveu a técnica ao descobrir que o engasgamento era a sexta causa de morte mais comum nos Estados Unidos.
Heimlich então criou a manobra que levou seu nome, que tenta tirar a obstrução da garganta ou traquéia ao utilizar a força do ar que fica preso nos pulmões.
A técnica induz uma tosse artificial que expele o objeto que esteja bloqueando a respiração da vítima.
Quando uma pessoa está engasgando, a técnica ensina que deve-se posicionar atrás na pessoa, fechar o punho e colocá-lo com o polegar estendido entre o umbigo e o osso externo, fazendo força com a outra mão. A pressão feita sobre o diafragma expulsa o ar dos pulmões, liberando as vias aéreas.
Curiosamente, Heimlich, que atualmente tem 89 anos, só teve que realizar a manobra uma vez, em um restaurante. “Virei e vi um homem engasgando, então fiz a manobra e continuei com meu almoço”, afirma.
Para quem tiver o azar de engasgar sozinho, a manobra tem que ser adaptada, como a médica Marilyn Dover fez quando se viu sem conseguir respirar. “Fiquei em pé, coloquei minhas mãos fechadas no topo do meu abdômen, e contrai meu peito para expelir o ar dos meus pulmões”. Depois de fazer isso, Dover conseguiu tirar o pedaço de comida que estava fazendo com que ela engasgasse.
A foto no topo do texto é do filme Choke (Engasgar, em inglês), muito bom por sinal. [Telegraph]
Primeiros socorros: Como acudir uma pessoa engasgada | Familia
Aprenda quatro técnicas que podem ajudar a salvar a vida de alguém.
A sensação de ver alguém engasgando é desesperadora!
Quando minha filha mais velha tinha apenas poucos dias de vida, engasgou-se ao regurgitar. O fato de saber a técnica para desengasgá-la rapidamente representou a única chance de salvá-la naquele momento.
Neste artigo vamos explicar várias técnicas, que são diferentes quando aplicadas em adultos, gestantes, ou bebês.
1. Bebês de 1 ano ou menos
Incline a criança de bruços sobre o braço do adulto, segurando o queixo dela com a mão, incline o braço para que o corpinho da criança fique com a cabeça ligeiramente inclinada para baixo, dê 5 palmadas com o peso das mãos, não muito fortes, entre as escápulas da criança, que são ossos localizados na parte de cima das costas. Vire a criança de barriga para cima e faça 5 massagens entre o umbigo e o processo xifoide da criança, região conhecida como a “boca do estômago”, utilizando apenas os dedos indicador e médio, novamente 5 massagens. Repita o procedimento até que o bebê venha a expelir o objeto.
Atenção: não é indicado tentar a remoção do objeto com a mão, porque isso pode acabar empurrando ainda mais o objeto, causando uma obstrução total.
2. Adultos e crianças maiores
Primeiramente pode-se utilizar a técnica da Tapotagem: posicione a vítima em pé, com o tronco curvado para frente, com a sua mão em concha bata no meio das costas da vítima até que venha a expelir o objeto.
Se isso não ocorrer, utilize a técnica da compressão abdominal, conhecida como Manobra de Heimlich: posicione a vítima em pé, se posicione atrás dela com um pé entre os pés da vítima e o outro pé atrás, a uma distância de uns 40 cm um do outro.
Posicione uma das mãos fechada, com o polegar fechado, sobre o abdômen da vítima entre o umbigo e o processo xifoide, região conhecida como a “boca do estômago”, com a outra mão sobre a mão que está fechada, pressione o abdômen da vítima 4 vezes.
Continue a manobra até que o objeto seja expelido.
3. Vítima inconsciente
Caso a vítima venha a desmaiar pela falta de ar, posicione-a deitada de barriga para cima, se posicione de joelhos sobre a vítima de maneira que seus joelhos fiquem paralelos aos dela, coloque suas mãos fechadas no mesmo local indicado na manobra explicada anteriormente e repita os movimentos.
