
O que era uma tendência se tornou realidade. Em 2021, os SUVs já aparecem em segundo lugar nas vendas do mercado brasileiro, muito à frente dos sedãs compactos, e atrás apenas dos hatches. Segundo dados da Fenabrave, a federação das concessionárias, os utilitários somam 36,5% dos emplacamentos, ante 40,9% dos hatches e 16% dos sedãs.
Isso explica porque os principais lançamentos de 2021 serão SUVs. Vários deles inclusive são inéditos em nosso mercado. A onda de novos utilitários terá início já no mês de abril, com a chegada do Caoa Chery Tiggo 3X, uma versão atualizada do atual Tiggo 2, porém com design diferente, um novo motor 1.0 turbo e câmbio automático CVT.
O 1º semestre terá também a chegada, em maio, do Ford Bronco, segundo produto da nova fase da marca norte-americana, agora como importadora.
E do Volkswagen Taos, SUV maior que o T-Cross que virá importado da Argentina.
Mas antes dele, no fim de abril, a Fiat vai revelar o inédito SUV do hatch Argo, chamado ainda de Progetto 363.
Mais da metade são SUVs inéditos
O utilitário da marca italiana está previsto para chegar às lojas no início do 2º semestre, mesma época em que a Hyundai vai lançar a nova geração do Creta.
E que a Volvo vai trazer o XC40 Recharge.
O fim do ano ainda terá as estreias de dois SUVs: o inédito Jeep de 7 lugares, e o Exeed LX, modelo da marca de luxo da Chery, que se chamará Caoa Exeed no Brasil.
Entre os SUVs nacionais já conhecidos, dois modelos terão atualizações importantes em breve.
A Jeep vai reestilizar o Compass, que ganhará motor turbo flex e até um painel novo, e a Renault vai renovar o Captur, que promoverá a estreia do motor 1.3 turbo flexível feito com a Mercedes-Benz. Confira os dez principais SUVs que estreiam em 2021.
Divulgação/Chery
Caoa Chery Tiggo 3X
A Caoa Chery vai lançar em abril o Tiggo 3X, um novo SUV compacto que será posicionado entre o atual Tiggo 2 e o maior Tiggo 5X. O utilitário é a versão atualizada do Tiggo 2, com design mais moderno e novo interior. O modelo também terá um conjunto mecânico inédito, formado por um motor 1.0 turbo flexível tricilíndrico e transmissão do tipo CVT.
Assim, o Tiggo 3X deverá ter preços entre R$ 75 mil e R$ 100 mil, concorrendo com aventureiros como Hyundai HB20X e Renault Stepway, até versões de entrada de SUVs como Chevrolet Tracker, Nissan Kicks e VW Nivus. Com duplo comando variável e injeção direta de combustível, o motor 1.0 turbo terá cerca de 120 cv e 19,2 mkgf de torque.
Jeep/Divulgação
Novo Jeep Compass
Após cinco anos de mercado, sendo líder geral dos SUVs em dois deles, o Jeep Compass está prestes a mudar.
O SUV feito em Goiana, Pernambuco, vai receber uma extensa reestilização em maio que vai alterar sutilmente o design externo, mas modificará o interior, com direito a Wi-Fi e uma grande multimídia.
E terá o inédito motor 1.3 GSE turbo flex da Stellantis.
Mas não é só. O novo Jeep Compass contará ainda com o motor 2.0 turbo diesel recalibrado para gerar cerca de 203 cv de potência e quase 40 mkgf de torque. Este motor permanecerá combinado à transmissão automática de nove marchas e disponível nas versões 4×4, enquanto o 1.3 turbo flex vai trabalhar com o câmbio automático de seis velocidades.
Renault/Divulgação
Novo Renault Captur
A Renault anunciou no início de março o investimento de R$ 1,1 bilhão na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, para renovar sua gama nacional de veículos. Pois o primeiro modelo da marca a mudar será o Captur. O SUV compacto receberá uma leve reestilização em maio que vai modernizar principalmente a dianteira, com adoção de faróis full LED.