4. Gestantes ou pessoas obesas
- Nessa situação a massagem não deve ser feita no abdômen e sim no tórax da pessoa, utilizando o mesmo procedimento explicado para a Manobra de Heimlich.
- É importante que conheçamos cada uma dessas técnicas para aplicá-las corretamente no momento de necessidade.
- Divulgue esse conhecimento!
Ensine essas técnicas para sua família. Vocês podem até praticar juntos.
Assim, quando um momento de necessidade surgir, além de conhecer os procedimentos, vocês conseguirão manter a calma necessária para aplicá-los corretamente.
Leia também: Primeiros socorros – O que fazer quando uma pessoa desmaia
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Descubra passo a passo como socorrer uma pessoa engasgada
Momentos de engasgo causam grandes sustos. Eles podem acontecer em um dia tranquilo, no meio de uma refeição em família. Com o imediatismo da situação, fica difícil manter a calma e pensar no que fazer.
Por isso, é importante estar sempre preparado e saber como socorrer uma pessoa engasgada. Leia este passo a passo e saiba agir de forma rápida e correta quando necessário.
Por que o engasgo acontece?
O engasgo ocorre quando há um erro no funcionamento da epiglote. Esse pequeno órgão está localizado na nossa garganta e é responsável por organizar a passagem do ar até o pulmão e dos alimentos até o estômago.
A epiglote deve se manter fechada quando nos alimentamos, bebemos água ou engolimos saliva. Se isso não acontece, a comida não segue o caminho normal até o estômago. Com o desvio, ela dificulta ou interrompe a passagem de ar, causando o engasgo.
Como socorrer adultos engasgados?
Se o engasgamento for leve, oriente a pessoa a tossir com força algumas vezes. A outra opção é você dar tapas no meio das costas dela — faça movimentos rápidos de baixo para cima.
Se nada disso funcionar, siga esse passo a passo:
Ligue para a emergência
Quando presenciar um engasgo, solicite ajuda médica. Eles enviarão uma ambulância e orientarão você a realizar os primeiros socorros enquanto a equipe não chega.
Mantenha a calma
A pessoa fica muito nervosa quando tem dificuldade para respirar. Mantenha-se tranquilo e tente acalmá-la.
Levante a pessoa e se posicione atrás dela
Se a vítima do engasgo não estiver de pé, você deve colocá-la nessa posição e abraçá-la.
Realize a manobra de Heimlich
Abrace o tronco da pessoa com os dois braços e feche seu punho direito sobre a boca do estômago dela. Coloque sua mão esquerda por cima do punho fechado.
Nessa posição, você fará força contra o estômago da pessoa. O movimento deve ser para dentro e para cima. Isso faz com que o pulmão solte ar de forma rápida e o objeto do engasgo saia da garganta, liberando a respiração.
Se as vias aéreas continuarem obstruídas e a pessoa desmaiar, realize massagens cardíacas até a chegada do socorro médico.
O que fazer quando um bebê se engasga?
Considerando o tamanho dos bebês, há uma manobra específica para livrá-los de engasgos. Siga esses passos:
Segure o bebê de bruços
Pegue o bebê e o coloque deitado em seu braço, segurando o queixo dele com a mão. Deixe-o inclinado, com a cabeça levemente em direção ao chão.
Dê palmadas nas costas dele
Localize as escápulas (ossos da parte superior das costas) e dê cinco pequenos tapas entre elas. Use força moderada.
Vire-o e faça massagens na boca do estômago
Imediatamente após as palmadas nas costas, vire o bebê e faça cinco movimentos de pressão na região do estômago. Atenção: utilize apenas seus dedos indicador e médio.
Repita esses movimentos até que a criança expulse o objeto ou até a chegada da ambulância.
Socorrer uma pessoa pode não ser tarefa fácil, mas tendo as informações certas você é capaz de manter a calma e lembrar de tudo que precisa ser feito. Com o nosso passo a passo, você já sabe como socorrer uma pessoa engasgada.
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Dicas para evitar que a criança engasgue
O engasgo de crianças é uma das situações que mais assusta os pais. Também chamado de engasgamento, é mais comum em crianças menores de 4 anos pelo fato de terem as vias aéreas superiores (formadas pelo nariz, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traqueia) pequenas e também porque, nesse período da infância, o hábito de colocar objetos na boca é mais acentuado. Agrava a situação o fato de que os pequenos não controlam a mastigação por não possuírem os dentes molares, importantes para a trituração de alimentos.
Mas nem sempre é um alimento sólido ou um objeto que causa o engasgo. Há casos em que o bebê engasga com o leite materno, que se torna um corpo estranho no sistema respiratório. Há dois tipos de engasgo:
- Parcial
- Quando ainda passa um pouco de ar, mas não a quantidade ideal. A criança pode tossir e esboçar sons
- Total
- Quando as vias respiratórias estão completamente obstruídas e, com isso, a criança tem falta de ar importante, não consegue falar, nem tossir e costuma ficar com os lábios e até com as unhas arroxeados
- A situação é considerada uma emergência pelo fato de que pode levar a criança à perda de consciência e até à morte por asfixia.
- Como agir em casos de engasgos
- Embora a primeira reação dos adultos diante de um engasgamento costuma ser o desespero, os pediatras reforçam a importância de se manter a calmo e saber agir com rapidez para ajudar a criança a expelir o alimento ou objeto que está causando o sufocamento.
- A técnica ensinada em cursos de primeiros socorros para o desengasgamento é a Manobra de Heimlich, criada pelo médico norte-americano Henry Heimlich.
Se as manobras não surtirem efeito, chame o atendimento de urgência, mas mantenha os procedimentos até o socorro médico chegar. Um alerta importante é para nunca tentar usar os dedos para retirar o objeto da garganta da criança, pois a atitude poderá empurrá-lo ainda mais fundo, piorando a situação.
Sem riscos
Veja alguns cuidados importante para evitar que as crianças engasguem:
- Às crianças menores de quatro anos, ofereça alimentos amassados e com as fibras desfiadas
- Evite dar a elas alimentos com risco potencial para aspiração, como salsicha, balas duras, amendoim, milho, feijão, castanha, nozes, pedaços de carne, pipoca, chiclete e peixes com espinho
- As crianças devem ser alimentadas sentadas no cadeirão, quando bebês, ou à mesa. Se elas comem andando ou correndo, podem ficar com o alimento na boca, sem que os pais percebam
- Supervisione sempre a alimentação das crianças, mesmo as que são maiores e sabem comer sozinhas
- Esteja atento às crianças mais velhas. Muitos acidentes ocorrem quando irmãos mais velhos oferecem objetos ou alimentos perigosos para os menores
- Sirva os alimentos em pedaços bem fininhos e, desde cedo, ensine a criança a mastigá-los bem antes de engolir
- Mantenha fora do alcance de crianças pequenas itens como moedas, bolinhas de gude, botões, balões de borracha, canetas com tampa removível e brinquedos com peças pequenas e indicados como inadequados para a faixa etária do seu filho
- Não vista as crianças pequenas com roupas que contenham botões fáceis de sair, broches ou detalhes em feltro que podem ser descolados das peças
Texto: Karina Fusco | Edição: Thaís Guimarães de Lima | Design: Alex Mendes e Fernanda Assato
Fonte: ONG Criança Segura, Sociedade Brasileira de Pediatria, Universidade de São Paulo (USP) e Ministério da Saúde
Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.
Saiba o que fazer quando a criança engasga
O assunto é delicado e, quando acontece, costuma deixar muitos pais e cuidadores apavorados. Afinal, quem já viu uma criança engasgada, sabe o quanto a situação é desesperadora. Entretanto, saber como agir, e ter o conhecimento sobre o que não se deve fazer nesse momento, podem ser decisivos.
Em 2016, aproximadamente 825 crianças, de zero a 14 anos, morreram vítimas de asfixia acidental no Brasil. Os dados são da ONG Criança Segura, com base nos registros do Ministério da Saúde.