Outra novidade importante no novo Renault Captur será a mecânica. O SUV vai estrear o inédito 1.3 TCe turbo flexível. Este motor foi feito em parceria com a Mercedes-Benz e vai alçar o Captur a um novo patamar de desempenho, com potência de 163 cv e um torque de 25,5 mkgf. O 1.3 turbo virá acompanhado do novo câmbio CVT com simulação de oito marchas.
Ford/Divulgação
Ford Bronco
A Ford está reorganizando sua operação brasileira após anunciar, em janeiro, o fim da produção de veículos no país.
Sem os antigos carros nacionais (linha Ka e Ecosport), a marca vai apenas importar veículos para cá. E o Bronco Sport será o primeiro modelo da nova safra de utilitários premium da montadora.
A estreia está confirmada para o mês de maio.
Com preço inicial estimado em R$ 200 mil, o SUV médio virá importado do México em três configurações: Black Diamond, Big Bend e Wildtrak. Nos registros feitos no Brasil, o trio utiliza o mesmo motor 2.0 turbo de 248 cv e 38 mkgf de torque, além do câmbio automático de oito marchas. Voltado ao fora-de-estrada, o Bronco Sport terá tração nas quatro rodas.
Volkswagen Taos
Enfim está chegando a hora do lançamento oficial do Volkswagen Taos.
A montadora alemã anunciou o seu rival para o Jeep Compass em setembro de 2020, e, desde então, vem promovendo várias ações com o SUV.
Pois o Taos virá importado da Argentina entre maio e junho, com preço inicial próximo de R$ 140 mil, tal como o recém-lançado Toyota Corolla Cross.
Maior e mais refinado que o T-Cross, o Taos é menor do que o Tiguan Allspace, e um pouco mais comprido que o Compass. Um dos trunfos será o porta-malas de quase 500 litros. A mecânica terá o conhecido motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 mkgf de torque, e o câmbio automático de seis marchas. A tração será dianteira e o Taos vai apostar alto em tecnologias.
Hyundai/Divulgação
Novo Hyundai Creta
Após a pandemia da Covid-19 atrasar os planos, a Hyundai prepara para o início do 2º semestre o lançamento da nova geração do Creta.
O SUV foi revelado no fim de 2019, na China, e recentemente chegou ao México. Um dos destaques da renovação do utilitário é o design de forte personalidade, que talvez não agrade a todos.
Mas haverá outras boas novidades.
O Creta nacional vai adotar o motor 1.0 turbo flexível da linha HB20, com 120 cv de potência e 17,5 mkgf de torque com etanol. Os câmbios também serão os mesmos, ou seja, manual ou automático de seis marchas. É provável que ao menos uma das atuais opções de motor siga na linha 2022. Hoje, o SUV utiliza o 1.6 16V de 130 cv e o 2.0 16V de 166 cv.
Kleber Silva/K Design AG
Progetto Fiat 363 (SUV do Argo)
A Fiat está cada vez mais próxima de revelar o seu primeiro SUV nacional. Chamado por enquanto de “Progetto Fiat 363”, o utilitário será revelado em abril, na final do Big Brother Brasil 2021. O modelo inclusive será um dos prêmios do vencedor do reality show. Entretanto, o lançamento do inédito SUV da Fiat ocorrerá apenas no início do 2º semestre.
Feito sobre a plataforma do hatch Argo e do sedã Cronos, o SUV será o responsável por estrear o inédito 1.0 GSE turbo da Stellantis. Este motor será combinado ao novo câmbio do tipo CVT, que será outra novidade da marca italiana. A expectativa é de que o conjunto entregue potência de cerca de 130 cv, e um torque máximo entre 17 mkgf e 19 mkgf.
Volvo/Divulgação
Volvo XC40 Recharge
A Volvo anunciou recentemente que vai fabricar apenas carros elétricos a partir de 2030. Ou seja, daqui a menos de uma década a montadora sueca não fará mais veículos com motores a diesel ou gasolina. Esta realidade ainda parece distante do Brasil. Entretanto, a marca escandinava vai começar a transição por aqui em agosto com o XC40 Recharge.
O SUV apresentado em 2019 é o primeiro Volvo totalmente elétrico. Sua mecânica reúne dois motores instalados um em cada eixo e capazes de produzir 408 cv, mesma potência das versões T8 híbridas do XC60 e do XC90. As baterias permitem rodar mais de 400 quilômetros com uma carga, e levam 40 minutos para recarregar 80% em estações de carga rápida.
Kleber Silva/K Design AG/Jornal do Carro
Jeep de 7 lugares
No último trimestre deste ano, a Jeep vai lançar no Brasil um inédito SUV médio de sete lugares. Atualmente em fase de testes de rua, o utilitário ainda não tem nome definido.
Sabe-se apenas que será produzido na fábrica de Goiana, em Pernambuco.
E que nascerá da plataforma Small Wide, arquitetura dos SUVs Renegade e Compass, e da Fiat Toro.
O Jeep de 7 lugares, portanto, será maior que o Compass, mas, ainda assim, ambos vão compartilhar componentes. As portas dianteiras, por exemplo, serão as mesmas, assim como o capô e as caixas de rodas da frente. Por dentro, o painel será quase igual, com acabamento mais chique. O SUV maior também herdará o motor 2.0 turbo diesel atualizado com 203 cv.
Exeed/Divulgação
Caoa Exeed LX
A Caoa vai lançar no fim deste ano a marca Exeed no mercado brasileiro. Trata-se da divisão de luxo da Chery na China. A montadora pretende inclusive fabricar um modelo da Exeed na unidade de Anápolis, em Goiás. E o mais cotado é o SUV LX, que utiliza a mesma plataforma dos modelos Tiggos 5X e 7, atualmente montados na fábrica do interior goiano.
A despeito do parentesco, o Caoa Exeed LX vai se diferenciar bem dos Chery. O design exterior é mais sofisticado, enquanto a cabine apresenta padrão de acabamento comparável ao de marcas premium. Já a mecânica terá o conjunto do Tiggo 8, com motor 1.6 turbo de injeção direta, 187 cv e 28 mkgf de torque, e câmbio de dupla embreagem e sete marchas.
*Veja abaixo o nosso primeiro teste com o novato Toyota Corolla Cross.
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IPVA para veículos com placa final 1 vence dia 11/01 — GARAGEM 360
Pagamento pode ser feito nos terminais de autoatendimento, no guichê de caixa, pela internet ou outros canais oferecidos pela instituição bancária
Na próxima segunda-feira, dia 11 de janeiro, vence o prazo para o pagamento integral, com desconto de 3%, do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2016 para os veículos com final de placa 1. Para os proprietários que preferirem parcelar o tributo em três vezes, a data limite para o pagamento da primeira parcela também é na segunda-feira.
O calendário continua na terça-feira, (12/1), com veículos de placa final 2 e assim sucessivamente até o dia 22 de janeiro, para os veículos com placa final 0, desconsiderando os finais de semana.
Automóveis, caminhonetes, ônibus, micro-ônibus, motos e similares | |||
Mês | Janeiro | Fevereiro | Março |
Parcela | 1ª Parcela ou Cota Única Com Desconto | 2ª Parcela ou Cota Única Sem Desconto | 3ª Parcela |
Placa | Dia do Vencimento | Dia do Vencimento | Dia do Vencimento |
Final 1 | 11/1 | 11/2 | 11/3 |
Final 2 | 12/1 | 12/2 | 14/3 |
Final 3 | 13/1 | 15/2 | 15/3 |
Final 4 | 14/1 | 16/2 | 16/3 |
Final 5 | 15/1 | 17/2 | 17/3 |
Final 6 | 18/1 | 18/2 | 18/3 |
Final 7 | 19/1 | 19/2 | 21/3 |
Final 8 | 20/1 | 22/2 | 22/3 |
Final 9 | 21/1 | 23/2 | 23/3 |
Final 0 | 22/1 | 24/2 | 24/3 |
Pagamento
O imposto pode ser quitado de três maneiras: à vista com desconto (janeiro); à vista sem desconto (fevereiro) ou em três parcelas, de janeiro a março. Para efetuar o pagamento do imposto, basta o contribuinte se dirigir a uma agência bancária credenciada, com o número do Renavam (Registro Nacional de Veículo Automotor), e efetuar o recolhimento.