Ainda de acordo com a organização, crianças menores de 4 anos estão na lista das mais vulneráveis a situações de engasgamentos, uma vez que as vias aéreas superiores, como a boca, garganta, esôfago e traqueia, ainda são pequenas.
Outro fator é que, nesta faixa etária, há uma tendência natural de colocar os objetos na boca.
Intoxicação infantil: quando o perigo mora em casa
O número impressiona e, sem dúvida, essa é uma situação que ninguém gostaria de vivenciar. Porém, não há como fugir da realidade: ou seja, se você tem criança em casa ou é cuidador de algum “baixinho”, precisa estar preparado para prestar os primeiros socorros em situações de emergência, como em casos de engasgo.
“É uma cena difícil, mas os pais ou responsáveis precisam agir o quanto mais rápido possível”, destaca o capitão Marcos Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros da cidade de São Paulo.
E você sabe qual a maneira correta para ajudar essa criança?
Normalmente, as alternativas mais comuns dos pais ou cuidadores ao perceber que a criança está engasgada é oferecer água, colocar as mãos na boca da vítima ou virá-las de cabeça para baixo. Mas, atenção: essas alternativas não são seguras! Aliás, elas são contraindicadas pelos especialistas, pois podem agravar ainda mais o quadro. Falaremos mais sobre isso ao longo do texto.
Antes de tudo, para saber exatamente como socorrer os pequenos, é preciso compreender que existem dois tipos de engasgo. Vamos a eles:
Engasgo parcial: quando ainda passa um pouco de ar, porém não a quantidade ideal para a crianças respirar normalmente. Nesse caso, ela apresenta tosse rouca e chiado no peito.
Engasgo total: quando as vias respiratórias ficam completamente obstruídas. Neste caso, a criança não consegue falar, nem tossir e fica com lábios arroxeados devido à falta de ar.
Nas duas situações, o cenário é agoniante. Entretanto, é preciso manter a calma para ajudar, de maneira segura, essa criança a desengasgar.
Ou seja: respire fundo e assuma o controle da situação!
Conheça a manobra de Heimlich e saiba como fazer:
Você percebeu que a criança está tossindo, com dificuldade de respirar e nota que ela coloca as mãos no pescoço? Segundo o capitão Palumbo, esses são sinais claro de que a criança pode estar engasgada.
Ao observar esses sintomas, a recomendação dos bombeiros e socorristas é fazer a manobra de Heimlich – um procedimento de primeiros socorros utilizado em casos de emergência para desobstrução das vias aéreas.
O método utiliza as mãos da pessoa que está socorrendo para fazer pressão no diafragma da vítima. Esse movimento possibilita que o objeto seja expulso pela boca, liberando a passagem de ar.
Para realizar a técnica, o adulto deve se posicionar atrás da vítima e abraçar a criança. Provavelmente, será necessário agachar para ficar da mesma altura, facilitando assim a realização da manobra.
“Deixe uma das mãos com o punho fechado e coloque a outra mão por cima para comprimir a região abaixo das costelas, que é onde está o diafragma, localizado na altura da boca do estômago”, explica bombeiro e socorrista Julio César Martins Leal. “Faça movimentos para cima, até que o objeto seja deslocado da via aérea para a boca e jogado para fora, permitindo assim o retorno dos sentidos e da respiração”, completa. O procedimento é indicado para crianças maiores de 1 ano.
Mas e se no momento do nervosismo eu me atrapalhar na manobra?
Sem dúvida, saber executar manobra de Heimlich é um fator decisivo para salvar uma vida. Porém, na hora do desespero, é comum ficar nervoso e acabar não lembrando com exatidão dos detalhes de como realizar o procedimento.
Por isso, deixe anotado e mantenha sempre com você algum número de emergência, como o 192, que é o atendimento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou o 193, telefone do Corpo de Bombeiros.
Profissionais especializados e capacitados podem auxiliar por telefone sobre como fazer a manobra e, simultaneamente, uma viatura é enviada para o endereço da ocorrência.
O que não devemos fazer durante o engasgo?
Ao ver uma criança engasgada, é nosso instinto querer imediatamente ajudá-la. Mas, na hora do desespero, algumas atitudes podem colocar ainda em mais risco a vida dessa criança. Por isso, o primeiro passo será sempre manter a calma.
Jamais coloque suas mãos na boca da vítima na tentativa de retirar o objeto que está causando o sufocamento. “Só faça isso caso o objeto esteja visível e você tenha certeza de que vai conseguir puxar para fora.
Do contrário, há o risco que empurrar ainda mais para a garganta o que está causando o engasgo”, alerta o bombeiro e socorrista Julio César Martins Leal. Na dúvida, evite tentar retirar o objeto com as suas mãos.
Também não ofereça água. “O líquido pode desencadear um problema mais sério, pois corre o risco do alimento ou objeto ir para o pulmão”, afirma. Virar a criança de cabeça para baixo e “chacoalha-la” também não é indicado e pode assustar ainda mais o pequeno, que já está aflito com a situação do engasgo.
Ainda na tentativa de ajudar a vítima de engasgamento, é comum muitas pessoas tentarem fazer respiração “boca a boca”. Porém, esse procedimento também não é recomendado, pois dificulta a respiração e pode “empurrar” ainda mais o elemento que está provocando a asfixia.
Conheça os principais vilões:
Além de saber como agir e também quais atitudes devemos evitar, alguns cuidados dentro de casa podem ser fundamentais para prevenir esse tipo de acidente. “Todo objeto pequeno, que a criança pode colocar na boca ou no nariz, não deve ficar ao alcance dela. Evite, inclusive, comprar brinquedos com peças pequenas ou que tenha peças menores que se soltam”, orienta o capitão Palumbo.
Ele cita que os principais causadores de episódios de engasgo costumam ser: feijão, arroz, pedaços de frutas (como maçã), peças de brinquedos, bolinhas de gude, pilhas, baterias, irmãs, tampas de caneta, moedas, botões parafusos e balas.
“No caso das comidas, não significa que você não deve mais oferecer. Esses alimentos devem continuar, sim, fazendo parte do cardápio da criança. Mas fique atento a quantidade que a criança coloca na boca e fique sempre supervisionando. Tomate cereja e ovos de codorna, por exemplo, nunca dê inteiro.
Primeiro corte e depois ofereça para seu filho”, recomenda.
Mantenha atenção redobrada na hora da refeição
Os mais antigos já diziam que o momento da refeição é uma hora sagrada. Manter esse pensamento pode ser uma boa estratégia na prevenção de acidentes. “Não dá para deixar a criança completamente à vontade, correndo para lá e para cá. Tem que sentar para comer, mesmo que esteja em uma festa de aniversário”, orienta Palumbo.
Os pais e/o responsável devem sempre lembrar aos pequenos para mastigarem completamente o alimento antes de engolir. Outro alerta importante para as famílias com mais de um filho é que elas precisam ficar atentas para os maiores não colocarem nada na boca dos caçulas.
Ambientes muito agitados, conversas paralelas e televisão ligada podem distrair a atenção da criança durante a refeição. Procure manter o ambiente calmo e tranquilo e nunca deixe a criança comendo sozinha!
“Agora não brincamos mais ao comer! Esse foi o meu aprendizado”
Rudá é um garotinho de 3 anos e 8 meses que sempre comeu enquanto brincava. Mas um grande susto mudou completamente esse hábito na família.
“Sempre o deixei à vontade enquanto comia. Se quer ficar sentado, ótimo, se não quer, lá ia eu atrás enquanto ele brincava. Minha teoria era que nós adultos comemos conversando, criança se entedia ao ficar sentada para comer e quer brincar. Mas aprendi que essa teoria pode ser perigosa”, conta a doutra em ciências e doula Carolina Tenorio Daussat, que é mãe do Rudá.
Eles estavam em uma festa, quando o filho pegou um pedaço de beterraba crua, cortada em palito, e foi brincar. Depois de um tempo, Carolina lembra que o pequeno voltou assustado e tossindo bastante. “Tentei virá-lo na horizontal, ele pediu água e depois do desespero sentiu-se melhor, voltou a comer e brincar”, afirma.