Os pagamentos podem ser feitos nos terminais de autoatendimento, no guichê de caixa, pela internet ou débito agendado, ou outros canais oferecidos pela instituição bancária. O IPVA também pode ser pago em casas lotéricas, no entanto ,essa opção não é válida para a quitação do licenciamento.
Aviso de vencimento
No caso de São Paulo, o aviso de vencimento que os contribuintes receberam em suas residências é um simples lembrete, isso significa que ele não é boleto nem guia de recolhimento.
Quem receber pelos Correios uma cobrança com códigos de barras deve desconsiderar, pois é golpe.
Nos estados nos quais são enviados boletos para cobrança, o cidadão precisa certificar-se de que o documento é verdadeiro.
Além disso, o Fisco foi informado sobre a existência de sites que simulam a aparência da página da Secretaria da Fazenda com o objetivo de colher as informações do proprietário para outra finalidade. A prática, conhecida como pishing, é uma tentativa de fraude eletrônica caracterizada para adquirir senhas, dados financeiros, número de cartões de crédito e outros dados pessoais.
Mesmo que o proprietário ainda não tenha recebido o aviso de 2016, o imposto deverá ser recolhido observadas as datas de vencimento, de acordo com o dígito final da placa do veiculo.
Seguro DPVAT 2016
Donos de motocicletas, vans, ônibus e micro-ônibus poderão pagar o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) de 2016 em três parcelas. Administrado pela Seguradora Líder, o pagamento do prêmio somente poderá ser parcelado com a utilização de boletos bancários – devem ser gerados exclusivamente pelo site.
- O vencimento da primeira parcela coincide com a data da primeira parcela do IPVA em janeiro, sendo que as duas seguintes serão iguais, mensais, consecutivas e os respectivos vencimentos coincidirão com as datas para o pagamento do imposto nos meses de fevereiro e março.
- No caso de veículos zero quilômetro de qualquer tipo e automóveis, caminhões, caminhonetes e camionetas usados, o DPVAT deverá ser recolhido de forma integral junto com o vencimento da primeira parcela do imposto ou junto com a cota única.
- Licenciamento antecipado
Para antecipar o licenciamento anual, deverão ser quitados integralmente todos os débitos que recaiam sobre o veículo, compreendendo o IPVA, a taxa de licenciamento, o prêmio do Seguro DPVAT e, se for o caso, multas de trânsito. O valor para o envio do documento pelo correio é de R$ 11,00.
Teste: Renault Duster 2021 evolui muito, mas é fraco sem motor “Mercedes”
Faróis de milha, quebra-mato e borrachões formam o pacote Outsider Fernando Pires/Quatro Rodas
Para driblar o envelhecimento, eliminar rugas e empinar o nariz, vale tudo. A nova moda nos centros estéticos é a harmonização facial, que usa uma série de procedimentos para equilibrar as proporções do rosto.
Vai desde a aplicação de botox, de preenchedores como ácido hialurônico até o uso de lasers, ondas de rádio e tratamentos de pele. Tudo isso, sem cirurgia.
Vidro de trás ficou menor e a régua da placa dividiu a tampa traseira Fernando Pires/Quatro Rodas
O Renault Duster 2021 experimentou esses tratamentos. Arrebitaram seus faróis, que agora estão integrados à grade e têm luzes diurnas de leds, e modificaram bastante o para-choque, que ganhou luzes de neblina e tomada de ar maiores. O capô está levemente mais alto e recebeu vincos marcantes.
Faróis de milha do pacote Outsider acendem com o facho alto Fernando Pires/Quatro Rodas
É que nos carros algumas “rugas” são bem-vindas – e necessárias – para deixar o design mais equilibrado. Mas exageros, como o vinco arqueado nas portas e o grande volume das caixas de roda, foram corrigidos para deixar o visual mais leve.
Protótipo feito de argila comparar os volumes do antigo (esqueda) com o novo (direita) Henrique Rodriguez/Quatro Rodas
Isso não quer dizer que o Duster conseguiu escapar da faca. A base do para-brisa foi deslocada para a frente a fim de melhorar a aerodinâmica e tirar a impressão de “testudo” do SUV compacto, o que implicou em colunas A mais inclinadas e em novos arcos para as portas dianteiras.
Repare na diferença da inclinação do parabrisas, que diminuiu 3,4º Henrique Rodriguez/Quatro Rodas
As alterações seguem para o teto, que teve sua curvatura corrigida, aumentando levemente o caimento da traseira. Agora há um aerofólio integrado à tampa traseira, que teve como efeito colateral a redução da área envidraçada. Mas, em compensação, as vigias laterais ficarão bem maiores.
Lanternas têm elementos iluminados por leds Fernando Pires/Quatro Rodas
Sim, as novas lanternas traseiras chamam atenção. Não é por causa dos leds, que o Duster já tinha desde 2015.
É pelo próprio conjunto com aro de led e elementos em forma de cruz, que despertam comparações com o Jeep Renegade ou, para os mais vividos, com o Ford Galaxie 500 (lançado no Brasil em 1967).
Protótipo deixa claro a redução do vidro traseiro Henrique Rodriguez/Quatro Rodas
Um novo vinco, que interliga as lanternas e acaba por definir o local da placa, divide a tampa traseira, que ganha volumes e algum destaque extra. As luzes de ré desceram para o para- -choque, que passa agora a esconder o gancho de reboque.
Interior mudou por completo tanto no visual como na ergonomia Fernando Pires/Quatro Rodas
Por dentro, parece um carro novo. Aquele painel com estrutura compartilhada com o Sandero e central multimídia inclinada para baixo já estava indefensável. O novo é mais alto e se vale das linhas horizontais para deixar tudo nos lugares certos.
Destravamento por proximidade e partida por botão dão requinte ao Duster Fernando Pires/Quatro Rodas
Graças a isso conseguiram colocar a nova central multimídia Easylink com tela de 8” em posição ergonômica. Com interface semelhante à usada na Europa, o substituto do MediaNav permite a seleção entre perfis de usuários (com direito a personalização da tela principal).
Ela também tem integração com as configurações do carro, sem perder a compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay, e é mais rápida. Os pecados são dois: ter que dar múltiplos toques na tela para mudar o volume e ter continuado com apenas uma porta USB – há rivais com três!
A novíssima central com tela de 8 polegadas permite ter perfis independentes para cada usuário Fernando Pires/Quatro Rodas
O volante é compartilhado com Sandero e Logan, mas o ar-condicionado automático inédito tem os mesmos comandos e visores dos Renault vendidos na Europa. A direção passa a ser elétrica como no Kwid, abandonando o pesado sistema eletro-hidráulico – e, claro, o barulho agudo da bomba elétrica.
O ar-condicionado automático é inédito no Duster e já estreia com mostradores digitais dos Renault europeus Fernando Pires/Quatro Rodas
Mas o Duster se torna o único Renault vendido no Brasil com regulagem de profundidade na coluna de direção. O ajuste de altura para os cintos dianteiros não veio dessa vez, ficou para a próxima geração.
Novo computador de bordo tem velocímetro digital Fernando Pires/Quatro Rodas
Os bancos mudaram. Na frente, os encostos estão mais confortáveis e têm melhor sustentação lateral, mas os assentos continuam duros e inclinados para baixo. No que diz respeito ao conforto o Captur ainda leva a melhor.
Atrás, onde o espaço para cabeça e pernas não mudou (ou seja, continua muito bom), agora há encosto de cabeça e cinto de três pontos (fixado no teto) para o ocupante do meio, além de Isofix.
Ajuste dos espelhos saiu de posição desconfortável na porta para o painel e coluna de direção tem ajuste de profundidade. Novos bancos têm apoios laterais melhores Fernando Pires/Quatro Rodas
Tudo parece novo por dentro, assim como todas as peças de lataria são novas. A Renault aproveitou e fez reforços estruturais que tornaram o monobloco 12,5% mais rígido. Isso e a necessidade de usar rodas aro 17 pela primeira vez levaram a um novo acerto de suspensão, com cargas de amortecedores e molas revistas.
Atrás, cintos de três pontos e encosto de cabeça para todos Fernando Pires/Quatro Rodas
Agora o conjunto filtra melhor as pequenas imperfeições do asfalto e controla a rolagem da carroceria (que está a 23,7 cm do solo), mas ainda passa aquela sensação de valentia e robustez de antes.