A família retornou para casa por volta das 21h30 e, foi então, que a mãe percebeu que o filho estava com a respiração mais forte e apresentava um chiado. Carolina afirma que na hora já resolveu levá-lo para um hospital. “Meses antes eu havia lido um relato sobre aspiração e isso ficou gravado em mim.
No nosso caso, assim que cheguei em casa e o ouvi chiando, não hesitei nem um minuto. Sabia que havia ocorrido a aspiração do alimento durante o engasgo”, destaca. O pequeno ficou em observação até o outro dia, quando foi realizada uma cirurgia para retirada do objeto: um pequeno pedaço de beterraba.
Rudá teve alta apenas no dia seguinte, e precisou realizar sessões de fisioterapia respiratória, além de tomar antibióticos e corticoides por sete dias.
“Foi o maior e mais terrível susto da minha vida. Com muita conversa, agora não brincamos mais ao comer! Esse foi o meu aprendizado. Mesmo sendo um acidente e não estando livre de acontecer, aconteceu.
A gente fica atento a tantas coisas, tipos de comida que devemos evitar, e etc, mas um pedaço de beterraba, essa seria a última coisa imaginável. E, não, não tomei pavor da beterraba.
Mesmo ela sendo a materialização desse nosso terrível susto, a nossa lição é essa: comer sem brincar! Depois desse susto ele aprendeu que hora de comer é com calma e jamais andando ou correndo e pulando. Sempre sentado e com respeito ao momento de se alimentar”, completa.
“Lei Lucas” entrará em vigor a partir de abril de 2019
Sancionada pelo presidente Michel Temer (PMDB) no dia 4 de outubro deste ano, a “Lei Lucas” entrará em vigor a partir do dia 5 de abril de 2019. Com isso, passará a ser uma exigência nacional a capacitação em primeiros socorros para funcionários de escolas públicas e privadas de ensino infantil e básico. O objetivo é dar suporte adequado para os estudantes em situações de emergência.
A lei é uma conquista da advogada Alessandra Begalli, que perdeu o filho Lucas, de 10 anos, vítima de engasgamento. No dia 27 de setembro de 2017, o garoto, que estudava em uma escola particular em Campinas, participava de uma excursão. Na hora do lanche, ele se engasgou com um pedaço de salsicha do cachorro-quente.
A falta de um adulto que soubesse aplicar a manobra de Heimlich foi crucial. Quando a equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou, já era tarde. Lucas apresentava sinais de morte cerebral. Ele foi levado ao hospital, porém, teve sete paradas cardíacas e após 50 minutos tentando reanimá-lo, o pequeno não sobreviveu.
Desde, então, sua mãe se empenhou na luta para obrigar as escolas a oferecerem cursos de primeiros socorros aos funcionários. “A Lei Lucas se tornou federal em apenas oito meses, tempo recorde para a aprovação de uma lei no país.
Uma luta árdua que temos travado, primeiramente nos municípios e estados e que agora se tornou uma realidade em todo país. Sinto que meu filho Lucas ficará eternizado e que salvará muitas vidas.
Estou muito emocionada com a lei, pois o país entendeu a importância dela, reconheceu a nossa luta e vemos agora a sementinha que o Lucas nos deixou, se espalhar! A morte dele não foi em vão!”, afirma.
Com a nova legislação, Alessandra acredita que o conhecimento de primeiros socorros dentro das escolas, como a manobra de Heimlich, será determinante para salvar a vida de muitas crianças em caso de emergência.
“Uma pessoa treinada em primeiros socorros pode fazer toda a diferença entre a vida e a morte de alguém ou entre uma vida plena e saudável e uma vida com sequelas. Ter um socorrista ao lado da vítima é muito importante em casos de emergências graves, como por exemplo, o engasgo.
Os primeiros socorros comprovadamente salvam vidas!”, destaca a mãe de Lucas.
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