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A direção elétrica também cumpre bem o seu papel: não dá rebote ao passar por elevações, é mais leve e precisa em manobras. E transmite mais segurança em movimento.
Cintos dianteiros seguem sem ajuste de altura Fernando Pires/Quatro Rodas
Tratamentos estéticos da moda costumam ser mais caros. Mas o Duster com visual renovado manteve o mesmo preço inicial de antes: R$ 71.790 para a versão Zen manual, que por sinal é a única com pedal de embreagem e cinco marchas. Antes este posto era da versão Expression 1.6.
Volante é o mesmo de Sandero e Logan Fernando Pires/Quatro Rodas
Esta versão de acesso tem rádio simples, rodas de aço estampado aro 16, vidros elétricos e computador de bordo de série, mas central multimídia, rodas de liga e faróis de neblina são opcionais.
Há aplique de tecido cinza nas portas Fernando Pires/Quatro Rodas
Já a versão intermediária Intense (equivalente à antiga Dynamique, de R$ 83.890) soma central multimídia, ar digital, câmera de ré, sensores de estacionamento traseiros, piloto automático, rodas de liga leve aro 16 e faróis de neblina ao pacote. Na prática, o novo preço de R$ 83.490 representa uma redução de R$ 400 – que você pode guardar para os primeiros abastecimentos.
É a primeira vez que o Duster tem rodas aro 17 Fernando Pires/Quatro Rodas
O Duster testado é da versão topo de linha Iconic, que concentra quase todos os itens inéditos para o modelo, como alerta de ponto cego, câmeras na frente, atrás e nos retrovisores (que não dão visão 360° como no Nissan Kicks), travas das portas por aproximação, partida por botão, acendimento automático dos faróis e as rodas aro 17 diamantadas. Só esqueceram do sensor de chuva, que Sandero e Logan têm.
Você pode conferir o conteúdo de cada versão aqui.
Isso, claro, leva o Duster a um patamar de equipamentos inédito. Não é à toa que custa R$ 87.490, preço que está no mesmo patamar das versões 2.0 4×4 – que deixam de existir.
Para-brisa teve base deslocada, aumentando sua inclinação Fernando Pires/Quatro Rodas
Pelo menos o continuará mais barato que o Captur (que parte dos R$ 93.990), ainda que o Duster esteja mais refinado. Mas enquanto todos os outros Renault têm quatro airbags de série, nenhuma versão do Duster tem mais que os dois airbags.
Agora o capô é erguido por dois amortecedores, quando o normal no segmento é não ter nenhum Fernando Pires/Quatro Rodas
O detalhe é que o Duster 2021 só tem o conhecido motor 1.6 16V SCe de 120 cv e 16,2 mkgf, cuja única novidade é o sistema start-stop. Até o prosaico tanquinho de partida a frio foi mantido.
Saída de ar falsa recebeu o repetidor das setas Fernando Pires/Quatro Rodas
E mesmo com o sistema que desativa o motor em paradas, registramos números de consumo desanimadores em nossos testes: 9,9 km/l urbano (contra 10,5 km/l no modelo antigo) e 12,5 km/l rodoviário (contra 12,7 km/l), sempre com gasolina.
Porta-malas mantém os 475 litros de antes Fernando Pires/Quatro Rodas
No 0 a 100 registrou 14,2 s, apenas 0,1 s mais lento que o Duster que saiu de linha. Uma opção mais potente, com o motor 1.3 turbo turbo flex (unica diferença em relação ao que equipa hoje o novo Mercedes Classe A) que pode superar os 170 cv estreia no início do ano que vem.
Apesar das muitas mudanças que saltam aos olhos e dão novos ares ao Duster, no fundo ele realmente ainda é o mesmo carro.
Veredicto
O Duster 2021 está mais agradável de ver e dirigir. Agora só falta ter um motor à altura do carro no qual ele se transformou.
Teste – Renault Duster Iconic 1.6 CVT
Aceleração
0 a 100 km/h: 14,2 s
0 a 1.000 m: 36,1 s – 142 km/h
Velocidade máxima: n/d
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